Pesquisa
25 minutos de exercício ajudam a tratar depressão
12 de abril de 2010
Apenas 25 minutos diários de exercícios físicos são suficientes para ajudar no combate à depressão. A conclusão é de uma pesquisa médica que comprovou que atividades físicas, como a corrida, reduzem o stress e a raiva, aumentando a sensação de bem-estar.
Por isso, o professor Jasper Smits, psicólogo da Universidade Southern Methodist, de Dallas (EUA), defende que os exercícios devem ser prescritos como um complemento à medicação usada no tratamento de depressão e transtornos de ansiedade. "O exercício pode preencher uma lacuna para as pessoas que não podem receber as terapias tradicionais, seja pelo alto custo ou por falta de acesso, ou para quem não quer, por causa do estigma associado a esses tratamentos", disse ele.
Smits explica que a atividade física atua como um antidepressivo nos sistemas de neurotransmissores do cérebro, e ajuda pacientes com depressão restabelecer comportamentos positivos. "Depois de apenas 25 minutos, o humor melhora, o paciente fica menos estressado e tem mais energia. O mau humor não é mais um obstáculo ao exercício - é a razão para o exercício."
Os resultados da pesquisa foram apresentados na conferência anual do Transtorno de Ansiedade Association of America, em Baltimore (EUA).
http://veja.abril.com.br/especiais_online/esporte-seguro/index.shtml
Por Natalia Cuminale
Há alguns anos, a ciência vem comprovando o que senso comum já indicava: a prática de atividades físicas é um dos ingredientes essenciais do equilíbrio individual. Diversos estudos mostram que pessoas que fazem exercícios regularmente têm menos chances de desenvolver problemas como hipertensão, diabetes, obesidade, depressão e até alguns tipos de câncer. Os benefícios se esgotam, no entanto, quando os limites do corpo são desrespeitados. Especialistas ouvidos por VEJA.com são unânimes em afirmar que as pessoas precisam conhecer em detalhes seu estado de saúde antes de iniciar uma atividade física – e também quando a idéia é elevar o nível de treinamento. “Muitas vezes, uma pessoa que está praticando um exercício acha que aquilo é pouco: então, por conta própria, decide aumentar a carga”, esclarece o cardiologista especializado em medicine esportiva Nabil Ghorayeb, coordenador do Sport Check-Up do Hospital do Coração, chefe da Seção Médica de Cardiologia do Exercício e Esporte do Instituto Dante Pazzanese e autor do livro Ninguém Morre de Véspera.
É fácil deixar que o exercício se torne um vilão do ponto de vista ortopédico ou cardiovascular. No primeiro caso, o excesso de repetições, o uso de equipamentos inadequados ou a prática irregular são os principais culpados. “A dor é o principal alerta do nosso organismo. Ela tem a função de proteger o nosso corpo e deve ser encarada como sinal de que algo está errado”, aconselha Alfredo Villardi, ortopedista e membro do Centro de Cirurgia do Joelho do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Veja as lesões mais comuns em cada tipo de esporte.
No caso dos problemas cardiovasculares, a situação é mais séria. Uma atividade competitiva pode trazer à tona complicações e até causar a morte súbita. Dois casos recentes marcaram a memória dos brasileiros. Em 2004, o jogador do São Caetano Paulo Sérgio de Oliveira Silva, o Serginho, caiu fulminado por um ataque cardíaco no gramado do Estádio do Morumbi, em São Paulo. Cerca de dois anos depois, a população perdeu um ícone do humor, Cláudio Besserman Vianna, aclamado como Bussunda no programa Casseta & Planeta Urgente. Ao contrário de Serginho, Bussunda não tinha um corpo atlético. Pior: reunia grandes fatores de risco de infarto, como obesidade, hipertensão e histórico familiar de doenças coronarianas. O erro fatal do humorista foi não dar atenção ao desconforto que sentiu durante uma partida de futebol que disputava com amigos na Alemanha.
Precaução - A experiência do cardiologista Carlos Alberto Cyrillo Sellera, diretor-científico da regional de Santos da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), foi determinante para salvar sua vida. Esportista desde a juventude, o médico de 62 anos sempre participou de atividades competitivas e não diminuiu o ritmo com o passar dos anos: já correu oito maratonas e fez provas internacionais de triátlon. Durante um treino, porém, ele percebeu que seu desempenho estava aquém do habitual. “Era como se fosse uma fadiga, mas eu não entendia sua razão”, conta. “Fiz um teste ergométrico de rotina e deu positivo: tinha uma lesão severa na artéria coronária e tive que fazer angioplastia e colocar stents”. Depois, ele voltou a competir, mas preferiu abandonar a atividade física de alto desempenho. “Pretendo continuar praticando esportes, mas encarando o exercício como benefício cardiovascular e qualidade de vida”, diz. Veja lista de exames existentes para verificar como está sua saúde.
Situação mais grave aconteceu com a escritora Graça Lopes, de 50 anos. Assídua nos exercícios, ela abandonou a atividade física depois de um problema pessoal: descuidou da alimentação e engordou. Anos depois, tentou retomar a prática. Precavida, foi a um centro de avaliação física e, durante a prova o teste ergométrico, veio a surpresa: “Meu coração não aguentou e eu praticamente enfartei. Me levaram direto para a cirurgia, onde eu tive que fazer cateterismo e colocar aqueles stents”, conta. O colesterol estava alto e, por conta disso, houve um entupimento das artérias. “Minha sorte foi que o meu marido sempre foi uma pessoa muito preocupada com a saúde. Como ele era atleta, não deixava eu começar uma atividade física sem fazer uma avaliação: se eu não tivesse passado pelo médico, não estaria aqui para contar a história”.
