Análise Temática:
Identificação de conceitos:
O conteúdo temático de um documento compõe-se de vários conceitos e idéias. Como por exemplo, um livro sobre Antropologia Social, contém informações sobre conceitos como estrutura social, casamento, rituais, etc., embora nem sempre estejam explicitados nos títulos do todo ou das partes do documento.
O bibliotecário ou indexador ao elaborar a análise temática de um documento, seleciona conceitos que serão usados na descrição temática do documento com a finalidade de identificar e recuperar este documento, mediante um pedido de informação do usuário.Nesta fase de identificação de conceitos, o indexador usa termos do seu vocabulário pessoal ou utilizados pelo autor para referir-se a estes conceitos.Só uma etapa posterior é que estes termos serão traduzidos em linguagem particular usada para indexação. Linguagem aqui pode ser um sistema de classificação, uma lista de cabeçalhos de assunto, ou um tesauro.
Quando um conceito é identificado na análise temática, este fará parte da descrição daquele documento, apresentada sob forma de uma declaração de assunto. Desta forma, se uma solicitação for feita sobre aquele conceito, o documento será recuperado.
Se o documento contém pouca informação sobre um determinado conceito e é, o conceito não é o principal assunto da obra, ou é tratado superficialmente, sua recuperação não vale a pena. Portanto, este conceito não deve ser incorporado à declaração de assunto do documento. Este tipo de decisão vai depender da política de indexação utilizada pela biblioteca.
Quão maior for o nº de documentos selecionados para indexação, mais exaustiva será está indexação. Chama-se indexação em profundidade, quando um alto grau de exaustividade é usado na indexação de documentos. Na indexação em profundidade tem-se o objetivo de extrair todos os conceitos principais da obra para fins de indexação. Estabelecer os conceitos mais importantes de uma obra dependerá do indexador e da política de indexação adotada. A Indexação em profundidade permite o conhecimento de conceitos antigos, não só no tema principal do documento, mas também nos temas periféricos de importância variada.
Em contraste À indexação em profundidade, o processo de sumariar é uma política de indexação, onde somente o tema dominante é reconhecido para o propósito de indexação. No processo de sumariar um documento é usada uma breve descrição para exprimir seu conteúdo. Seguindo-se política, num livro sobre Antropologia Social. Conceitos individuais como parentesco, casamento, religião, etc., e aqueles considerados subtemas não são expressos explicitamente na declaração de assunto.
Digamos que em um documento para ser indexador com o título “História da Inglaterra no Século 19". Este documento terá muitos conceitos individuais tais como política externa britânica, reforma do parlamento, etc. Se a declaração de assunto for: HISTÓRIA /GRÃ-BRETANHA/SÉCULO 19, estaremos usando o processo de sumariar. Se os outros conceitos tivessem sido citados na declaração do assunto, teríamos um exemplo de indexação em profundidade.
Devemos considerar o grau de especificidade empregado ao reconhecer um conceito. Para melhor compreensão entenderemos primeiro os tipos de relação existentes entre os conceitos, principalmente a relação entre as coisas . Ex.: CASA representa uma espécie do gênero HABITAÇÃO, e BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA e BIBLIOTECA PÚBLICA representam espécies do gênero BIBLIOTECA.
A relação ente espécie e seu gênero é uma relação de subordinação. Diz-se que uma espécie esta em nível genérico mais baixo que seu gênero. Especificidade na indexação refere-se, pois ao nível genérico do conceito. Então, se usamos na indexação, o nome da espécie, estamos empregando um nível maior de especificidade, quer dizer, sendo mais específicos do que se usássemos o nome do gênero.
Em se tratando de leitura de textos científicos, recuperei os textos abaixo:(norteadores de significados e, com a finalidade de complementar os conteúdos de biblioteconomia)by misabellC
Análise Temática
É o momento em que vamos nos perguntar se realmente compreendemos a mensagem do autor no texto. Aqui devemos recuperar:
o tema do texto
o problema que o autor se coloca
a idéia central e as secundárias do texto
Normalmente isto é feito junto com o esquema do texto. Nele, você irá indicar cada um dos itens acima, reconstruindo o raciocínio do autor do texto; recuperando seu processo lógico.
Análise Textual
É o que você vai fazer assim que puser as mãos no texto. E aqui é preciso um cuidado especial. Hoje é muito comum os professores “abrirem pastas” na fotocopiadora, onde vão colocando textos que os alunos chamam de “apostilas”. Se você não quiser ser apenas um “aluno”, mas sim um “estudante”, você deve parar imediatamente de chamar os textos de “apostila”.
O que você diria se alguém sempre chamasse o artilheiro do seu time de futebol de “reserva”? Isto te incomodaria, não é? Afinal, aquele jogador é um “atacante”, e não um reserva. São nomes diferentes para tipos de jogadores diferentes. Assim também acontece com os textos. Há textos de diferentes tipos: artigos, livros, capítulos de livro, resenhas, monografias, dissertações, etc.
Se você quiser entender o que vai ler, primeiro deve conhecer bem o texto e chamá-lo pelo seu nome. É assim que a gente ganha familiaridade com alguém , não é? Pois é assim que você vai começar a se familiarizar com o seu texto. É preciso saber se ele é um artigo de uma revista, um capítulo de um livro, ou o que mais.
Mas como fazer isso, se o texto for apenas uma fotocópia na pasta do professor? Este é realmente um problema. Por isso, na medida do possível, dispense a pasta do professor e vá atrás do texto na biblioteca. Lá, com uma boa pesquisa bibliográfica você logo chega ao livro onde está o capítulo a ser lido, ou a revista onde está o artigo. Ter acesso ao livro todo é ótimo para você saber mais sobre o texto que vai ler. Quem é o autor? Leia na orelha do livro. Onde está este capítulo (no começo, no meio ou no fim do livro)? O que veio antes dele? O que vem depois. Esta é uma “leitura” de reconhecimento que você vai fazer e que vai te ajudar muito a entender melhor o que vai ler no texto.
Mas se você não puder ir à biblioteca ou não encontrar o livro e tiver que ficar com a cópia na pasta do professor? Então cobre do seu professor que ele escreva na fotocópia a referência bibliográfica completa do texto em questão. Nela você descobre se o texto é artigo ou livro, qual o nome do livro ou revista de onde ele saiu, em que ano foi publicado e quem é o autor. Com isso, seu trabalho de leitura fica muito mais fácil.
Uma vez com o texto na mão, veja qual o seu tamanho e quantos tópicos ele tem. Isso é importante para você dimensionar o tempo que vai levar lendo o texto. Não adianta começar a ler um texto de 50 páginas se você só terá dez minutos.
Agora sim você está pronto para começar sua leitura. Esta leitura deve ser feita com concentração, em lugar tranqüilo. Durante a leitura, você deve:
marcar o texto: faça anotações nas margens. Invente símbolos para marcar o que você julga ser importante, que parágrafos deverão ser relidos depois, o que você não entendeu, onde você acha que estão as idéias principais. Isso pode ser feito sublinhando linhas ou parágrafos, fazendo marcas nas margens ou anotando suas observações nos cantos do papel. Se você estiver lendo um livro da biblioteca, NUNCA faça as marcas no livro, mas sim em uma folha em branco, anotando o número da página e o parágrafo a que a nota se refere.
levantar vocabulário: anote as palavras que você não entendeu e busque seu significado no dicionário
Ao terminar esta leitura você deve buscar informações complementares sobre os fatos citados no texto, sobre as doutrinas e linhas de pensamento apresentados e mesmo sobre o próprio autor. Por fim, faça um esquema do texto.
Assim, podemos esquematizar esta primeira etapa da leitura assim: A análise textual é a leitura que busca:
dar uma visão de conjunto do texto
nos permitir buscar esclarecimentos sobre o autor, fatos, doutrinas e autores citados no texto, bem como vocabulário
fazer um esquema do texto
Disponível em: http://www.ucb.br/prg/comsocial/cceh/normas_leitura_textual.htm
sexta-feira, 28 de maio de 2010
LIBROS EN CD PARA CIEGOS
ONG que tiene - grabados en CDs - cerca de 900 libros de textos, novelas, cuentos, obras de teatro, programas radiales etc., y en varios idiomas, todas ellas leídas por narradores profesionales, cuando no por sus propios autores, tal es el caso de Borges, Neruda, Benedetti, entre otros.
