26/05/2011 - 12:23 - Atualizado em 26/05/2011 - 12:25 - Redação ÉPOCA, com Agência Brasil
Glaucoma afeta 900 mil brasileiros
No mundo inteiro, segundo a OMS, são 65 milhões de pessoas com a doença. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia alerta para o fato de que a doença nem sempre apresenta sintomas, e portanto é bom realizar exames periódicos
No Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) divulgou o número de pacientes com a doença no Brasil: 900 mil. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são 65 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença, provocada pela elevação da pressão ocular. O glaucoma não tem cura, e quando não é devidamente tratado por levar à cegueira.
O vice-presidente da SBO, Alípio de Sousa Neto, afirma que ainda há muitas barreiras a serem vencidas no Brasil, e que a principal delas é o fato de as pessoas somente procurarem um especialista quando a doença já está muito desenvolvida. Como o glaucoma pode demorar a apresentar sintomas, as pessoas se esquecem do hábito de frequentar o oftalmologista de tempos em tempos para fazer exames de rotina.
“A pessoa não vai sentir nada. Só vai sentir na fase mais avançada, quando começa a esbarrar nas coisas”, afirmou Alípio Neto. O médico explica que o correto seria a pessoa ir ao oftalmo pelo menos uma vez ao ano.
Pessoas que têm parentes portadores de glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos à realização dos testes de rotina. Após o diagnóstico, o tratamento vai desde a utilização de colírios, que baixam a pressão ocular, a cirurgias e ao uso do laser.
“Uma gota por dia de colírio já é suficiente para resolver o problema. Pela vida toda. Mas tem que estar controlado”, disse Neto. O oftalmologista alertou para que as pessoas não façam uso indiscriminado de medicamentos para os olhos, já que eles podem, inclusive, agravar o glaucoma se mal utilizados.
De acordo com a OMS, a cada ano são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma no mundo. A doença pode se manifestar de diferentes maneiras: de ângulo aberto (80% dos casos), de ângulo fechado, de pressão normal, pigmentar, secundário e congênito, e é responsável por cerca de 13% da cegueira derivada de enfermidade.
http://www.isoolhos.com.br/tag/glaucoma/
Novo implante aprovado no país controla glaucoma
Menor que um grão de arroz, um novo dispositivo de aço, implantado no olho, controla a pressão ocular em pessoas que têm glaucoma. Batizado de Ex-press, o produto será lançado no Brasil nesta semana, no 14º Simpósio Internacional de Glaucoma, que acontece entre os dias 26 e 28 de maio em Belo Horizonte (MG).
O dispositivo foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em abril. Nos EUA, ele foi aprovado em 2003, e na Europa, em 1999.
Estima-se que o glaucoma, principal causa de cegueira irreversível no mundo, afete 1 milhão de brasileiros. Há vários tipos de glaucoma. A forma crônica simples, que representa cerca de 80% dos casos e é mais comum nas pessoas acima de 40 anos, é causada por uma alteração anatômica no olho.
Ao longo dos anos, essa alteração impede que um líquido produzido pelo olho, chamado humor aquoso, seja drenado e caia na corrente sanguínea. Isso aumenta a pressão intraocular.
CICATRIZAÇÃO
O implante é colocado, por meio de cirurgia no olho, entre a córnea e a esclera, sobre um orifício feito pelo cirurgião, por onde o líquido sai. Assim, a pressão baixa.
Na cirurgia convencional, abre-se um orifício no mesmo local para que esse líquido possa escapar.
“Mas, sem o dispositivo, não dá para controlar o fluxo e a abertura, que tende a cicatrizar”, diz Vital Paulino Costa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma e chefe do setor de glaucoma da Unicamp.
Para Regina Cele Silveira, oftalmologista do setor de glaucoma da Unifesp, o grande problema da cirurgia é a cicatrização.
“Nessa cirurgia, a cicatrização é ‘vilã’. O buraco ainda pode se fechar, mas, com o dispositivo, essa possibilidade é muito menor.”
Ela afirma que cinco anos depois da cirurgia convencional, 65% dos pacientes perdem a capacidade de drenagem pelo orifício e podem precisar de novas operações.
