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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ferreira Gullar


Biografia
Ferreira Gullar
Criador da poesia socialmente engajada
LAURIBERTO BRAGAColaboração para Folha Online
O crítico de arte, memorialista, poeta, biógrafo e ensaísta José Ribamar Ferreira desde cedo adotou o pseudônimo de Ferreira Gullar. Nasceu em São Luís, capital do Maranhão, no dia 10 de setembro de 1930. Era o quarto dos 11 filhos do comerciante Newton Ferreira com Alzira Ribeiro Goulart.
Começou a escrever poesia ainda muito jovem. Publicou o primeiro livro aos 19 anos, "Um pouco acima do chão" (1949). Aos 21, foi morar no Rio de Janeiro. Como a maioria dos poetas da época, contraiu tuberculose. Mas conseguiu curar-se.
Ferreira Gullar fez parte do grupo que iniciou o concretismo. Discordou dos rumos que o movimento tomou e se desligou, fundando o neoconcretismo. A partir dos anos 1960 iniciou sua produção de poesia engajada voltada às causas sociais.
Passou a escrever, então, sobre os problemas sociais brasileiros. Em 1968, sua peça "Dr. Getúlio, sua vida e sua glória", escrita em parceria com Dias Gomes, foi montada, no Rio. Também fez teatro em parceria com Oduvaldo Viana Filho (1936-1974). A peça "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come" (1966) foi escrita por eles.
Suas idéias o levaram a prisão em 1969 e depois ao exílio, em 1971. Morou em Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires. Do exílio, colaborava com "O Pasquim" e outros jornais brasileiros, adotando o pseudônimo Frederico Marques.
Voltou para o Brasil em 1977 e acabou sendo preso. Com a ajuda de amigos, foi solto.
Ferreira Gullar também escreveu poemas em forma de cordel. Seu primeiro livro de crônicas, "A estranha vida banal", foi publicado em 1989. Em 2004, ele passou a assinar uma coluna semanal de crônicas no caderno Ilustrada, da Folha. Ano passado, ele ganhou o Prêmio Jabuti de literatura, na categoria ficção, com o livro "Resmungos", que reúne as crônicas publicadas na Folha.

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