Los mismos no se venden, ni se alquilan, ¡¡los prestan!! Para acceder a ello, deben asociarse mediante el pago de $30 mensuales.
Los libros que elijen se los envían por correo y también se devuelven del mismo modo..
La ONG fue creada por un contador que tiene una enfermedad autoinmune y que a esta altura del partido tiene solamente un 10% de visión y está dirigida a personas con alguna discapacidad visual, motriz o neurológica, como así también para personas de la tercera edad. Cuando hablé telefónicamente con ellos, les pregunté como podía ayudarlos ya que su obra me parece fantástica y me dijeron que necesitan difusión.
Este es el motivo por el cual les estoy enviando a ustedes, con la esperanza de que en algún momento que puedan, lean la información que ellos me mandaron y que figura más abajo o entren en la página de Internet, vean lo que hacen y lo difundan entre sus conocidos. Casi todos deben tener cerca a alguien que ya no puede leer, y esta posibilidad les abre un panorama maravilloso.
Los datos de la ONG :
CICALE - Biblioteca Especial de Libros Parlantes en Audio Digital
Echeverria 298 - (1603) Villa Martelli - Pdo. Vte. López
4760-1201 de 10 a 17 hs.
E.Mail: cicale@ciudad. com.ar
Sitio Web: www.cicale.org. ar
Los mismos no se venden, ni se alquilan, ¡¡los prestan!! Para acceder a ello, deben asociarse mediante el pago de $30 mensuales.
Los libros que elijen se los envían por correo y también se devuelven del mismo modo..
La ONG fue creada por un contador que tiene una enfermedad autoinmune y que a esta altura del partido tiene solamente un 10% de visión y está dirigida a personas con alguna discapacidad visual, motriz o neurológica, como así también para personas de la tercera edad. Cuando hablé telefónicamente con ellos, les pregunté como podía ayudarlos ya que su obra me parece fantástica y me dijeron que necesitan difusión.
Este es el motivo por el cual les estoy enviando a ustedes, con la esperanza de que en algún momento que puedan, lean la información que ellos me mandaron y que figura más abajo o entren en la página de Internet, vean lo que hacen y lo difundan entre sus conocidos. Casi todos deben tener cerca a alguien que ya no puede leer, y esta posibilidad les abre un panorama maravilloso.
Los datos de la ONG :
CICALE - Biblioteca Especial de Libros Parlantes en Audio Digital
Echeverria 298 - (1603) Villa Martelli - Pdo. Vte. López
4760-1201 de 10 a 17 hs.
E.Mail: cicale@ciudad. com.ar
Sitio Web: www.cicale.org. ar
Viena é cidade com melhor qualidade de vida no mundo, aponta pesquisa
Viena é cidade com melhor qualidade de vida no mundo, aponta pesquisa
Das 221 cidades pesquisadas, Bagdá foi apontada como a com piores condições
26 de maio de 2010 | 12h 12
Reuters
Estadão
SINGAPURA - Viena manteve-se como a cidade com melhor qualidade de vida do mundo, numa pesquisa anual dominada por cidades europeias. A pesquisa da consultoria em gestão Mercer disse que as cidades da Europa Ocidental continuam muito boas, apesar da crise econômica. Zurique aparece em segundo lugar, seguida por Genebra. Das 25 melhores cidades do mundo para se viver, 16 ficam no Velho Continente. As alemãs Dusseldorf, Munique e Frankfurt estão entre as "top 10".
Reuters
Mesmo com a crise econômica, Viena manteve ótimos padrões em habitação, educação e serviços públicos
"O padrão geral de vida na Europa Ocidental continua bem acima da média mundial", disse a Mercer em nota. "A despeito dos atuais desafios econômicos, a maioria das mudanças ocorridas na Europa Ocidental foi positivas e cobria vários fatores, inclusive escolas, habitação, recreação e serviços públicos."
O Canadá e a Nova Zelândia também se saíram bem entre as 221 cidades incluídas na pesquisa. Vancouver e Auckland ficaram empatadas em quarto lugar. Das cinco melhores cidades para se viver na América do Norte, todas são canadenses. A pesquisa diz que a crise causou um declínio na qualidade de vida nas cidades dos EUA - a mais bem colocada, Honolulu, aparece apenas em 31o lugar.
Na América Latina e Caribe, a mais bem colocada foi Pointe-à-Pitre, na ilha francesa de Guadalupe, que no entanto não ficou entre as 50 melhores.
A melhor cidade do Oriente Médio é Dubai (75o lugar). Na África, é Port Louis, nas ilhas Maurício (82o).
No Oriente, Cingapura continua sendo a melhor (28a posição), seguida pelas japonesas Tóquio (40a), Kobe, Yokohama (empatadas em 41a), Osaka (51a) e Nagóia (57a)
Slagin Parakatil, pesquisador-sênior da Mercer, disse em nota que a qualidade de vida como um todo se manteve estável em 2009 e no primeiro semestre de 2010, mas que em certas regiões o ambiente de negócios se deteriorou por causa da recessão.
Das 221 cidades pesquisadas, Bagdá tem a pior qualidade de vida.
Em relação à lista do ano passado, seis novas cidades foram incluídas. E desta vez foi criado também um ranking ambiental - Calgary (Canadá) lidera, seguida por Honolulu, em segundo, e Ottawa e Helsinque (empatadas em terceiro).
Tópicos: Ranking, Qualidade de vida, Cidades, Mundo, Viena, Vida &, Geral
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,viena-e-cidade-com-melhor-qualidade-de-vida-no-mundo--aponta-pesquisa,557017,0.htm
É possível melhorar o cérebro?
Exclusivo VEJA.com
É possível melhorar o cérebro?
25 de maio de 2010
Por Natalia Cuminale
O inglês Ben Pridmore, vencedor do campeonato mundial de memorização, é capaz de decorar a sequência de um baralho completo em menos de 30 segundos. Algumas pessoas, no entanto, são incapazes de lembrar os números registrados na agenda de telefone, o horário de um compromisso ou as várias senhas cadastradas na conta do banco, cartão de crédito ou e-mail. Ao contrário do que se possa imaginar, a habilidade de Pridmore não o faz um gênio. Assim como as pessoas que esquecem os itens necessários enquanto fazem compras no mercado não estão com problemas graves de memória.
Segundo pesquisas científicas, a memória pode ser treinada. "Exercitar a memória é essencial em um momento que temos uma tecnologia que a substitui. Estudos comprovam que quanto mais você usa sua memória, melhor ela fica - o que é crucial para a saúde mental", afirma a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, diretora do Laboratório de Neuroanatomia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora do livro Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor.
Para a neurocientista, exercícios para a memória são capazes de ensinar truques, rotinas e associações que podem ajudar na memorização. "Muitas vezes, uma pessoa acredita que tem problema de memória, mas na verdade é falta de atenção ou algo que é possível treinar. Os jogos são apenas uma motivação para as pessoas se interessarem", diz a especialista. Suzana é consultora do portal Cérebro Melhor, empresa ligada à rede multinacional Scientific Brain Training (SBT), que visa o treinamento cerebral por meio de exercícios que pretendem aprimorar a memória, atenção, linguagem, raciocínio lógico e visão espacial.
Estratégia - "O programa ajuda as pessoas a descobrir suas reservas cerebrais e aprender a usá-las de forma eficiente. O objetivo é desenvolver o cérebro para as atividades cotidianas, transferindo as estratégias aprendidas através dos jogos para a vida real", explica Franck Tarpin-Bernard, executivo da SBT e professor de Ciência da Computação do Instituto Nacional de Ciências Aplicadas de Lyon. Disponível também em inglês, francês, alemão e japonês, o site existe há dez anos e recebe 180.000 usuários por ano.