Segundo Costa, o dispositivo ainda causa menos inflamações e diminui a necessidade de medicamentos no pós-operatório.
CRÍTICAS
Segundo o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia Paulo de Arruda Mello, há um grande interesse no dispositivo, que simplifica muito a cirurgia.
“Mas ainda é necessário fazer mais estudos para afirmar que ele traz mais benefícios do que a cirurgia convencional”, afirma. Para Cele, o dispositivo é “perfeito” do ponto de vista técnico, porque faz a cirurgia de glaucoma durar mais. Porém, diz que não se sabe por quanto tempo os benefícios permanecem.
“Não dá para jogar a técnica antiga no lixo. Faltam dados de mais longo prazo.”
Outro ponto negativo é o preço “nos EUA, o dispositivo custa US$ 1.200 (R$ 1.956), segundo Cele. “Não sabemos quanto ele custará no Brasil, mas estamos pressionando o fabricante por um preço mais acessível.”
Fonte: Folha Online
Glaucoma: doença silenciosa que afeta um milhão de brasileiros
Uma doença ocular que não apresenta sintomas, mas que pode levar à cegueira. Atualmente, o glaucoma afeta cerca de um milhão de brasileiros, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, e é uma das principais causas de cegueira irreversível. Para os profissionais do Instituto de Saúde Ocular – ISO, o Dia Nacional do Combate ao Glaucoma, lembrado em 26 de maio, deve ser um lembrete da importância de manter consultas e exames oftalmológicos periódicos, já que esta é a única forma de diagnosticar a doença.
A visão do paciente é perdida progressivamente, por conta de uma lesão definitiva no nervo óptico, causada pelo aumento da pressão interna do olho. “Inicialmente, sem consultar o oftalmologista o paciente não sente nada e não tem como perceber o início da doença, porque a visão comprometida a princípio é a lateral, mantendo preservada a central”, afirma o médico Frederico Alvarenga. De acordo com ele, o paciente apenas percebe quando a lesão do nervo óptico progride, em estágios mais avançados.
Exames complementares como a Tonometria são a melhor maneira de identificar a doença. “São fundamentais a medida da pressão intraocular e a avaliação do nervo óptico através do exame de fundo de olho. Exames complementares solicitados pelo médico em geral confirmam o diagnóstico e ajudam a avaliar a eficácia do tratamento”, explica o médico.
Formas de tratamento
A principal forma de tratar o glaucoma é diminuir a pressão intraocular com o objetivo de impedir que a lesão do nervo óptico aconteça. Diagnosticada a doença, o paciente deverá seguir as orientações médicas e realizar os exames o mais breve possível, para adiantar o tratamento. “Inicialmente, utilizamos colírios que diminuem a pressão intraocular e podem ser combinados com uso de laser nos casos de resistência à medicação. No ISO, realizamos várias modalidades de cirurgias, principalmente para os casos mais severos da doença”, pontua ele.
O glaucoma ainda não tem cura e, por se tratar de uma doença crônica, um dos grandes desafios que oferece é a aderência ao tratamento, que em muitos casos é abandonado pelo paciente. “Alguns efeitos colaterais dos colírios, como alteração na visão, vermelhidão ocular e sensação de areia nos olhos causam desconforto e incomodam o paciente. Mas, para estabilizar o glaucoma, é imprescindível que ele não abandone os cuidados”, orienta o oftalmologista.
Conheça alguns fatores de risco para o desenvolvimento do Glaucoma.
::Idade acima de 40 anos;
::Histórico familiar da doença;
:: Pressão intraocular elevada;
:: Raça negra;
::Diabetes;
:: Miopia;
::Trauma ocular;
:: Uso de corticóides.
26 de Maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma
O próximo dia 26 de maio é dedicado ao Combate Nacional ao Glaucoma. A doença é considerada a maior causa de cegueira irreversível no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O problema atinge cerca de 65 milhões de pessoas no planeta e é o motivo de 4,5 milhões de casos de perda total de visão, de acordo com a Associação Mundial do Glaucoma.
