Biografia
Oswald de Andrade
De burguês a intelectual de esquerda
Ele era o mais extrovertido e provocante dos modernistas. O escritor José Oswald de Sousa de Andrade nasceu, no dia 11 de janeiro de 1890, em São Paulo. Filho único de José Oswald Nogueira de Andrade e de Inês Henriqueta Inglês de Sousa Andrade. Encarnou o estilo irreverente e anárquico na primeira fase do modernismo.
De família rica, começou no jornalismo em 1909, como redator e crítico teatral do "Diário Popular". No ano seguinte, com a ajuda financeira da mãe, fundou o jornal "O Pirralho". Em 1912, fez uma viagem pela Europa, da qual voltou cheio de idéias novas e revolucionárias. Conheceu Mario de Andrade em 1919 e, com ele, ajudou a implantar o modernismo no Brasil.
Na década de 1920, Oswald de Andrade voltou-se contra as formas cultas e convencionais da arte. Tentou fundir os elementos da cultura popular com os da erudita. Em seu manifesto "Poesia Pau Brasil", defendeu uma poesia ingênua, no sentido de não contaminada por formas preestabelecidas de pensar e fazer arte.
Fez poema-piada e paródia. Foi influenciado pelos ideais surrealistas como de Mario de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima. Exerceu importante papel na Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 1928, ele lançou outro famoso manifesto, o "Antropófago", inspirado em Marx, Freud, Breton, Montaigne e Rousseau. Nele, Oswald atacava explicitamente a herança portuguesa e Goethe, que simbolizava a cultura clássica européia.
A amizade com Mário durou até 1930, quando Oswald rompeu com ele, separou-se da pintora Tarsila do Amaral e casou-se, no dia 1° de abril, com a escritora comunista Patrícia Galvão, "Pagu", numa cerimônia simbólica realizada no Cemitério da Consolação.
Um ano depois, encontrou-se com Luis Carlos Prestes em Montevidéu. Influenciado pelo comunista, Oswald começou, então, a escrever ensaios políticos sobre a situação e os problemas do operariado. Acabou sendo fichado, em 1935, na polícia civil sob o número 70 como "subversivo".
Rompeu com Prestes e o Partido Comunista em 1945. Candidatou-se a uma vaga na ABL (Academia Brasileira de Letras) duas vezes. Também tentou eleger-se deputado federal pelo PRT, com o slogan "Pão-Teto-Roupa-Saúde-Instrução".
No final da vida, passou por dificuldades financeiras. Morreu no dia 22 de outubro de 1954, em São Paulo.
Oswald de Andrade
De burguês a intelectual de esquerda
Ele era o mais extrovertido e provocante dos modernistas. O escritor José Oswald de Sousa de Andrade nasceu, no dia 11 de janeiro de 1890, em São Paulo. Filho único de José Oswald Nogueira de Andrade e de Inês Henriqueta Inglês de Sousa Andrade. Encarnou o estilo irreverente e anárquico na primeira fase do modernismo.
De família rica, começou no jornalismo em 1909, como redator e crítico teatral do "Diário Popular". No ano seguinte, com a ajuda financeira da mãe, fundou o jornal "O Pirralho". Em 1912, fez uma viagem pela Europa, da qual voltou cheio de idéias novas e revolucionárias. Conheceu Mario de Andrade em 1919 e, com ele, ajudou a implantar o modernismo no Brasil.
Na década de 1920, Oswald de Andrade voltou-se contra as formas cultas e convencionais da arte. Tentou fundir os elementos da cultura popular com os da erudita. Em seu manifesto "Poesia Pau Brasil", defendeu uma poesia ingênua, no sentido de não contaminada por formas preestabelecidas de pensar e fazer arte.
Fez poema-piada e paródia. Foi influenciado pelos ideais surrealistas como de Mario de Andrade, Murilo Mendes e Jorge de Lima. Exerceu importante papel na Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 1928, ele lançou outro famoso manifesto, o "Antropófago", inspirado em Marx, Freud, Breton, Montaigne e Rousseau. Nele, Oswald atacava explicitamente a herança portuguesa e Goethe, que simbolizava a cultura clássica européia.
A amizade com Mário durou até 1930, quando Oswald rompeu com ele, separou-se da pintora Tarsila do Amaral e casou-se, no dia 1° de abril, com a escritora comunista Patrícia Galvão, "Pagu", numa cerimônia simbólica realizada no Cemitério da Consolação.
Um ano depois, encontrou-se com Luis Carlos Prestes em Montevidéu. Influenciado pelo comunista, Oswald começou, então, a escrever ensaios políticos sobre a situação e os problemas do operariado. Acabou sendo fichado, em 1935, na polícia civil sob o número 70 como "subversivo".
Rompeu com Prestes e o Partido Comunista em 1945. Candidatou-se a uma vaga na ABL (Academia Brasileira de Letras) duas vezes. Também tentou eleger-se deputado federal pelo PRT, com o slogan "Pão-Teto-Roupa-Saúde-Instrução".
No final da vida, passou por dificuldades financeiras. Morreu no dia 22 de outubro de 1954, em São Paulo.
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