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terça-feira, 1 de junho de 2010

Entenda os efeitos da menopausa na pele da mulher

revista VEJA -

Espelho meu
Lucia Mandel
Entenda os efeitos da menopausa na pele da mulher
terça-feira, 1 de junho de 2010 | 7:21


O lado bom é que acabou a TPM. O lado não tão bom assim é que, quando chega, a menopausa vem acompanhada de uma série de inconvenientes. São ondas de calor e suor, surtos de mau humor, dificuldade para dormir. E tem mais. Com a diminuição dos estrógenos, hormônios femininos, o envelhecimento da pele se acelera. A pele muda – e muito.

Uma das mudanças é a perda de colágeno, proteína que dá sustentação e firmeza à pele. Estudos indicam que a diminuição do colágeno se relaciona mais com o tempo transcorrido desde a menopausa do que com a idade cronológica. A partir da menopausa, a pele perde de 1 a 2% de seu colágeno a cada ano. A elasticidade da pele também é prejudicada e, assim, a flacidez toma posse do corpo.

A diminuição dos estrógenos também faz a pele perder sua capacidade de se manter hidratada. O ressecamento pode ser tão intenso que a pele coça e descama, principalmente nos braços e nas pernas.

O resultado disso? Pele fina, frágil, ressecada, flácida e propensa a rugas. Também fica mais suscetível a ferimentos e hematomas após machucados leves. E os cabelos, acompanhando a pele nessa jornada, também ficam finos, frágeis e ressecados, além de mais ralos. Em mulheres com tendência genética à calvície feminina, o quadro piora após a menopausa.

Reposição hormonal: vale a pena?
É sabido que a reposição hormonal melhora a qualidade da pele. Aumenta a hidratação e contrabalança a tendência a rugas. Também os cabelos são beneficiados. Isso seria ótimo se não existisse o lado ruim: infelizmente, o tratamento tem riscos. Pode aumentar os riscos de desenvolvimento de câncer de mama, por exemplo. Também aumenta as chances de aparecimento de coágulos no sangue e, até, de um ataque cardíaco. Assim, embora a reposição hormonal melhore a qualidade de vida após a menopausa, cada mulher deve avaliar com seu ginecologista os prós e contras do tratamento. E, independentemente da decisão tomada, procure ajuda do dermatologista.

Ajude sua pele e seus cabelos
1. Use diariamente hidratante em todo o corpo. O melhor momento para a aplicação é logo após o banho, com a pele ainda quente e úmida. Se pernas, braços ou qualquer outra parte do corpo estiverem muito ressecados, reaplique o hidratante ao longo do dia.
2. Evite banhos demorados, que ressecam a pele. Evite também água quente e não use muito sabonete. Jamais use bucha no banho.

3. Use cremes faciais nutritivos, com anti-oxidantes e ácidos que estimulam a formação de colágeno. O ideal é que o creme à base de ácido seja prescrito por dermatologista, pois cremes vendidos sob prescrição costumam ser mais potentes. Mas se você escolher o seu na farmácia, procure creme à base de retinol, vitamina C, vitamina E, soja ou ácido hialurônico.

Existem tratamentos anti-flacidez mais intensos, que podem ser feitos sob orientação de um dermatologista. Duas boas opções são a luz infravermelha e a radiofreqüência, que estimulam a proliferação de fibras de colágeno. O uso de comprimidos à base de soja e de outros antioxidantes vem sendo cada vez mais valorizado, pois preservam o colágeno da pele. Para os cabelos, além de cremes e máscaras hidratantes, existem loções tópicas e medicamentos por via oral que estimulam o crescimento dos fios.

http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/beleza/entenda-os-efeitos-da-menopausa-na-pele/

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