Popular nos Estados Unidos e Europa, a eficácia do "treinamento cerebral" foi questionada recentemente por um estudo publicado na revista científica Nature. Os pesquisadores convidaram mais de 8.600 pessoas, entre 18 e 60 anos, para jogar games desenvolvidos para melhorar a memória, raciocínio e outras habilidades. O tempo destinado ao jogo era de dez minutos por dia, três vezes por semana. Outro grupo de 2.700 pessoas passou o mesmo período navegando na internet e respondendo questões de conhecimentos gerais.
Segundo as conclusões, não houve uma diferença significativa de melhora no primeiro grupo, em relação ao segundo. "Quanto maior o tempo e a frequência que uma pessoa passa treinando, melhor o resultado. Infelizmente, essa pesquisa passou uma mensagem nociva, já que todo o resto da neurociência mostra conclusões contrárias", diz Suzana.
Mente ativa - Em geral, o desempenho da memória pode ser afetado por stress, pouco tempo de sono e falta de exercício mental. Além disso, com o envelhecimento, o cérebro inicia um processo de declínio natural das funções cognitivas. "Em pessoas com mais de 50 anos, a perda de memória tem razões variadas: desde efeitos colaterais de medicamentos até o Alzheimer", explica Ivan Okamoto, neurologista do núcleo de envelhecimento cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Não existe receita mágica ou mecanismo especial para obter a memória perfeita. As recomendações médicas nesse sentido seguem o conselho já conhecido por grande parte dos pacientes: estilo de vida saudável. "Atividade física, alimentação balanceada e rotina livre de stress estão entre as orientações para uma mente sadia", diz Okamoto. "É preciso esclarecer que o jogo não é responsável por deixar uma pessoa mais inteligente. Mas mal não vai fazer. Em alguns casos, é até possível aprender um método de memorizar nomes que pode ser aplicado no cotidiano, como saber as compras do mercardo, por exemplo", finaliza Okamoto.
http://veja.abril.com.br//noticia/saude/possivel-melhorar-cerebro-563445.shtml
É possível melhorar o cérebro?
25 de maio de 2010
Por Natalia Cuminale
O inglês Ben Pridmore, vencedor do campeonato mundial de memorização, é capaz de decorar a sequência de um baralho completo em menos de 30 segundos. Algumas pessoas, no entanto, são incapazes de lembrar os números registrados na agenda de telefone, o horário de um compromisso ou as várias senhas cadastradas na conta do banco, cartão de crédito ou e-mail. Ao contrário do que se possa imaginar, a habilidade de Pridmore não o faz um gênio. Assim como as pessoas que esquecem os itens necessários enquanto fazem compras no mercado não estão com problemas graves de memória.
Segundo pesquisas científicas, a memória pode ser treinada. "Exercitar a memória é essencial em um momento que temos uma tecnologia que a substitui. Estudos comprovam que quanto mais você usa sua memória, melhor ela fica - o que é crucial para a saúde mental", afirma a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, diretora do Laboratório de Neuroanatomia Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora do livro Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor.
Para a neurocientista, exercícios para a memória são capazes de ensinar truques, rotinas e associações que podem ajudar na memorização. "Muitas vezes, uma pessoa acredita que tem problema de memória, mas na verdade é falta de atenção ou algo que é possível treinar. Os jogos são apenas uma motivação para as pessoas se interessarem", diz a especialista. Suzana é consultora do portal Cérebro Melhor, empresa ligada à rede multinacional Scientific Brain Training (SBT), que visa o treinamento cerebral por meio de exercícios que pretendem aprimorar a memória, atenção, linguagem, raciocínio lógico e visão espacial.
Estratégia - "O programa ajuda as pessoas a descobrir suas reservas cerebrais e aprender a usá-las de forma eficiente. O objetivo é desenvolver o cérebro para as atividades cotidianas, transferindo as estratégias aprendidas através dos jogos para a vida real", explica Franck Tarpin-Bernard, executivo da SBT e professor de Ciência da Computação do Instituto Nacional de Ciências Aplicadas de Lyon. Disponível também em inglês, francês, alemão e japonês, o site existe há dez anos e recebe 180.000 usuários por ano.
Popular nos Estados Unidos e Europa, a eficácia do "treinamento cerebral" foi questionada recentemente por um estudo publicado na revista científica Nature. Os pesquisadores convidaram mais de 8.600 pessoas, entre 18 e 60 anos, para jogar games desenvolvidos para melhorar a memória, raciocínio e outras habilidades. O tempo destinado ao jogo era de dez minutos por dia, três vezes por semana. Outro grupo de 2.700 pessoas passou o mesmo período navegando na internet e respondendo questões de conhecimentos gerais.
Segundo as conclusões, não houve uma diferença significativa de melhora no primeiro grupo, em relação ao segundo. "Quanto maior o tempo e a frequência que uma pessoa passa treinando, melhor o resultado. Infelizmente, essa pesquisa passou uma mensagem nociva, já que todo o resto da neurociência mostra conclusões contrárias", diz Suzana.
Mente ativa - Em geral, o desempenho da memória pode ser afetado por stress, pouco tempo de sono e falta de exercício mental. Além disso, com o envelhecimento, o cérebro inicia um processo de declínio natural das funções cognitivas. "Em pessoas com mais de 50 anos, a perda de memória tem razões variadas: desde efeitos colaterais de medicamentos até o Alzheimer", explica Ivan Okamoto, neurologista do núcleo de envelhecimento cerebral da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Não existe receita mágica ou mecanismo especial para obter a memória perfeita. As recomendações médicas nesse sentido seguem o conselho já conhecido por grande parte dos pacientes: estilo de vida saudável. "Atividade física, alimentação balanceada e rotina livre de stress estão entre as orientações para uma mente sadia", diz Okamoto. "É preciso esclarecer que o jogo não é responsável por deixar uma pessoa mais inteligente. Mas mal não vai fazer. Em alguns casos, é até possível aprender um método de memorizar nomes que pode ser aplicado no cotidiano, como saber as compras do mercardo, por exemplo", finaliza Okamoto.
http://veja.abril.com.br//noticia/saude/possivel-melhorar-cerebro-563445.shtml
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Emilio Pericoli - Al Di La
Emilio Pericoli - Al Di La
Non credevo possibile,
Si potessero dire queste parole:
Al di la;
Del bene piu prezioso,
Ci sei tu
Al di la;
Del sogno piu ambizoso,
Ci sei tu
Al di là delle cose più belle.
Al di là delle stelle, ci sei tu.
Al di là, ci sei tu per me, per me, soltanto per me
Al di la;
Del mare piu profondo,
Ci sei tu
Al di la;
Del limiti del mondo,
Ci sei tu.
Al di la;
Della volta infinita,
Al di la della vita.
Ci sei tu,
Al di la,
Ci sei tu per me.
lá lá lá lá
Al di lá
La la la la la ...
La la la ...
La la la la la
la la la la
la la la la
Não acreditava possível
se pudessem dizer, estas palavras:
Além do bem mais precioso,
estás tu.
Além do sonho mais ambicioso,
estás tu.
Além das coisas mais belas,
além das estrelas,
estás tu,
além, estás tu,
para mim, para mim,
somente para mim.
Além do mar mais profundo,
estás tu.
Além dos limites do mundo,
estás tu.
Além do horizonte,
além da vida,
estás tu, além,
estás tu para mim.
La la la la la
la la la la
la la la la
estás tu!
estás tu!
E o beijo que dei
era o amor
que guardei pelo resto da vida.
Pois eu sabia, tudo de ti
era completamente meu.
La la la la
la la la la
la la la la
Além!
Cansada da monótona New England, a bibliotecaria Prudence Bell (Suzanne Pleshette, em seu primeiro grande papel no cinema) parte para Roma, em busca de aventura e romance. envolve-se com um arquiteto de sua idade (Troy Donahue) e um galanteador mais velho (Rossano Brazzi).
