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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aumento da expectativa de vida muda cálculo do fator previdenciário

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Aumento da expectativa de vida muda cálculo do fator previdenciário
por Secom em 02/12/2010 20:18hs



A nova tabela incidirá nos benefícios requeridos a partir de 1º de dezembro/Foto: Ministério da Saúde
A nova expectativa de vida, divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), altera o Fator Previdenciário, usado para calcular o valor das aposentadorias por tempo de contribuição. A nova tabela incidirá nos benefícios requeridos a partir de 1º de dezembro, pois, de acordo com a lei, a Previdência Social deve considerar a expectativa de sobrevida do segurado na data do pedido do benefício para o cálculo do Fator Previdenciário.

Na nova tábua, considerando-se a mesma idade e tempo de contribuição, um segurado com 55 anos de idade e 35 anos de contribuição que requerer a aposentadoria a partir de agora, terá que contribuir por mais 41 dias corridos para manter o mesmo valor de benefício se tivesse feito o requerimento antes do dia 1º. Um segurado com 60 anos de idade e 35 de contribuição deverá contribuir por mais 48 dias para manter o valor.

As projeções do IBGE mostram que a expectativa de vida cresce a cada ano. Dessa forma, um segurado que se aposente aos 60 anos de idade tinha uma sobrevida estimada de 21,3 anos em 2009, contra 21,2 anos em 2008 e 21,1 anos em 2007. Pelas projeções do IBGE, a expectativa de vida ao nascer subiu de 72,9 anos de idade para 73,2, de 2008 para 2009.

O Fator Previdenciário é utilizado somente no cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição. Na aposentadoria por invalidez não há utilização do fator, e, na aposentadoria por idade, a fórmula é utilizada opcionalmente, apenas quando aumentar o valor do benefício.

Pelas regras da aposentadoria por tempo de contribuição, se o fator for menor do que 1, haverá redução do valor do benefício. Se o fator for maior que 1, há acréscimo no valor e, se o fator for igual a 1, não há alteração.

Os benefícios já concedidos não sofrerão qualquer alteração em função da divulgação da nova tábua de expectativa de vida do IBGE. A utilização desses dados como uma das variáveis da fórmula de cálculo do fator foi determinada pela Lei 9.876, de 1999, quando foi criado o mecanismo.

A tabela do Fator Previdenciário está disponível no portal do Ministério da Previdência: www.previdencia.gov.br

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Feriados em 2011

Feriados em 2011 - D O U - 02.12.2010


Página 131


MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
Secretaria Executiva


Portaria Nº 735, de 1º .12.2010 (Íntegra)

O SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de suas atribuições e considerando o que consta da Nota Técnica nº 1013/CGNOR/DENOP/SRH/MP, de 18 de novembro de 2010, resolve:

Art. 1º Divulgar os dias de feriados nacionais e de pontos facultativos no ano de 2011, para cumprimento pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, sem prejuízo da prestação dos serviços considerados essenciais:

I - 1º de janeiro, Confraternização Universal (feriado nacional);
II - 7 de março, Carnaval (ponto facultativo);
III - 8 de março, Carnaval (ponto facultativo);
IV - 9 de março, quarta-feira de Cinzas (ponto facultativo até às 14 horas);
V - 21 de abril, Tiradentes (feriado nacional);
VI - 22 de abril, Paixão de Cristo (ponto facultativo);
VII - 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional);
VIII - 23 de junho, Corpus Christi (ponto facultativo);
IX - 7 de setembro, Independência do Brasil (feriado nacional);
X - 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional);
XI - 28 de outubro, Dia do Servidor Público - art. 236 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (ponto facultativo);
XII- 2 de novembro, Finados (feriado nacional);
XIII - 15 de novembro, Proclamação da República (feriado nacional);
XIV - 25 de dezembro, Natal (feriado nacional).

Art. 2º Os feriados declarados em lei estadual ou municipal, de que trata a Lei nº 9.093, de 12 de setembro de 1995, serão observados pelas repartições da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional nas respectivas localidades.

Art. 3º Os dias de guarda dos credos e religiões, não relacionados nesta Portaria, poderão ser compensados na forma do inciso II do art. 44 da Lei nº 8.112, de 1990, desde que previamente autorizado pelo responsável pela unidade administrativa de exercício do servidor.

