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terça-feira, 1 de junho de 2010

Saudades de uma Infância Feliz!

Coisas que as crianças atuais nem imaginam ter existido!
Curtam e mostrem aos seus netos...
Quem não estudou taboada?
Receita simples de peteca: Pegue um pedaço de tecido bem resistente (couro, lona, brim) e faça uma trouxinha recheada com areia e serragem, para não ficar muito dura ou pesada. Antes de fechar, insira uma meia dúzia de penas de galinha e amarre forte com um barbante ou fio resistente. Pronto! Está feita a sua peteca!
Era arrancar uma folha e, despencar o caderno inteiro.
O caderno que a gente tinha, era o de brochura (capa impressa numa única folha, cujo conteúdo é grampeado pelo centro).
Tinha o caderno de lição, de desenho e de caligrafia... todos em brochura.

Quem não foi alfabetizado por cartilha, hein?
A garotada de hoje talvez nem saiba da existência dessa cartilha...
Mas muitos de nós somos o que somos hoje... graças a ela.
Bons tempos... tempo em que a professora era nossa segunda mãe.
Mas.. na vida tudo se renova... inclusive os conceitos.

São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1951. [Não foi possível localizar a editora que publicou as primeiras edições, cuja 1a. edição é de 1940. A partir da 46a. edição, de 1948, a Cartilha Sodré passou a ser publicada pela Companhia Editora Nacional. Conforme dados da editora, de 1948 até 1989, data da última edição, a 273a., foram produzidos 6.060.351 exemplares. Em 1977, ela foi remodelada por Isis Sodré Verganini. Além da alteração no formato da cartilha, foram acrescentadas mais de 30 páginas.] Diário de Lições. Delphina Spiteri Passos [Caderno do professor indicando como se deveria trabalhar em sala de aula com a Cartilha Sodré, lição da para.]

A cartilha se chamava só Cartilha Sodré, escrita por Benedicta Stahl Sodré. Minha professora usava essa cartilha em vez de Caminho Suave. ‘A pata nada’ é a primeira lição da Cartilha Sodré, não de Caminho Suave.” Ele está certo. É isso mesmo. É claro que eu sabia que Abreu Sodré é sobrenome de um ex-governador, que também foi ministro. Mas achei que a cartilha tinha esse nome. Também sabia que “a pata nada” era da Sodré, não da Caminho Suave. Nesse caso, só tava fazendo um gracejo bobo mesmo. Geraldo lembrou: era a cartilha “verdinha, com uma menina com trancinha na capa.” Exato. E era meio quadrada, mais curta e mais larga do que um livro-padrão. Acho que se alfabetizava naquele tempo, mesmo em escola pública, e sem a quase universalização da pré-escola. Para ensinar o "b", a barriga do bebê; o "f", o cabo de uma "faca"; o "g", um gato sentado. A alfabetização ainda não tinha se transformado no manual do pequenino tarado marxista, como é hoje, mesmo nas escolas de elite — embora os professores não saibam o nome do que praticam. Em uma delas, fico sabendo de fonte seguríssima, quando um garoto faz um gol num jogo de futebol, não pode fazer outro. Tem de passar a bola para o colega. Futebol como cooperação. O mundo acabou. Ainda bem que eu vivi em outros tempos minha infância!!!

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