Os dois jovens se apaixonam e iniciam uma viagem pelas mais belas paisagens do norte da Itália... até que Prudence descobre existir uma outra mulher na vida de seu novo amor. Desiludida, ela volta para casa e descobre que o destino sempre reserva uma última surpresa para um coração apaixonado. Uma história romântica que consegue retratar as alegrias e tristezas de se viver um grande amor.
Os pontos fortes de Candelabro Italiano, dirigido por Delmer Daves, são as belezas naturais e arquitetônicas da região e a música. Além do sucesso "Al Di La", há um belíssimo tema principal de Steiner, que integrou-se ao repertório das cerimônias de casamento. A trilha também inclui temas do compositor escritos para outros filmes, como a tarantella de O Gavião e a Flecha (1950).
ELENCO
Troy Donahue ....
Angie Dickinson ....
Rossano Brazzi ....
Suzanne Pleshette ....
Constance Ford ....
Al Hirt ....
Hampton Fancher ....
Iphigenie Castiglioni ....
Chad Everett ....
Gertrude Flynn .... Don Porter
Lydia
Roberto Orlandi
Prudence Bell
Daisy
Himself
Albert Stillwell
Contessa
Young man
Mrs. Riggs
FICHA TÉCNICA
Gênero: Clássicos
Temática: ROMANCE / ITÁLIA / ROMA
Dados Técnicos
Título: CANDELABRO ITALIANO
Título Original: ROME ADVENTURE
Duração: 109 minutos
Diretor:
DELMER DAVES
Roteirista:
DELMER DAVES / IRVING FINEMAN (LIVRO)
http://www.nostalgiabr.com/classicos/canditaliano/canditaliano.htm
Tanti Auguri a Te CREER
Tanti Auguri a Te CREER
Tanti auguri a Te (Happy birthday to you)
Zecchino D'oro
Tanti Auguri!
Tanti auguri a te,
tanti auguri a te,
tanti auguri a tutti,
tanti auguri per te.
Tanti auguri a papà,
tanti auguri a mammà,
tanti auguri a tutti,
sogni lieti così.
Tanti auguri,
tanti auguri,
tanti auguri,
tanti auguri.
Tanti auguri a te,
tanti auguri a te,
tanti auguri a tutti,
tanti auguri per te.
Tanti auguri a papà,
tanti auguri a mammà,
tanti auguri a tutti,
sogni lieti così.
Tanti auguri a te,
tanti auguri a te,
tanti auguri a tutti,
tanti auguri per te.
Auguri....
Mais C'etait Hier
Charles Aznavour
Mais C'etait Hier
Artist: Charles Aznavour
Title: Mais C'etait Hier
to Mais C'etait Hier :
Hier nous étions deux,
Le temps était clair,
Le monde était beau,
Nous étions heureux,
Y'avait des printmemps,
Même en plein hiver,
Au fond de tes yeux,
Au creux de ton lit,
Le ciel était bleu.
Hier c'était l'espoir,
Y'avait du vin blanc qui coulait à flot,
Sur tous les comptoirs,
Y'avait des amis aussi fous,
Que nous,
Qui venaient nous voir,
Pour partager tout,
Le pain blanc ou noir.
Mais c'était hier,
Je me rappelle,
C'était hier,
Tu était belle,
Et moi j'étais jeune,
Peut-être un peu sot,
Je me croyais beau,
Le temps s'est couvert,
Je plisse les yeux quand luit le soleil,
Et j'ai froid l'hiver,
Je bois un peu moins,
Je parle un peu plus,
Sans en avoir l'air,
Et lorsque je dors,
Je rêve de toi,
En rêvant de toi,
Je rêve d'hier.
[ Mais C'etait Hier Lyrics on http://www.lyricsmania.com/ ]
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Conteúdos Biblioteconomia
Construindo tesauros a partir de tesauros existentes: a experiência do TCI - Tesauro em Ciência da Informação . DataGramaZero v. 7, n. 4, ago. 2006 ()
MOREIRA, Manoel Palhares; MOURA, Maria Aparecida
A necessidade de um tesauro atualizado em Ciência da Informação para experimentos relativos à atualização semi-automática de tesauros levou a construção de um Tesauro em Ciência da Informação (TCI) a partir de tesauros existentes na área. Foram eleitos os tesauros do IBICT, em português, do ASIS, em inglês, do DOCUTES e o do CINDOC, ambos em espanhol. Os três últimos foram traduzidos para o português resguardando as facetas originárias. O tesauro ASIS tornou-se base para o novo tesauro. Foram realizadas adequações no novo instrumento no sentido que o mesmo pudesse responder às questões de representação informacional no âmbito da Ciência da Informação no Brasil. O texto apresenta as etapas de sistematização e implementação do Tesauro e a o detalhamento da metodologia para criação de tesauros em outras áreas em circunstâncias semelhantes.
Palavras-chave: thesaurus. indexing language. information organization. thesaurus construction. thesaurus of information science. tesauro. linguagem de indexação. organização da informação. construção de tesauros. tesauro em ciência da informação
Linguagens de indexação em contextos cinematográficos: a experiência de elaboração do tesauro eletrônico do cinema brasileiro . Perspectivas em Ciência da Informação v. 10, n. 1, jan./jun. 2005 (ARTIG)
MOURA, Maria Aparecida; NAZÁRIO, Luiz; RODRIGUES, Daniela Cristina da Silva; VIEIRA, Elisabete Quatrini; SILVA, Iris da; PAOLIELLO, Lúcia Mara Barbosa de Oliveira
Relata a experiência de elaboração do Tesauro Eletrônico do Cinema Brasileiro, estruturado para auxiliar a organização e a recuperação de informações produzidas em contextos cinematográficos. Sua realização partiu da constatação da ausência de instrumentos especializados no tratamento temático dos acervos cinematográficos brasileiros e das crescentes demandas por linguagem especializada realizadas por centros de memória e referência audiovisual consolidados no país. Objetivou desenvolver um instrumento de indexação capaz de representar tematicamente os acervos cinematográficos específicos bem como o conhecimento produzido sobre o cinema brasileiro. Foram estabelecidas ações para mapear tematicamente a área com o objetivo de identificar os conceitos principais vinculados ao domínio e sua rede de relações e realizados estudos fundamentados na literatura da área, seguido de cotejamento conceitual baseado no acervo fílmico e nas publicações mantidas pela Ophicina Digital do Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema da Escola de Belas Artes - UFMG. Propõe a estrutura facetada do instrumento com base na literatura e no conhecimento do especialista em cinema brasileiro integrante da equipe. Tais medidas visaram assegurar que os princípios fundamentais de garantia literária e de uso norteassem a elaboração do tesauro. Foram realizados pré-testes de indexação para assegurar a especificidade do instrumento e avaliar sua performance em contextos específicos. O tesauro resultante é composto por 1040 termos organizados em 34 facetas específicas.
Palavras-chave: tesauro eletrônico. linguagem de indexação - elaboração. cinema brasileiro
A bibliometria na exploração de bases de dados: a importância da Lingüística . Transinformação v. 15, n. 1, jan./abr. 2003 (ARTIG)
MUGNAINI, Rogério
A utilização das bases de dados para levantamento do estado da arte, procedimento necessário a qualquer pesquisador, exige dos mesmos a definição de estratégias para a recuperação eficaz da informação. A Bibliometria pode ser uma ferramenta útil neste processo, permitindo a filtragem de grandes quantidades de informação. Por se tratar de uma análise estatística de dados, a qualidade destes dados é de vital importância e o procedimento de indexação para representação da informação se torna essencial. Pretende-se aclarar a importância da Estatística, Lingüística e Indexação para a Ciência da Informação, focalizando alguns aspectos de suas relações e destacando a necessidade da utilização conjunta dessas disciplinas.