Art. 4º Caberá aos dirigentes dos órgãos e entidades a preservação e o funcionamento dos serviços essenciais afetos às respectivas áreas de competência.

Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Unhas frágeis

01/12/2010 às 21:14 \ Beleza - revista VEJA


Unhas frágeis
Lucia Mandel Espelho meu
Dermatologista trata dos assuntos de estética e saúde

Tenho unhas frágeis, que sempre se quebram ou lascam. Devo tomar uma vitamina?
(Clea)
As unhas são lâminas feitas de uma proteína chamada queratina. É comum, principalmente em mulheres, ficarem frágeis, descamarem e quebrarem. Só quem sofre com isso sabe como incomoda: é difícil deixar a unha crescer, o esmalte descama, é um transtorno.

Em muitos casos, o problema acontece por ressecamento das unhas. Assim como a pele, também unhas precisam de hidratação para se manterem bonitas. Removedores de esmaltes, principalmente à base de acetona, ressecam as unhas. Traumas repetitivos, como digitação, podem fragilizá-las. E, dependendo do seu trabalho, a culpa pode ser o excesso de exposição a produtos químicos.

Se suas unhas estão ressecadas, use cremes hidratantes específicos. Existem produtos prontos ou, se você preferir, seu dermatologista pode receitar uma formulação individualizada. O hidratante para unhas deve ser aplicado algumas vezes ao dia, e as unhas devem estar sem esmalte para que haja boa absorção do produto. Depois de algumas semanas de tratamento você já pode usar o esmalte que quiser. É interessante tirar o esmalte um ou dois dias antes de pintar novamente suas unhas. Nesses dias, você aproveita para hidratá-las. Prefira removedores de esmalte sem acetona, que são menos agressivos. Outro cuidado: excesso de água e sabão resseca pele e unhas. Assim, se é você quem faz o serviço de casa, use luvas quando for mexer com água e detergente.

Algumas verdades

– Existem evidências de que o uso de biotina (vitamina do complexo B) fortalece unhas. Pergunte a seu dermatologista se isso poderia ser indicado a você.

– Dieta rica em cálcio não fortalece unhas. A queratina não é feita a partir de cálcio. O cálcio tampouco ajuda a unir as fibras de queratina.

– Suplementos de gelatina não fortificam as unhas. A gelatina é degradada no nosso sistema digestivo. Ela não se transforma em queratina e não é transferida diretamente para nossas unhas.

– Em alguns casos, unhas frágeis são uma questão genética. Nesse caso, o tratamento não modificará a estrutura da unha. Mas existem esmaltes endurecedores, que deixam a unha mais resistente enquanto você estiver usando o produto.

– A fragilidade das unhas pode sinalizar que algo não vai bem com a saúde. Pode ser sinal de micose, que é uma infecção por fungos. Ou pode sinalizar problemas na tireóide, diabetes, problemas circulatórios ou anemia. Doenças dermatológicas (como psoríase ou outras) também causam unhas frágeis. Por isso, se suas unhas não crescem como deveriam, procure um dermatologista. Ele saberá diagnosticar o seu caso e indicar o melhor tratamento para você.

Por Lucia Mandel
Tags: gelatina, queratina, unhas frágeis


http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/beleza/unhas-frageis

Suplementos alimentares

Saúde 01/12/2010 - 15:39 - revista VEJA

Suplementos alimentares
Vitamina em excesso pode ser prejudicial, diz relatório
Segundo documento, maior parte das pessoas já possui quantidades adequadas de vitamina D no sangue
The New York Times


Os altíssimos níveis de vitamina D que costumam ser recomendados por médicos – e que só podem ser obtidos por suplementos – são desnecessários e podem ser prejudiciais, segundo um comitê de especialistas. O grupo também concluiu que suplementos de cálcio não são necessários. Os 14 integrantes do comitê de especialistas foram convocados pelo Instituto de Medicina, uma organização científica sem fins lucrativos, a pedido dos governos dos Estados Unidos e Canadá. O grupo examinou as informações disponíveis – cerca de mil artigos – para determinar o volume de vitamina D e cálcio que as pessoas estão consumindo, quanto é necessário para uma boa saúde e quanto é excessivo.

O grupo afirmou que a maioria das pessoas tem quantidades adequadas de vitamina D no sangue fornecidas por suas dietas e fontes naturais, como a luz do sol, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira. "Para muitas pessoas, doses extras de cálcio e vitamina D não são indicadas", disse Clifford Rosen, membro do painel e especialista em osteoporose do instituto de pesquisa do Maine Medical Center.