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/pratica-esportiva-inverno/exercicio-fisico-inverno.shtml
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Junho de 2009
Prática esportiva no inverno
Praticar exercícios no inverno não é tarefa fácil. O corpo em repouso está mais frio do que o normal e, por conta disso, os riscos de lesão aumentam. Para evitar isso, é necessário aumentar os cuidados com o aquecimento e também com a alimentação - já que o organismo consome mais energia para se manter aquecido. Entenda a seguir o que é preciso fazer para chegar ao ponto ideal para iniciar um treino de qualquer modalidade sem correr riscos. As questões foram esclarecidas com orientação de Renato Dutra (professor de Educação Física e colunista de VEJA.com), Marcus Vinicius Giampietro (professor de educação física especializado em fisiologia do exercício) e Patrícia Rebelo (nutricionista e consultora de nutrição esportiva).
1. É saudável fazer exercícios no inverno?
Sim, é tão saudável quanto no calor. A única diferença é que o corpo gasta mais energia no frio para manter-se aquecido. Três quartos da energia do corpo humano são despendidos apenas para manter a temperatura, e só o que sobra vai para o exercício na contração muscular. Portanto, é importante uma alimentação adequada antes da pratica de esportes, porque ela fornecerá a energia necessária às atividades.
2. O que fazer para evitar lesõesPara evitar lesões na pratica de esportes em temperaturas mais baixas é preciso incrementar o aquecimento. Isso se deve ao funcionamento do nosso organismo. O fluxo sanguíneo precisa cumprir um processo gradativo para atingir seu ponto ideal de funcionamento, levando oxigênio para a musculatura ativa, assim como enzimas e outras substâncias químicas que atuam no fornecimento de energia para os nossos movimentos. Para atingir este ponto ideal no inverno, o organismo deve passar por uma preparação mais intensa: o recomendado é fazer entre 10 e 15 minutos de aquecimento antes de iniciar o alongamento.
3. O aquecimento é o mesmo para diferentes modalidades esportivas?
Sim. A despeito de ser uma corrida, tênis, ciclismo ou futebol, é importante fazer previamente uma caminhada de baixa intensidade, que deve ser intensificada até o trote - com duração total de 10 a 15 minutos. Em seguida, inicia-se o alongamento específico para cada modalidade.
4. Qual a diferença entre alongamento e aquecimento?
Aquecimento é a atividade física que possibilita o aumento da temperatura corporal interna e muscular - o que é fundamental para uma prática esportiva adequada. Já os exercícios de alongamento permitem a distensão em níveis seguros das fibras musculares. Alongar a musculatura sem que ela esteja devidamente aquecida já representa um risco maior de lesão.
5. Devo praticar esportes agasalhado?
Não. É ideal usar um agasalho apenas para ajudar no aquecimento. Já o treino deve ser feito com roupas próprias para exercícios. Eventualmente, se a temperatura for muito baixa, pode-se manter um agasalho leve, mas deve-se atentar ao risco de superaquecimento do corpo. Ao terminar o treino, deve-se imediatamente tirar a roupa molhada de suor e colocar uma roupa seca e um agasalho para manter a temperatura do corpo.
6. Qual deve ser a minha alimentação para suprir o gasto extra de energia?
É importante comer alimentos que elevam mais a temperatura do corpo, como as proteínas (carne, peixes, frios, leites e derivados). Também é possível aumentar a temperatura do corpo com líquidos quentes.
7. Quem não se alimenta direito fica mais propenso a sofrer lesões?
Sim, pois a lesão pode ocorrer por enfraquecimento da musculatura. O músculo se utiliza de proteínas como fonte de energia quando não foi ingerida a quantidade suficiente de carboidratos. E o mesmo acontece se não houver reposição adequada após o treino, quando deve-se consumir carboidratos acompanhados de proteínas - que restabelecem possíveis lesões musculares. Exemplo: pão com queijo e frios (pão contém carboidratos e queijos e frios, proteínas).
8. O que devo comer para evitar as lesões?
Carboidrato é a fonte de energia de mais rápida absorção, ficando disponível imediatamente ao organismo após a ingestão. Esse é o nutriente mais adequado para se comer antes e durante o exercício. Alimentos quentes também facilitam o aquecimento do corpo pelo método de condução do calor. Entretanto, eles contêm um esvaziamento gástrico lento, ou seja, demoram para sair do estômago fazendo com que o atleta se sinta pesado na hora do exercício.
Exemplo de refeição uma hora antes do exercício:
fatia de pão torrado com geléia de frutas vermelhas + 1 copo de suco de fruta ou água de coco
Obs.: em treinos de mais de uma hora de duração, é necessário ingerir um carboidrato durante o exercício, como gel ou barra de cereal
Vale frisar ainda que, embora a perda de líquido seja menor do que no verão, ainda assim é necessário hidratar o corpo durante e após a atividade física - ou seja, ingerir líquidos.
9. Devo fazer um desaquecimento no final da pratica de exercícios?
Sim, mas neste caso não existe diferença entre o calor e o frio. É sempre recomendado fazer um exercício com sobrecarga bem leve para diminuir a freqüência cardíaca e remover as substancia tóxicas geradas durante o treinamento.
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/25-minutos-exercicio-ajudam-tratar-depressao-548283.shtml
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