Palavras-chave: bibliometria. estatística. indexação. linguagem documentária
A concepção e o uso das linguagens de indexação face às contribuições da semiótica e da semiologia . Informação & Sociedade: Estudos v. 12, n. 1, 2002 (ARTIG)
MOURA, Maria Aparecida; SILVA, Ana Paula; AMORIM, Valéria Ramos
Diante do crescente processo de produção de informação os sistemas de informação enfrentam o desafio de criar instrumentos de organização e recuperação da informação adequados as diferenciadas necessidades informacionais de seus usuários. Neste trabalho procurou-se identificar, caracterizar e precisar teoricamente os pressupostos utilizados na construção das linguagens de indexação, juntamente com as teorias de estudo da linguagem abordadas pela semiótica e semiologia. Posteriormente, foi analisado o processo de utilização das linguagens de indexação, pelos indexadores. Finalmente, procurou-se caracterizar as potencialidades dos estudos da semiótica e da semiologia para a construção e utilização de linguagens de indexação.
Palavras-chave: linguagem de indexação. semiótica. semiologia
A leitura do indexador: estudo de observação . Perspectivas em Ciência da Informação v. 4, n. 1, jan./jun. 1999 (ARTIG)
FUJITA, Mariângela Spotti Lopes
O processo de análise inicia-se pela leitura do texto e dela depende a qualidade da análise, síntese e representação. A leitura documentária está sujeita a condições específicas: limite de tempo, propósito definido, geração de produtos, conjunto limitado de tipos de textos e áreas de assunto. Realizou-se investigação sobre procedimentos de leitura documentária, em condições específicas, mediante estudo de caso com o serviço de indexação da Sub-Rede Nacional de Informação na área de Ciências da Saúde Oral . Para observação dos procedimentos de leitura dos indexadores foi adotado o Protocolo verbal. Resultados indicam que os indexadores utilizam estratégias metacognitivas de leitura, realizam associação com a linguagem documentária do sistema durante a leitura e conhecem a estrutura textual dos documentos de odontologia
Palavras-chave: análise. representação. indexação. linguagem documentária
Exaustividade, Especificidade e Coerência da Indexação da Base de Dados Bibliográficos do NID/FURG (SAB-II) . BIBLOS - Revista do Departamento de Biblioteconomia e História v. 9, 1997 (ARTIG)
NUNES, Claudio Omar Iahnke; FREITAS, M. R. M.
Os problemas relativos à exaustividade, especificidade e coerência da indexação tornam-se cruciais para o gerenciamento e recuperação de informações nas bases de dados bibliográficos. A Base de Dados do Núcleo de Informação e Documentação da Fundação Universidade do Rio Grande (NIF/FURG), que abrange parcialmente os acervos das bibliotecas desta Universidade e da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), adota o Sistema de Administração de Bibliotecas - II (SAB-II), sendo que não existem estudos sobre a consistência dos processos de indexação adotados. Este primeiro estudo foi realizado sobre uma amostra de 422 registros, correspondentes a igual número de documentos integrantes do acervo, distribuídos por todas as áreas do conhecimento. Cada registro da amostra foi objeto de comparação com o próprio documento e com os instrumentos de indexação utilizados pelo NID, especialmente Tesauro SPINES, verificando-se o comportamento das variáveis exaustividade e especificidade. A variável coerência foi verificada através do trabalho experimental de indexação realizado por um grupo de controle, integrado por seis indexadores, em 21 itens integrantes da amostra. A análise e discussão dos resultados indicou que o nível de exaustividade é baixo, situando-se em 3,9 cabeçalhos de assunto, 1,54 descritores e 0,58 termos livres por registro, respectivamente. O princípio da especificidade freqüentemente não é observado, verificando-se, inclusive, a adoção concomitante de termos genéricos e termos específicos para um mesmo item. A coerência inter-indexadores aproxima-se dos valores encontrados na literatura, situando-se num índice médio global de 0,23 para os pares de coerência encontrados. Esses resultados evidenciam a necessidade de se adotar instrumentos de indexação especializados e procedimentos de rotina automatizados para o controle do vocabulário.
Palavras-chave: linguagem documentária. controle de vocabulário. recuperação da informação. base de dados bibliográficos. indexação
Bases de dados: a metáfora científica . Ciência da Informação v. 25, n. 3, set./dez. 1996 (PONTO)
SAYÃO, Luís Fernando
Traça um paralelo entre as formas de incorporação de conhecimento nas bases de dados internacionais e o conceito de memória coletiva dentro do âmbito da produção científica mundial. Analisa as bases de dados, seus esquemas de representação e recuperação, sua seletividade e as barreiras impostas pelas linguagens de indexação à ciência produzida no Terceiro Mundo. Conclui que as bases de dados são os repositórios dos conhecimentos consensuais gerados pela ciência moderna, constituindo, dessa forma, a memória da ciência oficialmente aceita.
Palavras-chave: databases. Collective memory. Knowledgerepresentation. indexing languages. information industry. bases de dados. memória coletiva. Memóriacientifica. Representação de conhecimento. linguagem de indexação. Indústria dainformação.
Instrumentos e metodologias de representação da informação . Informação & Informação v. 1, n. 2, jul./dez. 1996 (ARTIG)
NOVELLINO, Maria Salet Ferreira
Contextualiza e conceitua o processo de representação da informação. Analisa a evolução histórica dos instrumentos que foram e vêm sendo utilizados para a representação da informação. Apresenta uma descrição das várias concepções que subjazem às metodologias para a representação da informação.
Palavras-chave: análise de assunto. indexação de assunto. linguagem documentária. representação da informação. tesauros. transferência de informação
Construção de linguagens de indexação . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 21, n. 1, jan./jun. 1992 (ARTIG)
RIVIER, Alexis
Esta contribuição é resultado de uma pesquisa sobre fundamentos teóricos das linguagens de indexação em estudos existentes e na literatura especializada. Foram reunidas mais de cem referências, transcritas no fim do artigo. Depois de apresentar seu método de investigação, o autor examina, sintetizando, os trabalhos escolhidos, a evolução, em quarenta anos, dos princípios teóricos que regem a concepção das classificações, das linguagens de indexação em cadeia e dos tesauros, bem como as implicações das teorias linguísticas e matemáticas nas linguagens de indexação.
Palavras-chave: linguagem de indexação
Sistemas de informação em linguagem natural: em busca de uma indexação automática . Ciência da Informação v. 21, n. 3, set./dez. 1992 (ARTIG)
BRITO, Marcílio de
Este artigo aborda o tratamento automático de linguagens naturais, particularmente a descrição do conteúdo informacional de textos, para melhorar sua indexação e preencher os requisitos dos sitemas de informação documentária, a partir de elementos fornecidos pela estruturação dos sintagmas nominais (SN). Uma nova ferramenta para análise morfossintática foi criada e desenvolvida com a linguagem de programação Starlet, baseada na teoria de Gramáticas Afixos, grmaticas em dois níveis, resultante do trabalho anterior de C.H.A. Koster. Usando-se grmáticas em dois níveis, aumentou-se a capacidade descritiva desta nova linguagem e produziu-se um simples e elegante modelo que possibilitou uma representação mais detalhada dos procedimentos de análise. Um corpo maior constituído de textos da Agence France Presse (AFP News Brieves) foi usado para testar o analisador morfossintático. Os resultados demonstraram claramente a capacidade das gramáticas em dois níveis para alcançar a formalização de fenômenos linguísticos. As vantagens importantes deste método repousam na capacidade de se ter controle mais específico sobre a aplicação das regras de análise. Uma descrição mais sintática conduz a programas mais bem adaptados ao meio computadorizado e às necessidades linguísticas.
Palavras-chave: information retrieval. automatic indexing. Automatictreatment of natural languages. Affix Grammars. recuperação da informação. indexação automática. tratamento automático da linguagem natural. gramáticas afixos
Recuperação temática da informação . Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação v. 23, n. 1/4, 1990 (ARTIG)
GUIMARÃES, José Augusto Chaves
A Documentação enquanto atividade de seleção, tratamento e disseminação da informação, em uma ´corrente de elos indissociáveis´ (fluxo da informação). A etapa de tratamento da informação envolvendo dois procedimentos interdependentes: análise documental, abordada sob aspecto metodológico, com especial enfoque às formas de linguagens documentárias, e a recuperação da informação, abordada em seu conceito e nos problemas intervenientes no processo, tais como ´ruídos´ e ´silêncios´. Análise dos fatores especificidade e expressividade como características das linguagens documentárias, mostrando sua direta influência no processo de recuperação temática da informação, através de exemplos da área de Direito do Trabalho.