Christopher Gallagher, diretor da unidade de metabolismo ósseo da escola de medicina da Universidade Creighton, em Nebraska, concorda. E acrescenta: "É responsabilidade de quem propõe suplementos de vitamina D e cálcio mostrar que a prática é segura antes de empurrar isso para as pessoas".

Moda — Nos últimos anos, a ideia de que quase todo mundo precisa de doses extras de cálcio e especialmente vitamina D varreu os Estados Unidos. Em relação ao cálcio, garotas adolescentes formam talvez o único grupo em que o consumo está um pouco abaixo do necessário. Mulheres mais velhas, por outro lado, podem estar usando em excesso, correndo risco de cálculos renais. E há evidências de que o excesso de cálcio pode aumentar o risco de doenças cardíacas, escreveu o grupo.

Sobre a vitamina D, alguns médicos proeminentes disseram que a maioria das pessoas precisa de suplemento, ou terá maior risco de contrair uma variedade de enfermidades, incluindo problemas cardíacos, câncer e doenças autoimunes. E mais e mais pessoas, atualmente, conhecem seu nível de vitamina D, pois isso é avaliado em exames de rotina.

"O número de exames de vitamina D explodiu", disse Dennis Black, que revisou o relatório e é professor de epidemiologia e bioestatística na Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Ao mesmo tempo, as vendas de vitamina D dispararam, crescendo mais depressa do qualquer outro suplemento, de acordo com The Nutrition Business Journal. As vendas aumentaram 82% entre 2008 e 2009, alcançando 430 milhões de dólares. "Todo mundo tem esperança de que a vitamina D seja uma espécie de panaceia", disse Black. O relatório, acrescentou, poderia acabar com essa loucura. "Acredito que isso terá impacto em muitos profissionais de saúde."

Sem evidências — A vitamina D e o cálcio trabalham juntos na saúde dos ossos. A saúde óssea é, no entanto, apenas um dos benefícios atribuídos à vitamina D, e não há evidências suficientes para apoiar a maioria dos outros benefícios, disse o comitê. Alguns laboratórios passaram a relatar um nível de menos de 30 nanogramas de vitamina D por mililitro de sangue como deficiência da vitamina. Com isso como padrão, 80% da população pode ser classificada como deficiente em vitamina D, disse Rosen. A maioria das pessoas precisaria tomar suplementos para alcançar níveis superiores a 30 nanogramas por mililitro, acrescentou. Mas o comitê concluiu que um nível entre 20 e 30 nanogramas é suficiente para a saúde óssea e praticamente todo mundo está dentro desse quadro.

A vitamina D é obtida a partir da ingestão de muitos alimentos, disse Paul Thomas, do departamento de suplementos alimentares do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Está presente no suco de laranja, leite e em cereais matinais – e agora pode ser encontrada em doses muito elevadas em comprimidos de suplementos. A maioria das pílulas de vitamina D, disse ele, costumam ter não mais de mil unidades internacionais de vitamina. Mas agora é fácil encontrar comprimidos, até em supermercados, com mais de 5.000 unidades. Segundo o comitê, as pessoas precisam de apenas 600 unidades diárias.

Para avaliar a quantidade de vitamina D e cálcio que as pessoas recebem, o painel estudou os dados nacionais sobre dietas. A maioria das pessoas, concluíram, obtém cálcio dos alimentos, cerca de 1.000 miligramas diárias para a maioria dos adultos (1.200 para mulheres entre 51 e 70 anos).

A vitamina D é mais complicada, disse o grupo. Em geral, a maioria das pessoas não recebe vitamina D de sua dieta, mas tem vitamina suficiente no sangue, provavelmente porque também a obtém naturalmente, por meio do sol.

Tags: cálcio, canadá, eua, instituto de medicina, vitamina d, vitaminas.



http://veja.abril.com.br/noticia/saude/vitamina-em-excesso-pode-ser-prejudicial-diz-relatorio

Atividade física e bem-estar

Renato Dutra - Chegada - Professor escreve sobre corridas e saúde - atividade física e bem-estar


01/12/2010 às 21:28 \ Treinamento - revista VEJA


A regra é clara

Recentemente, durante uma conversa com um amigo, ele me contou que desejava voltar a correr. E o que mais me chamou a atenção foi o relato de suas experiências com a corrida: sempre que retornava aos treinos, alguma lesão surgia. Então eu perguntei: Você respeitava a regra dos 5%? E ele me respondeu com outra pergunta: Que regra é essa?

