terça-feira, 12 de janeiro de 2010 | 0:45
Você passa um tempão escolhendo os óculos, o chapéu e as sandálias que vai levar à praia. Nada mais justo que gaste um tempo também escolhendo o protetor solar mais adequado. Quando for comprar o seu, aí vão algumas dicas que podem ajudar:
Escolha FPS 30 ou mais
Se você tem a intenção de pegar uma corzinha e por isso prefere usar um FPS 8, ponto negativo. Por mais que você goste de um bronzeado, isso aumentará seu risco de desenvolver rugas, manchas e câncer de pele no futuro. O FPS 8 não é suficiente. O valor mínimo recomendado é FPS 30.
Observe se o filtro é eficaz contra raios ultravioleta A (UVA)
O FPS indica a proteção contra os raios ultravioleta B, ou UVB. Até algum tempo atrás, a proteção anti-UVA em filtros solares não era obrigatória e não vinha indicada no rótulo. Acreditava-se que apenas o UVB fosse cancerígeno - o UVA era considerado “bonzinho”. Hoje se sabe que o UVA provoca manchas, rugas e aumenta a predisposição ao câncer de pele. Por isso filtros atuais têm proteção anti-UVA, e essa informação consta no rótulo. Ela pode vir especificada de algumas maneiras, dependendo da procedência do produto.
Filtros que seguem normas americanas, regulamentadas pelo FDA, costumam usar cruzinhas para indicar o grau de proteção anti-UVA. Assim, os símbolos UVA+, UVA++, UVA+++ e UVA++++ significam, respectivamente, grau de proteção baixa, média, alta e muito alta. Prefira filtro que tenha no rótulo UVA+++ ou UVA++++. Indústrias que seguem normas européias estampam um logotipo com a sigla UVA dentro de um círculo. Ele indica que o filtro protege contra UVA e que essa proteção é de pelo menos um terço do valor do FPS, o que é considerado satisfatório.
Infelizmente, a legislação brasileira é imprecisa em relação a esse assunto, ao contrário da americana e européia. Assim, filtros feitos no Brasil costumam indicar que agem contra UVA, mas nem sempre quantificam o grau dessa proteção.
Pele normal, oleosa, mista ou ressecada
Pele normal se adapta bem a qualquer tipo de protetor solar. Se for seu caso, use o que mais agradar, seja em creme, loção, mousse, gel ou outro. Peles oleosas ou mistas precisam de produtos menos gordurosos, sem óleo na composição. Hoje, a indústria farmacêutica produz cremes sem óleo, com toque bem seco, e alguns até ajudam a reduzir a oleosidade da pele. Peles secas se adaptam melhor a filtros hidratantes e mais gordurosos. A tabela abaixo pode ser útil na hora da escolha:
Pele normal: creme, mousse, loção, loção sem óleo, gel-creme ou gel.
Pele mista, oleosa ou com espinhas: loção sem óleo, gel-creme, gel ou gel aquoso.
Pele seca: creme ou loção hidratante.
Praia e piscina pedem filtro resistente à água
A informação “resistente à água” também fica no rótulo. Mas é importante lembrar que a eficácia do produto não se mantém após o mergulho. Por isso, reaplique o filtro depois de se secar. Se você usou uma toalha, o FPS cai ainda mais, porque um pouco do filtro solar sai com a fricção.
Não economize na aplicação
Comprou um filtro caro e agora está com dó de usar? Então você errou na compra. Existe uma quantidade ideal de creme a ser aplicada para garantir que o FPS do rótulo atue na sua pele. E essa quantidade não é pouca. Por exemplo, para rosto e pescoço o ideal é aplicar uma colher de chá do filtro. Faça um teste e veja se você usa essa quantidade. Ainda para garantir o FPS do rótulo, você deve reaplicar o produto a cada 2 horas e também quando você suar ou se molhar. Uma idéia é passar um filtro mais sofisticado no rosto e pescoço e reservar um mais barato para usar à vontade no corpo, sem economia.
Maquiagem com filtro solar
Ao escolher uma base ou pó compacto, prefira o que inclui filtro na formulação. Isso ajuda na proteção contra o sol que a gente pega sem querer no dia-a-dia. Mas se você for sair em dia de sol forte, o filtro solar tradicional é indispensável. Aí você pode usar a maquiagem por cima do protetor.
Por Lucia Mandel
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