Palavras-chave: análise documental. indexação. linguagem documentária. recuperação da informação. representação temática da informação
Interface entre linguística e indexação: revisão de literatura . Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação v. 21, n. 1/2, jan./jun. 1988 (ARTIG)
NAVARRO, Sandrelei
Na tradução do conteúdo de um documento para linguagem documentária, intervêm vários elementos linguísticos. No entanto, para melhor compreendê-los é necessário esclarecer algumas questões. Primeiramente procurar saber o que os autores entendem por Linguística e Indexação e de que forma esta ciência vem sendo utilizada pelos documentalistas. A seguir, é importante diferenciar a linguagem natural da linguagem documentária, para finalmente identificar os principais elementos que caracterizam a interface entre a Linguística e a Indexação.
Palavras-chave: indexação. linguística. linguagem natural. linguagem documentária. semântica. sintaxe. pesquisas interdisciplinares em documentação
Elementos de Linguística para estudos de indexação . Ciência da Informação v. 12, n. 1, 1983 (ARTIG)
CINTRA, Anna Maria Marques
Na conversão da linguagem natural para a linguagem documentária, intervém vários fenômenos linguísticos. Para um estudo conceitual desses fenômenos, procedeu-se uma seleção de tópicos: processo de leitura e problemas relativos a semântica e a sintaxe.
Palavras-chave: natural language. documentary language. indexing. Lexical semantics. Syntax. linguagem natural. linguagem documentária. indexação. semantica lexical. sintaxe
Cabeçalho de assunto como linguagem de indexação . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 7, n. 2, set. 1978 (ARTIG)
CESARINO, Maria Augusta da Nóbrega; PINTO, Maria Cristina Mello Ferreira
O papel das linguagens de indexação como instrumento controlador de vocabulário nos sistemas de recuperação de informação. Características dos cabeçalhos de assunto como linguagem de indexação: pré-coordenação, vocabulário controlado, não hierarquia, linguagem enumerativa, função prescritiva, aplicação a SRI, unidimensionais, agrupamento alfabético dos termos, comparação entre o cabeçalho de assunto e outras linguagens de indexação quanto à expressividade, ambiguidade, compacidade e ao custo. Comentários sobre as listas de cabeçalhos de assunto mais conhecidas.
Palavras-chave: linguagem de indexação. recuperação da informação. cabeçalho de assunto
Funções das linguagens de indexação e recuperação da informação nos sistemas nacionais e internacionais de Informação Científica e Técnica . Ciência da Informação v. 7, n. 1, 1978 (ARTIG)
KOFNOVEC, L.
Discute-se a possibilidade de estabelecer interrelações entre linguagens de recuperação em sistemas nacionais e internacionais de informação científica e técnica (ICT). Mútua convertibilidade é possível e somente útil quando há uma interseção dos assuntos processados por diferentes linguagens de recuperação. Diversos tipos básicos de linguagem de recuperação, as quais estão em uso ou podem ser usadas em sistemas nacionais e internacionais de informação, são discutidas junto com as funções que eles deveriam desempenhar.
Palavras-chave: Languages of indexing. thesaurus. Classificationuniversal decimal. linguagem de indexação. tesauros. classificação decimal universal. recuperação
Teoria do conceito . Ciência da Informação v. 7, n. 2, 1978 (ARTIG)
DAHLBERG, Ingetraut
Com a ajuda das linguagens naturais é possível formular enunciados a respeito de conceitos individuais e conceitos gerais. Todo enunciado sobre objetos contém um elemento do respectivo conceito, que se identifica como característica do conceito. Características idênticas evidenciam relações entre conceitos. A intensão de um conceito é a soma total de características e a extensão do conceito é a soma total de conceitos mais específicos. A categorização formal dos conceitos - objetos, fenômenos, processos, propriedades, relações - tem importância na formação de sistemas e na combinação dos mesmos. São da maior importância as definições corretas dos conceitos, pois que o contínuo desenvolvimento do conhecimento e da linguagem, conduz-nos à utilização de sempre novos termos e conceitos cujo domínio nem sempre é facil manter. (HMPB)
Palavras-chave: concept. natural language. indexing language. intension. extension. definition. linguagem natural. conceito. linguagem de indexação. linguagem natural. intensão. linguagem de indexação. extensão. definição. intensão. extensão. definição
O processo classificatório como fundamento das linguagens de indexação . Revista de Biblioteconomia de Brasília v. 6, n. 1, jan./jun. 1978 (ARTIG)
CAMPOS, Astério Tavares
A falência dos sistemas tradicionais de classificação bibliográfica fez com que a Biblioteconomia moderna não apenas os alijasse das técnicas de recuperação da informação, mas procurasse substituí-los por processos meramente alfabéticos. Nisto houve um erro de perspectiva. Não basta, porém, a mera volta aos tesauros ou às classificações. É urgente o reconhecimento de que ambos (classificações e tesauros) constituem linguagens de indexação e que a indexação é fundamentalmente um processo classificatório. É mister, portanto, a partir das intuições de Ranganathan, e procurando fundamentá-las com maior rigor científico, encontrar uma teoria satisfatória do processo classificatório, tendo como pontos básicos as recentes conquistas da Lingüística e da Lógica.
Palavras-chave: processo classificatório. linguagem de indexação. classificação bibliográfica
Bibliografia Sul-Riograndense de Ciências Biomédicas: elaboração de uma linguagem padronizada . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 5, n. 1, mar. 1976 (ARTIG)
ROSA, Malvina Vianna
Descreve linguagem padronizada, tipo thesaurus escolhida como meio de indexação. Apresenta problemas enfrentados por planejadores de thesaurus. Salienta a estrutura classificatória básica, bem como a ordem de citação preferida. Expõe as etapas seguidas na construção do presente sistema de indexação.
Palavras-chave: ciências biomédicas. linguagem padronizada. tesauros. sistemas de indexação
Linguagens de indexação: uma experiência de análise e avaliação . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 5, n. 1, mar. 1976 (ARTIG)
CARVALHO, Maria Martha de; BOTELHO, Tânia Mara Guedes; PARANHOS, Wanda Maria Maia da Rocha
Descrição de uma experiência que compara e avalia cinco diferentes linguagens de indexação, adotando-se as medidas de sensibilidade e especificidade para se avaliar a eficácia de cada uma.
Palavras-chave: linguagem de indexação. avaliação. eficácia
Uma linguagem de busca para sistemas de recuperação de informação . Ciência da Informação v. 3, n. 1, 1974 (ARTIG)
TEIXEIRA, Iberê L. R.
Os atuais sistemas de recuperação de informação ressentem-se, em geral, de um método simples de consulta, que seja direta e facilmente utilizado pelo usuário. O método de recuperação aqui apresentado baseia-se numa linguagem de busca, através da qual o usuário codifica sua pesquisa, manipulando palavras-chave e/ou descritores que indexam o material a ser recuperado. Desta forma, simplifica-se o enunciado dos termos de interesse, bem como permite-se ao usuário associá-los entre si por meio de operações lógicas, do tipo OU, E e MAS NÃO. Embora orientado primordialmente para a recuperação de referências bibliográficas, o sistema criado pode ser aplicado a qualquer conjunto de dados que admita a indexação por palavra-chave ou descritor. Além disso, permite que a indexação seja feita sobre várias e diferentes características dos dados a recuperar; por exemplo, para as referências bibliográficas é possível a recuperação por nome do autor e por palavras do título, além de descritores.