Não sou o Arnaldo Cezar Coelho, mas não resisti: “A regra é clara! Precisamos aumentar a duração ou a intensidade (nunca as duas variáveis ao mesmo tempo) dos treinos em no máximo 5% por semana.”

Exemplifiquei: um corredor que faz três sessões de 30minutos semanais, poderá na semana seguinte fazer, no máximo, três treinos de 31min30seg. Ele ficou pasmo e se deu conta do exagero que havia cometido em cada vez que retornava à prática da corrida.

A grande maioria nem percebe, mas há fortes evidências de que boa parte das lesões acontecem justamente porque desrespeitamos esta regra. Afinal, se um dia corremos 30 minutos, por que não fazer uma sessão de 45 minutos? O que são “só quinze minutos” a mais? Do ponto de vista matemático, fica bem mais fácil entender: isso corresponde a um aumento de 50% na carga de treinamento!

Infelizmente, a grande maioria das lesões que ocorrem nos corredores é descrita pelos especialistas como de overuse, isto é, geradas pelo excesso de uso. Em outras palavras, são ocasionadas pelo acúmulo de treinos que excedem a nossa capacidade de adaptação. Ao longo do tempo, o corpo simplesmente não aguenta e o resultado é a dor, geralmente acompanhada de uma lesão.

Os praticantes de outras modalidades esportivas também cometem exageros, principalmente os “atletas de final de semana”, que tentam compensar pela semana inteira sem atividade. Vejo nos clubes, por exemplo, pessoas que passam o dia na quadra de tênis. Escuto muita gente culpando a raquete, a chuteira, mas o verdadeiro culpado é o aumento exagerado da carga física.

Em resumo, se o objetivo for manter-se saudável e exercitando-se sempre, então a regra é clara!


http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada/treinamento/a-regra-e-clara

Psicólogo usa biologia para ajudar ricos de 30 anos que não conseguem paquerar

02/12/2010 - 08h06 - Folha de São Paulo
Psicólogo usa biologia para ajudar ricos de 30 anos que não conseguem paquerar
RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO



Gente muito tímida esbarra com gente muito traída na sala de espera do consultório de Ailton Amélio da Silva, 62, no Alto de Pinheiros. A maioria dos pacientes, em busca de apoio emocional, frequenta o lugar por um ou dois anos --uma consulta por semana a R$ 260 cada (mas diz que faz por menos se a pessoa não puder pagar).

Amélio, que não gosta de ser comparado com o consultor amoroso do filme "Hitch", é também professor do Instituto de Psicologia da USP, com especial interesse em psicologia evolutiva. Seu curso "Relacionamento amoroso: teoria e pesquisa" é uma das mais disputadas em épocas de matrícula.

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Divulgação

O professor de psicologia da USP Ailton Amélio da Silva, que também dá aulas sobre relacionamento amoroso

Na conversa abaixo, Amélio vai de Claudia Ohana até "Two and a Half Men", e defende que, em alguns casos, as pessoas deveriam aprender a deixar os seus parceiros um pouco inseguros.

Quando a reportagem da Folha chegou, Amélio se despedia de um rapaz de não mais de 25 anos após uma consulta.

FOLHA - Por que um rapaz jovem assim vem aqui?
AILTON AMÉLIO - Nos jovens, o grande problema costuma ser a timidez...

Atrapalha qualquer tipo de abordagem, né?
É, esse é o grande obstáculo. Especialmente a timidez masculina, embora incidência seja igual entre homens e mulheres. A timidez é vista como mais incompatível com o papel masculino. O homem que é acanhado, que não aborda e faz com que a mulher precise ir abordar, é mal visto.

Enquanto a timidez feminina é até charmosa...
Pois é, estudos mostram que universalmente sinais de timidez estão incorporados à paquera feminina.

E como se faz para tratar a timidez masculina?
Se for timidez mesmo, em geral o rapaz chega aqui e fala "Ailton, como é que eu paquero?". Não é por aí. Ele sabe paquerar! Os estudos mostram que o tímido não tem deficit de habilidade social, só 10% têm. Quando ele está seguro, com amigos, onde está solto, não há problema.

