Computação em nuvem consolida-se como modelo tecnológico
As tecnologias em nuvem firmam-se no mercado de TI e derrubam imagem negativa de modismo. O Consegi 2011 vai discutir o tema em sua grade de programação.
Nos últimos anos, a tecnologia conhecida como Computação em Nuvem cresceu e se estabeleceu no mercado como uma alternativa viável para oferecer elasticidade aos sistemas, agilidade de recursos, redução de custos, mobilidade no acesso aos serviços. Uma outra vantagem do modelo é que beneficia o meio ambiente, uma vez que diminui o consumo de energia e a aquisição e renovação constante de hardware, reduzindo a produção de lixo eletrônico.
Geraldo Xexeo, coordenador do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da UFRJ, acredita que embora o termo tenha sido inventado há pouco tempo, "computação em nuvem, na verdade, é uma evolução e convergência de várias tecnologias e propostas, como, por exemplo, clusters, grids, virtualização, o conceito de aplicações e infraestrutura como serviço e computação utilitária, essa última praticamente um sinônimo".
Avanços
"O aumento e a evolução dos serviços em nuvem tornam necessária e indispensável a discussão sobre a padronização da tecnologia", afirma Luis Cláudio Tujal, analista do Serpro. Ele explica que com o crescimento do mercado de cloud computing nos Estados Unidos, Inglaterra, França e países asiáticos, o próprio meio começou a pressionar as instituições responsáveis por padrões - como a ISO, ABNT e outras - a se prepararem para discutir o assunto.
Tujal considera que a padronização deve englobar a infraestrutura como um todo, tanto hardware quanto software para interface. "Este passo será refletido na qualidade das arquiteturas orientadas a serviços em nuvem, potencializando a integração e segurança", avalia.
Consegi 2011
Durante o congresso deste ano, o analista do Serpro participará do debate "Computação em Nuvem e Dados Abertos", juntamente com a professora da PUC-Rio, Karin Breitman. A proposta é que a atividade discuta a integração de serviços web de forma organizada e eficiente para oferecer soluções mais poderosas, porém com redução de custos.
A maturidade das tecnologias em cloud computing dará um perfil bastante prático às atividades sobre o tema no Congresso. Especialistas terão a oportunidade de realizar oficinas técnicas e palestras voltadas para a construção, manutenção e controle de ambientes virtualizados, webservices e aplicações para nuvem.
O Consegi acontece em Brasília, de 11 a 13 de maio, com o tema "Dados Abertos para a Democracia na Era Digital". Saiba mais sobre o evento no sítio: www.consegi.gov.br.
Brasília - 6/5/2011
Consegi começa nesta quarta com transmissões via internet
Quem não estiver no evento poderá acompanhar boa parte dos debates via Assiste - Video Streaming Livre do Serpro. Atividades realizadas no Auditório Principal, Salão Nobre BNDES e nas salas DT2 e DT3 poderão ser assistidas pelo sítio do Consegi
Quase tudo pronto para a quarta edição do maior evento de tecnologia do governo federal, que acontecerá de 11 a 13 de maio em Brasília. Neste ano, o Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico debate a relação entre Dados Abertos e Democracia Digital.
O país focal deste Consegi é a Espanha. Desde 2009, quando tomou parte nas comemorações do ano Brasil - França, o Congresso homenageia uma nação que seja referência para o tema debatido. Em 2010 foi a Coreia do Sul, relacionada à computação em nuvem. Em 2011, os espanhóis foram escolhidos por serem pioneiros na utilização de dados abertos pelo setor público. Argentina, Chile, Alemanha e Canadá serão outros dos vários países que estarão representados no evento.
Três premissas para os Dados Abertos
Dentre os convidados que participam das mais de 200 atividades do Consegi encontra-se o pesquisador David Eaves, um dos maiores estudiosos sobre dados abertos:
O canadense sintetizou, em três premissas, um referencial importante para a disponibilização de informações públicas: “Se o dado não pode ser encontrado e indexado na web, ele não existe; se não estiver aberto e em formato compreensível por máquina, ele não pode ser reaproveitado; e se algum dispositivo legal não permitir sua reaplicação, ele não é útil.”
Adotada pelo W3C, a definição de Eaves gera reflexões e debates. Para aprofundá-los em várias vertentes, o Consegi reúne em Brasília pesquisadores e ativistas, nacionais e internacionais. Confira convidados, palestras e debates na programação.
Novidades na cobertura jornalística
A reportagem do Consegi 2011 amplia a utilização do blog como ferramenta de comunicação. Será possível acompanhar notas em linguagem mais descontraída sobre tudo o que acontece - e está por acontecer - nos diversos espaços do Consegi. O blog já noticiou o Thackday, a participação do Jovem Nerd, as desconferências, as oficinas que atenderão a dois mil participantes. Abriu espaço para retratar os 800 caravaneiros que estão a caminho do Jardim Botânico e informou sobre como Inclusão Digital e Expresso em Nuvem serão tratados no evento, dentre outros posts.
A nova ferramenta suporta outra novidade da cobertura, o Minuto Consegi, produzido pela TV Serpro. São vídeos nos quais um convidado ou organizador do evento oferece breve depoimento sobre sua participação no Consegi. Já foram feitos “Minutos” com Alexandre Ottoni, o Jovem Nerd; Ricardo Poppi e Pedro Markun, ciberativistas do movimento Transparência Hacker, Camille Ruest, da embaixada do Canadá. Do Serpro, já se produziram Minutos Consegi com Luiz Guilherme Aldabalde, Juliana Hernandez, Ana Maria Amorin e Marcos Mazoni.
Quem tem interesse em participar do Minuto Consegi pode gravar um vídeo de até 60 segundos contando quais são as suas expectativas para o evento. É preciso se apresentar no vídeo, mencionando nome, profissão e cidade, além de se certificar de que a gravação tem boa qualidade de som e imagem. Os vídeos devem ser encaminhados para o e-mail do Minuto Consegi: minutoconsegi@gmail.com.
Brasília - 6/5/2011
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