Palavras-chave: Query language. information retrieval systems. indexation. sistemas de recuperação da informação. linguagem de busca. indexação
Disponível em: http://www.brapci.ufpr.br/index.php?dd60=1&dd61=linguagem%20de%20indexa%E7%E3o&acao=busca
TEXTOS RELACIONADOS À ESTRUTURA DE LINGUAGENS DE INDEXAÇÃO:
ACRESCIDOS AOS TEXTOS ANTERIORES PUBLICADOS AQUI.
MOREIRA, Manoel Palhares; MOURA, Maria Aparecida
A necessidade de um tesauro atualizado em Ciência da Informação para experimentos relativos à atualização semi-automática de tesauros levou a construção de um Tesauro em Ciência da Informação (TCI) a partir de tesauros existentes na área. Foram eleitos os tesauros do IBICT, em português, do ASIS, em inglês, do DOCUTES e o do CINDOC, ambos em espanhol. Os três últimos foram traduzidos para o português resguardando as facetas originárias. O tesauro ASIS tornou-se base para o novo tesauro. Foram realizadas adequações no novo instrumento no sentido que o mesmo pudesse responder às questões de representação informacional no âmbito da Ciência da Informação no Brasil. O texto apresenta as etapas de sistematização e implementação do Tesauro e a o detalhamento da metodologia para criação de tesauros em outras áreas em circunstâncias semelhantes.
Palavras-chave: thesaurus. indexing language. information organization. thesaurus construction. thesaurus of information science. tesauro. linguagem de indexação. organização da informação. construção de tesauros. tesauro em ciência da informação
Linguagens de indexação em contextos cinematográficos: a experiência de elaboração do tesauro eletrônico do cinema brasileiro . Perspectivas em Ciência da Informação v. 10, n. 1, jan./jun. 2005 (ARTIG)
MOURA, Maria Aparecida; NAZÁRIO, Luiz; RODRIGUES, Daniela Cristina da Silva; VIEIRA, Elisabete Quatrini; SILVA, Iris da; PAOLIELLO, Lúcia Mara Barbosa de Oliveira
Relata a experiência de elaboração do Tesauro Eletrônico do Cinema Brasileiro, estruturado para auxiliar a organização e a recuperação de informações produzidas em contextos cinematográficos. Sua realização partiu da constatação da ausência de instrumentos especializados no tratamento temático dos acervos cinematográficos brasileiros e das crescentes demandas por linguagem especializada realizadas por centros de memória e referência audiovisual consolidados no país. Objetivou desenvolver um instrumento de indexação capaz de representar tematicamente os acervos cinematográficos específicos bem como o conhecimento produzido sobre o cinema brasileiro. Foram estabelecidas ações para mapear tematicamente a área com o objetivo de identificar os conceitos principais vinculados ao domínio e sua rede de relações e realizados estudos fundamentados na literatura da área, seguido de cotejamento conceitual baseado no acervo fílmico e nas publicações mantidas pela Ophicina Digital do Departamento de Fotografia, Teatro e Cinema da Escola de Belas Artes - UFMG. Propõe a estrutura facetada do instrumento com base na literatura e no conhecimento do especialista em cinema brasileiro integrante da equipe. Tais medidas visaram assegurar que os princípios fundamentais de garantia literária e de uso norteassem a elaboração do tesauro. Foram realizados pré-testes de indexação para assegurar a especificidade do instrumento e avaliar sua performance em contextos específicos. O tesauro resultante é composto por 1040 termos organizados em 34 facetas específicas.
Palavras-chave: tesauro eletrônico. linguagem de indexação - elaboração. cinema brasileiro
A bibliometria na exploração de bases de dados: a importância da Lingüística . Transinformação v. 15, n. 1, jan./abr. 2003 (ARTIG)
MUGNAINI, Rogério
A utilização das bases de dados para levantamento do estado da arte, procedimento necessário a qualquer pesquisador, exige dos mesmos a definição de estratégias para a recuperação eficaz da informação. A Bibliometria pode ser uma ferramenta útil neste processo, permitindo a filtragem de grandes quantidades de informação. Por se tratar de uma análise estatística de dados, a qualidade destes dados é de vital importância e o procedimento de indexação para representação da informação se torna essencial. Pretende-se aclarar a importância da Estatística, Lingüística e Indexação para a Ciência da Informação, focalizando alguns aspectos de suas relações e destacando a necessidade da utilização conjunta dessas disciplinas.
Palavras-chave: bibliometria. estatística. indexação. linguagem documentária
A concepção e o uso das linguagens de indexação face às contribuições da semiótica e da semiologia . Informação & Sociedade: Estudos v. 12, n. 1, 2002 (ARTIG)
MOURA, Maria Aparecida; SILVA, Ana Paula; AMORIM, Valéria Ramos
Diante do crescente processo de produção de informação os sistemas de informação enfrentam o desafio de criar instrumentos de organização e recuperação da informação adequados as diferenciadas necessidades informacionais de seus usuários. Neste trabalho procurou-se identificar, caracterizar e precisar teoricamente os pressupostos utilizados na construção das linguagens de indexação, juntamente com as teorias de estudo da linguagem abordadas pela semiótica e semiologia. Posteriormente, foi analisado o processo de utilização das linguagens de indexação, pelos indexadores. Finalmente, procurou-se caracterizar as potencialidades dos estudos da semiótica e da semiologia para a construção e utilização de linguagens de indexação.
Palavras-chave: linguagem de indexação. semiótica. semiologia
A leitura do indexador: estudo de observação . Perspectivas em Ciência da Informação v. 4, n. 1, jan./jun. 1999 (ARTIG)
FUJITA, Mariângela Spotti Lopes
O processo de análise inicia-se pela leitura do texto e dela depende a qualidade da análise, síntese e representação. A leitura documentária está sujeita a condições específicas: limite de tempo, propósito definido, geração de produtos, conjunto limitado de tipos de textos e áreas de assunto. Realizou-se investigação sobre procedimentos de leitura documentária, em condições específicas, mediante estudo de caso com o serviço de indexação da Sub-Rede Nacional de Informação na área de Ciências da Saúde Oral . Para observação dos procedimentos de leitura dos indexadores foi adotado o Protocolo verbal. Resultados indicam que os indexadores utilizam estratégias metacognitivas de leitura, realizam associação com a linguagem documentária do sistema durante a leitura e conhecem a estrutura textual dos documentos de odontologia
Palavras-chave: análise. representação. indexação. linguagem documentária
Exaustividade, Especificidade e Coerência da Indexação da Base de Dados Bibliográficos do NID/FURG (SAB-II) . BIBLOS - Revista do Departamento de Biblioteconomia e História v. 9, 1997 (ARTIG)
NUNES, Claudio Omar Iahnke; FREITAS, M. R. M.
Os problemas relativos à exaustividade, especificidade e coerência da indexação tornam-se cruciais para o gerenciamento e recuperação de informações nas bases de dados bibliográficos. A Base de Dados do Núcleo de Informação e Documentação da Fundação Universidade do Rio Grande (NIF/FURG), que abrange parcialmente os acervos das bibliotecas desta Universidade e da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), adota o Sistema de Administração de Bibliotecas - II (SAB-II), sendo que não existem estudos sobre a consistência dos processos de indexação adotados. Este primeiro estudo foi realizado sobre uma amostra de 422 registros, correspondentes a igual número de documentos integrantes do acervo, distribuídos por todas as áreas do conhecimento. Cada registro da amostra foi objeto de comparação com o próprio documento e com os instrumentos de indexação utilizados pelo NID, especialmente Tesauro SPINES, verificando-se o comportamento das variáveis exaustividade e especificidade. A variável coerência foi verificada através do trabalho experimental de indexação realizado por um grupo de controle, integrado por seis indexadores, em 21 itens integrantes da amostra. A análise e discussão dos resultados indicou que o nível de exaustividade é baixo, situando-se em 3,9 cabeçalhos de assunto, 1,54 descritores e 0,58 termos livres por registro, respectivamente. O princípio da especificidade freqüentemente não é observado, verificando-se, inclusive, a adoção concomitante de termos genéricos e termos específicos para um mesmo item. A coerência inter-indexadores aproxima-se dos valores encontrados na literatura, situando-se num índice médio global de 0,23 para os pares de coerência encontrados. Esses resultados evidenciam a necessidade de se adotar instrumentos de indexação especializados e procedimentos de rotina automatizados para o controle do vocabulário.
