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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ter diploma universitário garante a melhor média salarial do país

Ter diploma universitário garante a melhor média salarial do país

Silvio Ribas - Correio Braziliense

Larissa Garcia - Especial para o Correio Braziliense - 26/05/2011 13:49

Bruno Peres CBDAPress

Diogo Soares conseguiu dobrar a remuneração após sair da faculdade. Animado, começou uma especialização

Ter diploma universitário garante ao trabalhador a melhor média salarial do país. Segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), empregados que concluíram graduação ganham, em média, 7,8 salários mínimos (R$ 3.642), ante 2,4 mínimos (R$ 1.120) recebidos por quem não tem diploma de nível superior. A diferença é de 225%.

Conforme o estudo, em 2009, dos 40,2 milhões de assalariados em 4,8 milhões empresas públicas e privadas e outras organizações do Brasil, 33,6 milhões (83,5%) não tinham curso superior. Os dados revelam ainda que a remuneração de quem não fez faculdade corresponde a 30,8% do recebido por quem alcançou esse nível de formação. “Essas diferenças mostram a importância da educação em termos de ganhos salariais”, disse Denise Guichard Freire, gerente da pesquisa do IBGE.

A participação do pessoal com mais escolaridade cresce na mesma proporção do tamanho da empresa. Assalariados com curso superior correspondem a 4,7% do quadro nas microempresas, a 6,6% nas pequenas, a 8,9% nas médias e a 12,6% nas grandes. A maioria (57,7%) dos 6,6 milhões de trabalhadores graduados está contratado em grandes companhias, sendo 1,32 milhão na indústria. Por atividade, a liderança está na área de finanças e seguros, com 51,5% desses funcionários.

As vantagens de estudar mais são facilmente percebidas pelos assalariados. Logo após concluir a graduação em sistemas de informação, Diogo Ribeiro Soares, 29 anos, migrou de uma função técnica para outra que exigia curso superior. Com o diploma em mãos, o gestor da Escola de Extensão da Universidade Católica de Brasília (UCB) viu o salário dobrar. “O mercado de trabalho para pessoas de alta escolaridade cresce rapidamente e as pessoas formadas acabam ganhando bem mais”, opinou. Entusiasmado, Soares iniciou este ano uma especialização em marketing.

Pensando no futuro, a analista de Recursos Humanos Priscilla Zema e Silva, 25 anos, também ingressou numa pós-graduação. “Concluí o curso de psicologia e comecei a trabalhar como auxiliar. Fui promovida em seguida e decidi investir em educação. Notei que o mercado prioriza pessoas qualificadas”, observou.

Desigualdade

Essa foi a primeira vez que o cadastro do IBGE incluiu informações sobre gênero e nível de instrução. De acordo com o relatório, os homens ganham 24,1% a mais que as mulheres. Eles recebem, em média, 3,6 salários mínimos, enquanto a remuneração delas fica em torno de 2,9 mínimos. Além de ganhar mais, eles ocupam mais postos de trabalho. Do total de empregados pesquisados, 23,4 milhões são homens (58,1%) — eles são maioria em todas unidades da Federação. Quando a comparação diz respeito ao setor, eles também lideram em 15 das 20 atividades econômicas estudadas. A maior proporção de mulheres (45,1%) se verifica nas microempresas.

O Distrito Federal pagou o melhor salário médio do país: 6,7 mínimos ou R$ 3.129, o dobro da média nacional, de 3,3 salários mínimos (R$ 1.540). O valor foi bem maior do que o verificado na segunda colocação, dividida por Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá, com 3,9 mínimos (R$ 1.821) cada um. Além desses, Roraima ficou acima da média nacional, com 3,6 mínimos (R$ 1.681). O menor salário médio ficou na Paraíba, com 2,3 mínimos (R$ 1.074). Segundo Denise, do IBGE, a elevada renda média do DF reflete a combinação de dois fatores: o peso do setor público e da escolaridade e a melhor proporção de assalariados com curso superior — 13,2% ante a média nacional de 9,3%.

A exigência por especialização levou o mercado a valorizar profissionais com mais tempo de casa. A Petrobras, maior empresa do país, segue a tendência. “São frequentes na companhia os casos de aposentados que voltam a atuar”, disse o gerente de Gestão do Efetivo da estatal, Lairton Corrêa de Souza.
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