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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Guimarães Rosa


Biografia
Guimarães Rosa
Um regionalista de caráter universal
Colaboração para a Folha Online
João Guimarães Rosa foi médico por formação; um estudioso de idiomas por curiosidade; e diplomata por concurso. Mas ele gostava mesmo era de escrever, e entrou para a história como o maior escritor brasileiro de ficção da segunda metade do século 20. Em sua obra, deu uma nova roupagem ao regionalismo, tornando-o universal. Criativo, inventava palavras novas e usava outras antigas, que poucas pessoas conheciam.
Nasceu no dia 27 de junho de 1908, em Codisburgo (MG). Era o primogênito dos seis filhos do casal Floduardo Pinto Rosa e Francisca Guimarães Rosa. O pai era comerciante, juiz de paz, caçador de onças e contador de estórias.
Menino tímido, calado, mas muito observador, cedo manifestou sua curiosidade pela formação das palavras e seus significados. Aos sete anos, começou a estudar sozinho francês. Também aprendeu holandês com frei Canísio Zoetmulder, franciscano de origem holandesa que morou lá por Minas Gerais.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina, em Belo Horizonte, aos 16 anos. Casou-se pela primeira vez, em 1930, com Lígia Cabral Penna, com quem teve duas filhas (Vilma e Agmes), mas logo veio a se separar.
Atuou como médico voluntário da Força Pública, durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Acabou se engajando como médico no Exército. Anos mais tarde, estimulado por um amigo, prestou concurso para o ministério do exterior. Obteve segundo lugar.
Em 1938, foi nomeado cônsul adjunto em Hamburgo, na Europa, onde conheceu Aracy Moebius de Carvalho, sua segunda esposa.
Começou a carreira literária em 1946, quando publicou seu primeiro livro: "Sagarana". Uma coletânea de contos, que resgata termos arcaicos e regionais da linguagem literária brasileira, escritos enquanto trabalhava como diplomata na França. Mas, Guimarães Rosa só ficou conhecido como escritor dez anos depois, em 1956, quando publicou "Corpo de Baile" e "Grande Sertão: Veredas". Este último lhe rendeu o Prêmio Machado de Assis, da ABL (Academia Brasileira de Letras).
Guimarães Rosa candidatou-se duas vezes à ABL. Foi eleito em 1963. Mas, como que alertado por um mau pressentimento, adiou a posse por quatro anos. Morreu no dia 19 de novembro de 1967, três dias depois de tomar posse na ABL.

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