quinta-feira, 8 de abril de 2010
Classificação Decimal de Dewey
O biblitecário Melville Louis Kossuth Dewey¹(1851-1831), criou em 1876 o sistema de classificação bibliográfico mais utilizado e mais conhecido em todo mundo.
Ele não foi o primeiro a dividir os livros de uma biblioteca por assunto, mas foi o primeiro a atribuir símbolos de classificação aos próprios livros.
Também não foi o primeiro a utilizar números decimais em bibliotecas. La Croix du Maine², já havia utilizado em 1583, na organização da biblioteca de Henrique II, mas sua idéia era criaruma biblioteca de 10.000 volumes, conservados em 100 estantes, contendo 100 livros cada.
Em 1856 Nathaniel Shurtleff³ publicou "A decimal system for arrangment and administration of libraries (1856), mas ainda sugerindo uma ordenação decimal de estantes, matendo os livros em localização fixa.
Dewey estudou várias classificações e, em 1876 publicou anonimamente " A Classification and subject index for cataloguing and arranging the books pamphelet of library."
Tratava-se de um folheto com 42 páginas, apresentando o conhecimento humano dividido em cerca de 1000 classes. Continha um índice relativo, o que não constava das sistemas existentes na época.
A 2º edição (1885)trazia o título Decimal classification and relative index.Só a partir da 16ª edição que o título para a ser Dewey Decimal Classification (DDC ou CDD).
Dewey sempre reverteu seus ganhos financeiros desse trabalho, para publicação de novas edições.No fim do século, Dewey autorizou a FID, a expandir o seu sistema, trabalho que resultou na CDU.Dewey contribuiu muito para a Biblioteconomia, criando o curso, asssociações dos profissionais, publicação de catálogo coletivo de periódicos, criação de escolas, e bibliotecas ambulantes.
1- Edições:
A primeira foi publicada em 1876, com uma tiragem de 1000 exemplares.
A 2ª edição (1885), com 314 páginas, sob título: Decimal Classification and relative index.Entre 1876 e 1979 publicou-se 19 edições, sempre com desdobramentos do conhecimento.Os intervalos entre as edições variam de 2 a 12 anos.
2- Estrutura e Notação:
Dewey dividiu o conhecimento humano em 9 classes para cada unidade. Criou uma classe onde pudessem ser reunidas as obras como enciclopédias, revistas e jornais gerais, que é uma décima classe.
A notação é por números decimais, suprimindo-se o zero e a vírgula, e foi usado um mínimo de três algarismos.
A CDD só utiliza um sinal gráfico, um ponto a cada três algarismos, este sinal não tem nenhum valor na notação, assim, a sua notação é considerada como pura.
3- Tabelas Auxiliares:
Inicialmente a CDD possuía uma só, a Tabela de subdivisões de forma, que na 17ª edição, bem mais detalhada, passou a ser intitulada "Standard Subdivisions", ou seja, subdivisões standard ou subdivisões padrão.Na 17ª ed. surgiu a Tabela de Áreas e a partir da 18ª ed. o sistema traz 7 tabelas auxiliares. São elas:
Tabela 1- Subdivisões Standard
Tabela 2- Áreas
Tabela 3- Subdivisões para literaturas individuais
Tabela 4- Subdivisões para línguas individuais
Tabela 5- Grupos raciais, etnicos, nacionais
Tabela 6- Línguas
Tabela 7- Pessoas
As duas primeiras são aplicáveis a qualquer classe das tabelas principais. A 3ª serve para subdividir a classe 800,literatura; a 4ª destina-se a subdividir a classe 400, línguas; e as três últimas (5ª, 6ª e 7ª) só podem ser utilizadas quando e onde o sistema determina.
3.1- Subdivisões Standard
Tam=bém citadas pelas letras S.S., compreendem subdivisões de formas intrísecas e estrínsecas, relativas à forma de exposição do tema , como história ou livro programado,ou À dorma física do documento, como ilustrações, ou ainda À origem do texto, como anais de congressos. Estas subdivisões podem ser acrescentadas a qualquer assunto das tabelas principais.
As S.S. começam sempre por zero. As S.S. são acrescentadas aos nºs dos assuntos tirados das tabelas principais. Quando o nº representa o assunto do documento, o nº encontrado na tabela principal, termina em zero, cortam-se os zeros finais antes de anexar os nºs das S.S.
Ex.: 100 Filosofia
-03 Dicionários, enciclopédias, concordâncias
103 Dicionário de Filosofia
Outro problema é que para alguns símbolos de classificação, o sistema determina o emprego de dois, três ou quatro zeros. Esta exigência é feita de dois modos.