Aquela velha imagem do rapaz falante, seguro, mas que quando aparece uma menina...
Aí ele trava! Então ele senta aqui e diz "eu não tenho habilidade, não sei conversar com ela, não sei o que fazer para paquerar, não sei o que eu falo". E ele pensa "preciso saber exatamente todos os passos, senão qualquer coisa que eu fizer a mulher vai me chutar". Está errado, a mulher está tão a fim quanto ele. Ele tem uma leitura pessimista demais da situação, e parece amedrontador para ele. É bem mais simples. Eu tento fazer o rapaz ver isso.

Porque a natureza é feita para funcionar, não é?
Outro dia um rapaz me escreveu uma longa carta dizendo como adorava as mulheres e tudo mais, e no final dizia "professor Ailton, por favor, escreva algumas frases que eu possa dizer para elas e que me ajudem a conquistá-las" (risos). Eles sempre me perguntam "eu estou lá dançando, o que eu falo para impressionar, para parecer inteligente?". Eu digo "se for para parecer inteligente, fala 'e=mc2'". Então o que você precisa fazer não é decorar frases, mas resolver o problema da timidez. É possível usar o teatro para isso.

Ou seja, no final tudo é uma tentativa de criar confiança.
É, então na hora de chegar na mulher ele sabe que ela quer também. Aí me perguntam, "e se ela não quiser, você sabe o que fazer?". Claro, basta ser bonito, alto, inteligente, divertido, rico, charmoso... (risos)

Qual é o perfil das pessoas que procuram o senhor aqui?
Em geral, quem procura são os de 30, 20 e tanto que nunca namoraram. Homens e mulheres. Pessoas que, em geral, já estão em situação complicada, porque se ela não consegue namorar até essa idade começa a achar que é esquisita, fica com medo de ser gay. A pessoa já sofreu muito. Muitas dessas pessoas têm também características que dificultam, existe a realidade...

Como assim? Não são bonitas?
Um dos motivos pode ser. Já entendi rapaz que tinha menos de 1,60 m, pesava menos de 50 kg e gostava de modelos. A probabilidade de uma modelo gostar dele é pequena. Então existem dificuldades reais, às vezes você não tem o perfil. Eu mesmo era um jovem muito magro. Dentro de um certo limite, você consegue compensar em outra coisa. Mais importante do que ser bonito é não ser feio. Mais importante do que ser rico é não ser pobre. Porque o sujeito pode ser até bonito, divertido, mas e se ele mora na favela e tem só o primário?

Mas imagino que muita gente que frequenta o seu consultório não seja exatamente pobre...
Sim, e claro que o fato de a pessoa ser rica ajuda com o sexo oposto, mas às vezes também existe o chato rico. Status, poder e dinheiro não substituem falhas em outras variáveis: se a pessoa brinca, se é segura, se é charmosa. Tem rico altamente chato, gente poderosa que só fala de negócios. Você se impressiona com o poder do sujeito, mas não aguenta passar um dia perto dele. Em todas as classes tem gente sendo traída, gente tímida.

Mas tímidos só precisam de tratamento em casos extremos, certo? O que faz alguém ser muito tímido?
Sim, a maioria dos tímidos não precisa de ajuda, elas conseguem mudar durante a vida. Muita gente fala que já foi tímido. Existe um fator biológico na timidez, mas ele não o mais importante. O mais importante é ter pais ou muito severos ou muito protetores. O bullying pode tornar a pessoa tímida também. Tive gente aqui extremamente tímida, como um rapaz que tinha a sobrancelha muito grossa e na escola chamavam ele de taturana, e às vezes algo assim faz com que a pessoa fique com muito medo de se expor socialmente. Como existe esse fator social forte, tem cultura em que a incidência de tímidos é muito maior.

Como qual?
Japão. E Israel é um dos lugares com menos tímidos. Existem especialistas que defendem que isso acontece porque, no Japão, quando o jovem erra, ele é muito punido, mas quando ele vai bem o mérito é dos pais e dos mestres. Existe até uma incidência alta de suicídios. Em Israel, seria o contrário. Quando a pessoa acerta o mérito é dela, e quando ela erra é o antissemitismo (risos). Enfim, existem cultura mais punitivas, outras são acolhedoras.

