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sábado, 21 de novembro de 2009

Portabilidade de crédito pode baratear juros

Caso o consumidor encontre um banco que ofereça juros mais baixos, é possível mudar de instituição financeira para quitar a dívida adquirida anteriormente.

O que não falta, no Brasil, é trabalhador endividado e com dificuldade de pagar o que deve. Mas se este é o seu caso, ou o de alguém conhecido, é bom saber que existe um caminho para facilitar a sua vida. Quem fez a dívida com juros mais salgados pode trocar de banco se encontrar um financiamento mais em conta.

A portabilidade de crédito ainda é pouco conhecida dos brasileiros. "Não, nunca ouvi falar”, disse o comerciante Rubens Theodoro da Silva.

"Eu tenho um conhecimento meio de longe", afirmou o auxiliar de escritório Moisés Alberto de Lima.

Assim como no caso das operadoras de telefonia celular, o cliente também pode transferir seu financiamento para outro banco caso encontre uma oferta mais interessante. O projeto do Governo Federal foi lançado em setembro de 2006 para estimular a concorrência e baixar os custos bancários.

Caso o consumidor encontre outro banco que ofereça juros mais baixos, é possível mudar de instituição financeira para quitar a dívida. Na chamada portabilidade de crédito, a vantagem é que não é cobrado o IOF, Imposto sobre Operações Financeiras.

Para fazer a transação autorizada pelo Banco Central, o superintendente de banco, Evandro Baldin, explica que é preciso preencher um formulário específico na instituição onde foi feito o empréstimo.

"Esse mesmo formulário é encaminhado ao banco de destino que ele escolheu para trocar essa sua dívida em condições melhores", declarou o superintendente.
Com isso, o novo banco quita a antiga dívida do cliente e faz um novo financiamento para ele.

O economista Reinaldo Cafeo fez um cálculo para uma dívida: R$ 10 mil com juros 6% ao mês. Ele explica que se o correntista conseguir em um outro banco uma taxa menor, de 4% ao mês, por exemplo, poderia economizar em um ano cerca de R$ 1,5 mil.

“Isso demonstra claramente que há oportunidades no mercado, cabe a esse correntista sair do que eu chamo de zona de conforto, quer dizer, pesquisar um pouco mais", explicou o economista.

Depois de fazer um financiamento imobiliário, o engenheiro Mário Rubens Celso descobriu juros mais baixos do que os cobrados no banco em que fez a operação. Mas até agora não conseguiu trocar de instituição.

"O agente financeiro que você procura alega ignorância do tema, diz que não existe, que não está regulamentado e você fica refém dessa situação", contou ele.

O correntista que não conseguir fazer a portabilidade pode procurar o Procon. "Qualquer outro dano, lesão, causada por essa tentativa de portabilidade de crédito, pode se dirigir ao Procon munido dos documentos para abertura de uma reclamação com procedimento padrão", orientou a coordenadora do Procon, Fernanda Martins.


Entenda como funciona a portabilidade do crédito, de acordo com o site do Banco Central.

- O que é?
Permite que o cidadão transporte seu saldo devedor para outro banco que ofereça melhores condições contratuais que o banco original.

- Como fazer?
O cliente, após escolher a nova instituição financeira com a qual irá operar, quitará seu saldo devedor junto ao banco original com recursos transferidos eletronicamente pela nova instituição. O seu saldo devedor passará a ser devido à nova instituição escolhida, sob as condições negociadas entre ela e o cliente.

- Quanto custa?
Os custos relativos à transferência eletrônica necessária para quitar o saldo devedor não podem ser repassados ao cliente.

Segundo o Procon de São Paulo, a portabilidade de crédito tem como objetivo reduzir as taxas de crédito do mercado.



O Procon tenta sempre alertar o consumidor para a necessidade de planejar seu orçamento com critério, a fim de evitar a inadimplência. Em linhas gerais, as recomendações são as seguintes:

Antes de assinar um contrato de empréstimo, o consumidor deve fazer-se, pelo menos, três perguntas:

• Preciso realmente do empréstimo agora?
• Escolhi a modalidade que me traz a melhor relação custo-benefício?
• Tenho condições de honrar os pagamentos?

Diante dos juros elevados e da variedade de linhas de crédito, o consumidor deve tomar alguns cuidados:

• Comparar as modalidades de crédito, não se deixando influenciar pela publicidade que promete vantagens e benefícios, nem sempre condizentes com a realidade;
• Analisar os juros, o prazo, as condições e todas as despesas de contratação;
• Evitar o rotativo do cartão de crédito e a utilização do limite do cheque especial, cujas taxas são altíssimas.

Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1365407-10406,00-PORTABILIDADE+DE+CREDITO+PODE+BARATEAR+JUROS.html

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