1- usando a nota "use 300.1- 300.9 for S.S.", sob o símbolo de classificação de determinado assunto, nas tabelas principais;
2- Apresentando relacionadas as subdivisões standard sob o símbolo de classificação de determinado assunto, nas tabelas principais:
O segundo modo ocorre quando o sistema determinar.Não havendo nota sobre o emprego das S.S. deve-se seguir a regra geral.
As S.S. também apresentam símbolos para os períodos históricos. Os síbolos -0901 a 0905 permitem subdividir por séculos ou décadas e podem ser acrescentados a qualquer assunto.
3.2- Tabelas de Áreas:
A tabela de áreas, é uma relação de subdivisões geográficas, incluíndo subdivisões sócio econômicas(regiões urbanas, regiões rurais, etc.), a agrupamentos políticos (países comunistas, neutros, etc.) e alguns locais extraterrestres(lia, planetas, sol, etc.).
Essa tabela inicia com o nº1. reservados para as subdivisões físicas, sócio-econômicas e de agrupamentos políticos.
Começando com 3, temos os países e povos do mundo antigo (Assíria, Babilônia, etc.)
O mundo moderno ocupa-se os nºs que começam com algarismos de 4 a 9. Na CDD o mundo está dividido em continentes e nestes países, sob os quais aparecem rtegiões, estados ou províncias, municípios e cidades.
Nesta tabela o país mais favorecido é os Estados Unidos que ocupa os símbolos -73 a -79.
As notações desta tabela pode ser aplicada a qualquer símbolo de classificação, desde que se anteponha À subdivisão de área a S.S. 09, na seguinte ordem: símbolo do assunto (tirado das tabelas principais), 09 (subdivisão standard), subdivisão de área. Este 09 é uma S.S. e, como tal, pode exigir mais de um zero para a ligação.
Existem assuntos para os quais o sistema previu um símbolo específico para as subdiv~isões geográficas e neste caso elas não devem ser feitas com o emprego da S.S. 09. Estes símbolos específicos para divisão geográfica são de dois tipos:
1- Símbolos terminados em 9 aos quais é suficiente acrescentar a notação de área.
2- S´mbolos terminados em 1-9, 3-9 ou 4-9, que são os algarismos iniciais dos símbolos da tabela de áreas.
Não é permitido utilizar ao mesmo tempo dois ou mais números da Tabela 2, a não ser quando a CDD traz uma permissão especial, que pode ser:
1- Em determinados símbolos de classificação está dito, em nota, que pode ser feita uam segunda subdivisão por área, mas está também estabelecido um símbolo de ligação entre as duas áreas(geralmente um 0 zero)
2- É possível subdividir uma notação de área 3-9 da Tabela 2 pelas notações de área 1 e depois subdividí-la pela notação de área 3-9
3.3- Subdivisões de Literaturas Específicas:
A tabela 3 destina-se a subdividir a classe 800, Literatura, relacionando números atribuídos a coleções de obras literárias, à história e a crítica literária, aos tipos de leitores e escritores, aos gêneros literários, etc.
O processo para classificar obras literárias ou obras sobre as literaturas, é procurar na classe 800 o símbolo correspondente e a ele acrescentar as subdivisões da Tabela 3, Subdivisões de Literaturas Específicas.
A classe 800 só apresenta, para cada literatura, as divisões em períodos de evolução, as demais subdivisões devem ser procuradas na Tabela 3 e acrescentadas ao número básico.
Em 869 há subdivisões para períodos de evolução das literaturas portuguesa e brasileira.
3.4- Subdivisões de Línguas Individuais:
A Tabela 4 destina-se a oferecer subdivisões à classe 400, Línguas, relacionando os vários aspectos de uma língua.
3.5- GRupos Raciais, Étnicos, Nacionais:
A Tabela 5, relaciona símbolos para raças (caucasianos, negos, etc.)nacionalidades (canadenses, suiços, etc.) etnia (árabes, bascos, etc.). Estes símbolos só devem ser utilizados quando o sistema determinar, sob um símbolo de classificação das tabelas principais ou das tabelas auxiliares.
3.6- Línguas:
A Tabela 6, traz um elenco de línguas acompanhadas de símbolos para serem empregados quando o sistema determinar, sob determinado de classificação das tabelas principais ou auxiliares.
3.7- Pessoas:
A Tabela 7, traz uma relação de símbolos para características pessoais, tais como raça, sexo, idade, profissões, características físicas. Só pode ser utilizada quando o sistema assim determinar o seu emprego sob determinado símbolo de classificação dsa tabelas principais ou auxiliares.