O senhor cita que, para ter o interesse de alguém, três fatores seriam importantes: admiração, esperança de reciprocidade e certa dose de insegurança.
Para todo tipo de amor faz sentido a admiração, se não admira não se apaixona.

Nem que seja uma admiração estética...
É, alguma coisa que fascina, pode ser beleza. A esperança de reciprocidade também está sempre presente.

Por isso não estamos apaixonados aqui pela Angelina Jolie.
Isso! E por isso que os empregados domésticos não estão apaixonados pelo patrões. Exceto se tiver alguma má interpretação de informação. Nesses casos de apaixonamento unilateral não é difícil encontrar o ponto onde a pessoa tirou conclusões erradas. Bom, ela pode também ter sido induzida a isso por alguém que só queria sexo, algo que é um comportamento bem comum. Eu tive a curiosidade de entrevistar os funcionários da USP para ver se eles estavam apaixonados pelas meninas. Não estavam. São meninas lindas, bem cuidadas, estudadas, maravilhosas. Mas eles não estavam apaixonados por nenhuma delas, e elas nem notavam a presença deles. Mas saberiam exatamente como conquistá-los se quisessem: só dar mole.

E é interessante que eu me apaixono genuinamente pelas coisas que tenho chance de obter, não é racional, não é que eu me conformo. É bonito. Uma vez eu estava na Globo, sentei no camarim e ao meu lado tinha uma mulher muito bonita sentada. Não me olhou na cara. De raiva, não olhei na cara dela. Era a Cláudia Ohana. Se ela quisesse sair comigo, eu não sairia. Não tenho dinheiro, não dou conta, ia passar vergonha, ser humilhado. As pessoas em geral se casam, então, com pessoas similares. Envolver-se, mesmo que como amigo, com gente milionária pode ser muito constrangedor, conversas sobre viagens, iates. Mas a natureza é mais esperta, então eu não sofro pela Cláudia Ohana, porque não formei expectativas. Até gente sem dente não acha tão horrível gente sem dente, é maravilhoso como a natureza organiza as coisas, senão seria uma frustração terrível.

A única exceção são as mulheres mais bonitas, que os estudos mostram que conseguem casar com homens de um nível social um pouco acima, mas não muito mais também. A beleza acaba virando moeda de troca pelo econômico. Mas não adianta ela ser linda e o nível de escolaridade, por exemplo, for muito diferente, senão a chance de não dar certo é grande.

E a questão de deixar certa margem de insegurança?
É, para esse ingrediente o pessoal torce um pouco o nariz. Mas faz sentido. Se você chegar no outro e falar que ama muito, que quer muito ficar junto, e o outro nem sabia de nada... Diminui muito, é engraçado, né? Não é só no amor, coisas muito fáceis a gente valoriza menos. A gente tende a não pensar muito naquilo que nos deixa seguros. Nunca chego em casa e penso "nossa, que maravilha, tenho água para tomar banho". Só percebo quando não tenho. Então somos capazes de valorizar pouco mesmo coisas essenciais na nossa vida, elas só voltam a ficar importantes quando ficam inseguras.

É um pouco o que faz tanta gente dizer que o cafajeste é atraente, não? Rapazes pouco experientes, apaixonados demais, acabaram errando nesse terceiro fator.
É, mas isso funciona mais com um tipo de pessoa. Com gente ciumenta e possessiva, isso aí é um veneno. A linha de conquista é essa, o chamado tratamento quente e frio: tem hora que você dá bola, tem hora que não dá. O cara cai na hora. Depende da pessoa.

O senhor tinha dificuldades com as meninas quando era jovem?
Muita, muita. Namorei tarde, a primeira vez que namorei levei uma lista de assuntos (risos). Levei o fora em dez minutos! Eu sofri bastante, muito tímido, gostei de uma menina vários anos e nunca tive coragem de chegar, vi ela se casando com outro. A gente não deixa de ser tímido, mas aprende a lidar. Tanto que, no final, todo mundo se casa - 92% das pessoas.

Além de tímidos, quem vem aqui?
Trabalho muito, bastante mesmo, com traição, casamento que não está dando certo. Muitas vezes o casal vem junto para cá. Mesmo no que se refere a sexo, especialmente para as mulheres, o sexo bom está dentro de um bom relacionamento. Até prostitutas! Já entrevistei prostitutas e perguntei para elas "o que leva vocês a terem um orgasmo?", e elas diziam "se o cara me fizer rir", se o cara conversou um pouco. Então é fundamental resolver esses problemas entre casais.