O glaucoma é uma doença ocular capaz de causar cegueira, se não for tratada a tempo. No Brasil, mais de 900 mil pessoas têm a doença e 80% dos glaucomas não causam dor ou incômodo no início. Por ser uma doença crônica e que não tem cura, na maioria dos casos pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão.
Silencioso, para ser detectado, é preciso prevenir. Portanto é necessário um exame oftalmológico cuidadoso em que o médico faz a medida da pressão intra-ocular, o exame do fundo de olho e, quando necessário, o campo visual.
Existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, » Leia mais…
Neuro-adaptação: pacientes diferenciam distância de perto e longe
Com o aumento de nossa expectativa de vida, o interesse na saúde dos nossos olhos tornou-se de suma importância. Quem enxerga bem, se refere à visão de forma simples, não valoriza o que vê. Mas para quem tem algum problema, o caso é diferente.
Para a Organização Mundial de Saúde – OMS, 180 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual. Aproximadamente 135 milhões correm riscos de cegueira, enquanto 50 milhões são cegos.
Ainda segundo a OMS, 80% do conhecimento chegam ao cérebro por meio dos olhos, o qual deve ter cuidados para prevenir doenças que na maioria dos casos são silenciosas.
Segundo o oftalmologista Mario Carvalho, diretor do ISO Olhos e membro da Sociedade Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa, o Brasil é referência no tratamento de doenças oculares e muitas delas podem ser evitadas se o foco for a prevenção em todas as idades, mas principalmente após os 50 anos.
Durante o Congresso Anual da Academia Americana de Oftalmologia (ASCRS), evento que reuniu mais de 6 mil oftalmologistas em São Francisco (EUA) em 2009, ele apresentou aos presentes uma técnica para tratar astigmatismo em pacientes com catarata. “Em um único procedimento é possível resolver dois problemas: a catarata e o astigmatismo com a implantação de uma lente intra-ocular, o que proporciona visão para longe e perto sem dependência de óculos”, afirma o médico.
De acordo com o especialista, as pessoas podem procurar pelo tratamento e recuperar-se em um tempo mínimo, devido às novas técnicas e equipamentos com tecnologia de ponta. Hoje, pacientes que se submetem à cirurgia de catarata são estimulados no pós-operatório a condicionar o cérebro a reconhecer distâncias intermediárias através da neuro-adaptação.
Sobre a catarata
O sol é um dos grandes vilões dos olhos. Os países tropicais têm mais casos de catarata, que é uma doença que turva a visão. É comum em pessoas idosas, mas pode ocorrer em crianças e jovens. O olho é tomado por uma camada opaca, que impossibilita a passagem de luz e diminui a visão até provocar a cegueira. Não há tratamento clínico, apenas cirúrgico que, em 90% dos casos, devolve a visão ao paciente. No mundo, de 12 a 15 milhões de pessoas estão cegas por causa da catarata. Cerca de 20% deste total, 3 milhões, podem ter tido como causa a exposição excessiva aos raios solares. A cada ano, 120 mil novos casos são registrados.
Quais os sintomas da catarata?
Um dos principais sintomas é a visão embaçada, associada ou não a distúrbios visuais como: halos noturno e piora na luz solar. Além disso, a pessoa pode se queixar de embaçamento visual, apresentar dificuldade de deambulação ou mesmo sintomas de depressão, podem ser sinais indiretos da limitação visual que a catarata induz.
Como é feito o tratamento?
A cirurgia é a única maneira de solucionar o problema. A técnica cirúrgica consiste na remoção do cristalino opaco para substituí-lo por um cristalino artificial, transparente, que é a lente intra-ocular. Os melhores resultados são obtidos com a facoemulsificação, realizada com anestesia tópica (colírio anestésico), mediante pequena incisão, que proporciona mais segurança durante a cirurgia, conforto e recuperação visual precoce no pós-operatório.
Quando operar?
A cirurgia deverá ser realizada a partir do momento em que a catarata estiver interferindo na qualidade de vida da pessoa, independente do seu estágio evolutivo. No entanto, a cirurgia precoce é mais segura, permitindo ao paciente rápido retorno às atividades, reconquista da independência, segurança para caminhar, dirigir e desenvolver suas atividades diárias, melhorando também, sua auto-estima.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI236323-15257,00.html
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