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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Você já pode saber se vai ficar careca

revista VEJA


29/06/2010

às 9:34 \ Tratamento
Você já pode saber se vai ficar careca


Dr. Arthur Tykocinski, 45 anos, cirurgião reconhecido internacionalmente por seu trabalho com transplante de cabelos, é membro diretor da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar. Ele também compõe o comitê consultivo médico da DermaGenoma, empresa norte-americana que lançou o primeiro teste específico para calvície nos Estados Unidos em 2007. Hoje esse teste é realizado em mais de 30 países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão.

Recentemente a DermaGenoma trouxe ao Brasil dois testes: um para verificar a probabilidade de homens e mulheres ficarem calvos e outro para ver como os homens responderão ao tratamento com finasterida, primeira escolha de tratamento para eles. Esses testes são aprovados nos Estados Unidos, Europa e Japão.

Em entrevista a VEJA, Dr. Arthur explica como funcionam esses testes, e quem pode se beneficiar com eles.


O gene responsável pela calvície já foi descoberto?

A herança da calvície é poligênica, ou seja, existem vários genes envolvidos. Um gene comprovadamente envolvido é o gene do receptor androgênico (AR). Ele se localiza no cromossomo X, aquele que o homem herda da mãe e que a mulher herda da mãe e do pai.

Como funciona o exame?

Ele é um teste de rastreamento e indica qual a probabilidade da calvície ocorrer, e consequentemente a atenção que devemos dispor ao problema. Ele rastreia justamente o gene AR do cromossomo X. Baseado numa variação deste gene, o teste aponta a chance de se desenvolver calvície. Um homem com teste positivo e que tenha pai calvo terá 80% de chance de ficar calvo. Já um homem com teste negativo cujo pai não é calvo tem 90% de chance de não ficar calvo.

No caso de predisposição à calvície, existe prevenção?

Sim, e quanto antes for iniciado o tratamento, melhores os resultados alcançados. Mais do que isso: sabendo do problema, as pessoas tendem a ser mais disciplinadas quanto ao tratamento. No caso dos homens temos a finasterida oral, minoxidil e 5-alfa-estradiol dentre outros. No caso das mulheres, anticoncepcionais de ação anti-andrógena, outros anti-andrógenos, ou o minoxidil. Vitaminas, minerais e aminoácidos também podem ser suplementados, assim como o tratamento de problemas associados ao couro cabeludo, como a dermatite seborreica, que também deve ser tratada.

O teste da finasterida também indica qual o melhor tratamento a se escolher?

No caso dos homens sim. O teste de resposta à finasterida mostra como o paciente provavelmente reagirá ao tratamento. A vantagem de se ter essa informação é que muitos homens ficam desmotivados a iniciar o tratamento por não gostarem de um tratamento oral ou por medo de possíveis efeitos colaterais. Sabendo que existe grande chance de responder bem à finasterida, o paciente fica mais motivado a tratar antes que a calvície se estenda.

Por outro lado, há homens que preferem apenas o tratamento oral e dispensam o tratamento tópico associado. No caso de estimarmos que a resposta à finasterida será pequena, recomendaremos associar o tratamento tópico. Assim, instituímos o melhor tratamento ao paciente antes de ele apresentar perda capilar significativa e evoluir para uma calvície irreversível ao tratamento clínico, quando lhe restaria apenas o transplante capilar.

O teste de predisposição à calvície também pode ser feito em mulheres?

Sim, e é uma importante indicação. Enquanto nos homens o diagnóstico de calvície é relativamente fácil, nas mulheres ele pode ser mais complexo, pois existem inúmeras variáveis e o quadro tende a ser mais discreto e a progredir lentamente. Como o tratamento específico para a perda capilar de padrão feminino é baseado em medicamentos orais com ação anti-andrógena, um diagnóstico preciso se impõe. Com esse teste genético os dermatologistas podem antecipar o tratamento em anos, permitindo que as pacientes mantenham melhor seus cabelos a longo prazo. Quanto ao teste para prever a resposta à finasterida, existem indícios de que também será efetivo para mulheres. Mas ainda estamos na fase de estudos científicos, e portanto ele ainda não está disponível para elas.

Que tipo de pessoa, na sua opinião, deveria se submeter ao teste?

Pessoas com antecedentes familiares de calvície e aqueles que ainda não tenham diagnóstico conclusivo. Em ambos os casos, saber antes significa iniciar o tratamento antes de haver falha capilar evidente. Como sabemos que os tratamentos disponíveis hoje para calvície conseguem retardar sua progressão e que os resultados para recuperar o que já foi perdido são limitados, instituir um tratamento adequado logo no início é a melhor conduta para preservar os cabelos. Um alívio para médicos e pacientes.

Como é feito o teste?

A coleta de material é simples, realizada pelo dermatologista no próprio consultório. Um cotonete próprio para coleta genética é friccionado suavemente na parte interna da bochecha por 30 segundos. São colhidas duas amostras de células, uma de cada lado. Elas são enviadas para análise à matriz da DermaGenoma na Califórnia, e o dermatologista recebe o resultado em até quatro semanas.

Por Lucia Mandel
Tags: calvície, finasterida, Tratamento


http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/tratamento/voce-ja-podesaber-se-vai-ficar-careca/

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