E são mais mulheres reclamando da traição masculina ou o contrário?
Acho que sim, mas as mulheres estão traindo mais, equiparando-se aos homens. Mas a traição feminina, em geral, é mais dolorida para o homem do que vice-versa.

Porque o homem trai e volta para casa apaixonado, sem misturar sexo com amor?
Exato. O grande problema da mulher que senta aqui é se o marido está envolvido ou se foi só sexo. Mas chega uma mulher para o marido e diz "não, imagina, foi só sexo"... (risos) Mas qualquer traição é muito dolorida. Atendo até amantes.

Pessoas que traem também?
Sim, sim, porque às vezes a amante está exigindo coisas, ou ele não está dando conta da agenda, tem de tudo. Um paciente recomenda para o outro...

E quando comparam o senhor com aquele sujeito do filme "Hitch"?
Eu gosto do filme, mas acho o Hitch meio simplista. A ideia que ele faz e acontece é meio fantasiosa. Bom, é filme.

Mas já li o senhor dizendo que utiliza cenas de filmes e novelas em sala de aula.
Tenho cada vez mais levado. Gosto muito do "Two and a Half Men", é maravilhoso. São geniais. Eles captam coisas que acontecem com as pessoas. Como o personagem Alan, com uma ex-mulher bonita, ele não é o tipo procurado pelas mulheres, não é seguro, talvez algumas gostem, mas ele não é um sucesso. Só essa série daria para dar muitos cursos.

Mas dá para dizer que um dos objetivos aqui é transformar os pacientes em charlies [Charlie Harper é o personagem que, na série, faz muito sucesso com as mulheres]?
O Charlie é outro problemático, né? Ele tem dificuldades para se envolver, se entregar, o modelo de relacionamento dele é mais centrado em sexo. Ele sente prazer pela conquista, pela variação, pela novidade, é um tipo de personalidade. Tenho pacientes com o perfil do Charlie, o sujeito fala "tenho tantas mulheres, conquisto fácil, mas eu quero mesmo é casar". Aí eu pergunto "por que você quer casar?". Todos nós adoraríamos ter uma vida como Charlie. Um disse "quando eu ganho alguma coisa, uma satisfação, não tenho ninguém que realmente compartilhe comigo". O sujeito vem aqui porque quer alguém que se envolva, quer profundidade, comprometimento, mas não consegue.

Mas o Charlie não me parece muito infeliz...
É, eles não apresentam muito esse ponto. Às vezes ela vai na psicóloga, mas não é tão enfatizado.

E dá para mudar um sujeito como o Charlie?
É muito difícil. Tem coisa que conseguimos ajudar muito pouco. E quando chega alguma mulher aqui dizendo que está gostando de alguém como ele, eu digo que é um mau negócio. Se quiser transar, ter aventura, tudo bem, é a pessoa certa. Mas se ela diz que quer casamento, aí essa pessoa precisa de ajuda. Não vou dizer para a pessoa que ela está errada, mas ela precisa avaliar se é isso mesmo que ela quer.

O senhor é casado?
Sou separado. Fui casado por 30 anos. A pessoa virou uma e eu virei outra, cada um vai para um lado, aí é melhor separar. Eu moro com minha filha, ela já terminou a faculdade, namora, para mim é bom. As pessoas esperam que alguém como eu, que fala sobre o assunto, seria ótimo para agir. Mas não, mais do que tudo isso que eu falo, pesa toda a minha genética, minha cultura, minha vida. Antes de ser psicólogo, eu sou humano.

O senhor traiu a sua ex-mulher?
Não, não. Eu acho que vale a pena ser fiel, não vale a pena trair. Existe o impulso, mas não vale. Não só por ser pego, por destruir casamento, mas pelo custo interno. É ruim sentir que não é leal, que está enganando alguém. No começo pode até valer a pena, mas no médio prazo não. Você não precisa enganar alguém, se quiser você pode ser solteiro e ter várias pessoas, ir em casa de swing, não tenho nada contra quem faz.


http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/839342-psicologo-usa-biologia-para-ajudar-ricos-de-30-anos-que-nao-conseguem-paquerar.shtml