4 - Índice:
A CDD ostenta o melhor índice de sistema de classificação bibliográfica. É do tipo relativo, isto é, indicando dob cada assunto todos os pontos do sistema em que se encontram os seus vários aspectos. Inclui também entradas relativas a termos das tabelas auxiliares.
5- Atualização:
É feita por novas edições. Entre uma edição e outra as alterações são publicados no "Dewey decimal clssification, additions, notes and decisions" que sai a intervalos e é distribuído, a pedido pela Forest Press.
Os símbolos fora de uso são impressos nas tabelas entre colchetes e acompanhados da nota "Number discontinued; class in...
¹Melvil Dewey é o apelido de Melville Louis Kossuth Dewey. Nasceu em 10 de dezembro de 1851 e faleceu com 80 anos em 1931.
²François Grude (nascido em 1552, Le Mans ), senhor de la Croix du Maine, foi um escritor francês e bibliógrafo. He wrote under the Latin pseudonym Grucithanius . Ele escreveu sob o pseudônimo Grucithanius Latina.
[ edit ] Works [ editar ] Obras
La Croix du Maine, Antoine du Verdier , "Les Bibliotheques françoises", Paris, Saillant & Nyon, 1773, numbered by Google Books : La Croix du Maine, Antoine du Verdier , "Les Bibliotheques Françoise", Paris, Saillant e Nyon, 1773, numeradas pelo Google Books:
1st volume La Croix du Maine, volume 1 1 volume La Croix du Maine, volume 1
2nd volume La Croix du Maine, volume 2 2 volume La Croix du Maine, volume 2
3rd volume Du Verdier, volume 1 3 volume Du Verdier, volume 1
4th volume Du Verdier, volume 2 4 volume Du Verdier, volume 2
5th volume Du Verdier, volume 3 5 volume Du Verdier, volume 3
6th volume Errata, epitomes bibliothecae gesnerianae, etc. 6 volume Errata, epitomes gesnerianae Bibliothecae, etc
[ edit ] Source [ editar ] Fonte:
" François Grudé", in Louis-Gabriel Michaud, Biographie universelle ancienne et moderne : histoire par ordre alphabétique de la vie publique et privée de tous les hommes avec la collaboration de plus de 300 savants et littérateurs français ou étrangers , 2nd edition, 1843-1865 "François Grude", de Louis-Gabriel Michaud, Biographie universelle ancienne et moderne: histoire alphabetique par ordre de la vie privée et publique de tous les hommes avec la a colaboração de mais de 300 savants et literatos OU français étrangers, 2 ª edição, 1843 - 1865
Retrieved from " http://en.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Grud%C3%A9 " Obtido em " http://en.wikipedia.org/wiki/Fran% C3% A7ois_Grud% C3% A9 "
³Nathaniel Bradstreet Shurtleff.Trustee of the Boston Public Library, 1852-1868. Born 1810 in Boston; died 1874.
Physician, antiquary, genealogist, politician and author. A graduate of Harvard University in 1831 and of its medical school in 1834, Nathaniel Shurtleff was passionate about Massachusetts history which led to his thorough editing and publishing of several collections of early Massachusetts records, as well as tracing his family to eleven of the Mayflower Pilgrims. Following his terms as Boston’s mayor between 1868 and 1870, he published, A Topographical and Historical Description of Boston, his most important work, in 1871. Nathaniel Shurtleff created for the Library the book numbering system that denoted the exact alcove, range and shelf location of each book, and co-developed the rules and regulations for public use of the Reading Room at the original Mason Street site of the Library.
Sources:
“Nathaniel Bradstreet Shurtleff”, Dictionary of American Biography Base Set. American Council of Learned Societies, 1928-1936. Reproduced in Biography Resource Center. [Online database] Farmington Hills, MI: The Gale Group, 2003. at http://www.galenet.com/servlet/BioRC via BPL Electronic Resources web page.
“Nathaniel Bradstreet Shurtleff”, Virtual Americans Biographies [online database] at http://famousamericans.net/nathanielbradstreetshurtleff/
Wadlin, Horace G. The Public Library of the City of Boston: A History. Boston: Trustees of the Boston Public Library, 1911.
Whitehill, Walter Muir. Boston Public Library: A Centennial History. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1956
Illustration:
"Mayor Nathaniel B. Shurtleff", salt print, 1850's, from Massachusetts Political Archive, Print Dept.
http://www.bpl.org/general/trustees/shurtleff.htm
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