Mais de 70% das mulheres nunca atingiram o orgasmo com seus parceiros

06/08/2010 - 08h00 - Folha de São Paulo
Mais de 70% das mulheres nunca atingiram o orgasmo com seus parceiros
RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO

Mulheres têm muito mais orgasmos sozinhas, se masturbando, do que com o esforço de seus parceiros.
Vários estudos, nas últimas décadas, chegaram independemente a essa conclusão. O mais famoso deles, liderado por Edward Laumann, da Universidade de Chicago, concluiu que apenas 29% das mulheres se dizem realmente capazes de atingir o orgasmo com seus parceiros -- talvez existam mais atrizes brilhantes entre nós do que o imaginado. Já 61% delas se disseram capazes de fazê-lo se masturbando.

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Mesmo para as mulheres que conseguem o orgasmo com seus parceiros, é bem mais difícil chegar lá via penetração do que por estimulação do clitóris, diz David Buss, psicólogo da Universidade do Texas. Ele cita estudos que mostram que, mesmo nesse grupo, 40% das mulheres passarão a vida inteira sem um orgasmo causado por penetração. Se o objetivo é fazê-la feliz, é melhor, nas palavras do jornalista Xico Sá, esquecer a "assepsia das novas gerações" e investir no sexo oral, portanto.

"Algumas mulheres ficam preocupadas ou acham que estão perdendo alguma coisa grande se elas não conseguem atingir o orgasmo apenas com a penetração dos seus parceiros. Mas é bom que elas saibam que orgasmos vaginais não são mais profundos, intensos ou prazerosos do que orgasmos via clitóris, ainda que algumas mulheres que conseguem ter orgasmos dos dois jeitos tenham as suas preferências", diz Buss, autor do livro "Why Women Have Sex" (Por que as mulheres fazem sexo, inédito em português).

Buss tenta explicar o maior sucesso da masturbação feminina em comparação com o esforço masculino: as mulheres já gastaram mais tempo explorando quais são as partes do seu corpo mais sensíveis. Sabem, portanto, atacá-las com mais eficiência. Como isso varia de mulher para mulher, por mais experiente que um homem seja sexualmente, nunca vai ser a mesma coisa. "Aquilo que faz Lisa gritar de prazer poderia muito bem fazer a Linda sair correndo da cama", diz. Nesse sentido, fazer um homem chegar ao orgasmo é muito mais simples.

O sexo, então, tende a melhorar com o tempo em um relacionamento (apesar de outros fatores, como brigas, tédio ou desejo por outras pessoas, fazendo força no sentido oposto). "Por isso, é importante que as mulheres mostrem aos homens do que gostam, nem que seja direcionando-os para suas partes favoritas do corpo. Mas muitas mulheres não fazem isso porque têm medo de ofender seus parceiros. E, de fato, muitos podem reagir mal."

POR QUE NÃO?

Os médicos nunca encontraram, porém, diferenças físicas entre as mulheres que têm muitos orgasmos e as que não conseguem chegar lá. O que varia entre elas, portanto, é o fator emocional. Uma mulher preocupada tem mais dificuldade para atingir o orgasmo, diz Buss. Elas precisam de mais concentração do que os homens. Somente eles vão ser felizes, portanto, se "elas tiverem que se preocupar com os filhos (ou os pais) escutando tudo no quarto ao lado". Ficar pensando na quantidade de trabalho a fazer, no quanto o parceiro já não é mais tão atraente ou sentir culpa por estar estar naquele lugar também não ajuda.

Esse fator emocional pode, claro, variar entre culturas distantes. Se, em algumas sociedades o orgasmo feminino é tabu, existe um local que é o paraíso da mulher insatisfeita sexualmente: a ilha de Mangaia, uma das Ilhas Cook, na polinésia.

Na cultura dos nativos, o orgasmo feminino é idolatrado e homens que notoriamente não conseguem fazer com que suas parceiras alcancem esse prazer são vistos com maus olhos pelos colegas. "A empresa Air Rarotonga oferece quatro voos por semana para lá", recomenda Buss, brincando. Os antropólogos não encontraram, por lá, mulheres se queixando. "Faz todo sentido, porque, ao contrário dos homens, as mulheres precisam aprender a ter um orgasmo", diz Buss.


http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/778593-mais-de-70-das-mulheres-nunca-atingiram-o-orgasmo-com-seus-parceiros.shtml

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