Palavras-chave: linguagem documentária. controle de vocabulário. recuperação da informação. base de dados bibliográficos. indexação
Bases de dados: a metáfora científica . Ciência da Informação v. 25, n. 3, set./dez. 1996 (PONTO)
SAYÃO, Luís Fernando
Traça um paralelo entre as formas de incorporação de conhecimento nas bases de dados internacionais e o conceito de memória coletiva dentro do âmbito da produção científica mundial. Analisa as bases de dados, seus esquemas de representação e recuperação, sua seletividade e as barreiras impostas pelas linguagens de indexação à ciência produzida no Terceiro Mundo. Conclui que as bases de dados são os repositórios dos conhecimentos consensuais gerados pela ciência moderna, constituindo, dessa forma, a memória da ciência oficialmente aceita.
Palavras-chave: databases. Collective memory. Knowledgerepresentation. indexing languages. information industry. bases de dados. memória coletiva. Memóriacientifica. Representação de conhecimento. linguagem de indexação. Indústria dainformação.
Instrumentos e metodologias de representação da informação . Informação & Informação v. 1, n. 2, jul./dez. 1996 (ARTIG)
NOVELLINO, Maria Salet Ferreira
Contextualiza e conceitua o processo de representação da informação. Analisa a evolução histórica dos instrumentos que foram e vêm sendo utilizados para a representação da informação. Apresenta uma descrição das várias concepções que subjazem às metodologias para a representação da informação.
Palavras-chave: análise de assunto. indexação de assunto. linguagem documentária. representação da informação. tesauros. transferência de informação
Construção de linguagens de indexação . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 21, n. 1, jan./jun. 1992 (ARTIG)
RIVIER, Alexis
Esta contribuição é resultado de uma pesquisa sobre fundamentos teóricos das linguagens de indexação em estudos existentes e na literatura especializada. Foram reunidas mais de cem referências, transcritas no fim do artigo. Depois de apresentar seu método de investigação, o autor examina, sintetizando, os trabalhos escolhidos, a evolução, em quarenta anos, dos princípios teóricos que regem a concepção das classificações, das linguagens de indexação em cadeia e dos tesauros, bem como as implicações das teorias linguísticas e matemáticas nas linguagens de indexação.
Palavras-chave: linguagem de indexação
Sistemas de informação em linguagem natural: em busca de uma indexação automática . Ciência da Informação v. 21, n. 3, set./dez. 1992 (ARTIG)
BRITO, Marcílio de
Este artigo aborda o tratamento automático de linguagens naturais, particularmente a descrição do conteúdo informacional de textos, para melhorar sua indexação e preencher os requisitos dos sitemas de informação documentária, a partir de elementos fornecidos pela estruturação dos sintagmas nominais (SN). Uma nova ferramenta para análise morfossintática foi criada e desenvolvida com a linguagem de programação Starlet, baseada na teoria de Gramáticas Afixos, grmaticas em dois níveis, resultante do trabalho anterior de C.H.A. Koster. Usando-se grmáticas em dois níveis, aumentou-se a capacidade descritiva desta nova linguagem e produziu-se um simples e elegante modelo que possibilitou uma representação mais detalhada dos procedimentos de análise. Um corpo maior constituído de textos da Agence France Presse (AFP News Brieves) foi usado para testar o analisador morfossintático. Os resultados demonstraram claramente a capacidade das gramáticas em dois níveis para alcançar a formalização de fenômenos linguísticos. As vantagens importantes deste método repousam na capacidade de se ter controle mais específico sobre a aplicação das regras de análise. Uma descrição mais sintática conduz a programas mais bem adaptados ao meio computadorizado e às necessidades linguísticas.
Palavras-chave: information retrieval. automatic indexing. Automatictreatment of natural languages. Affix Grammars. recuperação da informação. indexação automática. tratamento automático da linguagem natural. gramáticas afixos
Recuperação temática da informação . Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação v. 23, n. 1/4, 1990 (ARTIG)
GUIMARÃES, José Augusto Chaves
A Documentação enquanto atividade de seleção, tratamento e disseminação da informação, em uma ´corrente de elos indissociáveis´ (fluxo da informação). A etapa de tratamento da informação envolvendo dois procedimentos interdependentes: análise documental, abordada sob aspecto metodológico, com especial enfoque às formas de linguagens documentárias, e a recuperação da informação, abordada em seu conceito e nos problemas intervenientes no processo, tais como ´ruídos´ e ´silêncios´. Análise dos fatores especificidade e expressividade como características das linguagens documentárias, mostrando sua direta influência no processo de recuperação temática da informação, através de exemplos da área de Direito do Trabalho.
Palavras-chave: análise documental. indexação. linguagem documentária. recuperação da informação. representação temática da informação
Interface entre linguística e indexação: revisão de literatura . Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação v. 21, n. 1/2, jan./jun. 1988 (ARTIG)
NAVARRO, Sandrelei
Na tradução do conteúdo de um documento para linguagem documentária, intervêm vários elementos linguísticos. No entanto, para melhor compreendê-los é necessário esclarecer algumas questões. Primeiramente procurar saber o que os autores entendem por Linguística e Indexação e de que forma esta ciência vem sendo utilizada pelos documentalistas. A seguir, é importante diferenciar a linguagem natural da linguagem documentária, para finalmente identificar os principais elementos que caracterizam a interface entre a Linguística e a Indexação.
Palavras-chave: indexação. linguística. linguagem natural. linguagem documentária. semântica. sintaxe. pesquisas interdisciplinares em documentação
Elementos de Linguística para estudos de indexação . Ciência da Informação v. 12, n. 1, 1983 (ARTIG)
CINTRA, Anna Maria Marques
Na conversão da linguagem natural para a linguagem documentária, intervém vários fenômenos linguísticos. Para um estudo conceitual desses fenômenos, procedeu-se uma seleção de tópicos: processo de leitura e problemas relativos a semântica e a sintaxe.
Palavras-chave: natural language. documentary language. indexing. Lexical semantics. Syntax. linguagem natural. linguagem documentária. indexação. semantica lexical. sintaxe
Cabeçalho de assunto como linguagem de indexação . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 7, n. 2, set. 1978 (ARTIG)
CESARINO, Maria Augusta da Nóbrega; PINTO, Maria Cristina Mello Ferreira
O papel das linguagens de indexação como instrumento controlador de vocabulário nos sistemas de recuperação de informação. Características dos cabeçalhos de assunto como linguagem de indexação: pré-coordenação, vocabulário controlado, não hierarquia, linguagem enumerativa, função prescritiva, aplicação a SRI, unidimensionais, agrupamento alfabético dos termos, comparação entre o cabeçalho de assunto e outras linguagens de indexação quanto à expressividade, ambiguidade, compacidade e ao custo. Comentários sobre as listas de cabeçalhos de assunto mais conhecidas.
Palavras-chave: linguagem de indexação. recuperação da informação. cabeçalho de assunto
Funções das linguagens de indexação e recuperação da informação nos sistemas nacionais e internacionais de Informação Científica e Técnica . Ciência da Informação v. 7, n. 1, 1978 (ARTIG)
KOFNOVEC, L.
Discute-se a possibilidade de estabelecer interrelações entre linguagens de recuperação em sistemas nacionais e internacionais de informação científica e técnica (ICT). Mútua convertibilidade é possível e somente útil quando há uma interseção dos assuntos processados por diferentes linguagens de recuperação. Diversos tipos básicos de linguagem de recuperação, as quais estão em uso ou podem ser usadas em sistemas nacionais e internacionais de informação, são discutidas junto com as funções que eles deveriam desempenhar.
Palavras-chave: Languages of indexing. thesaurus. Classificationuniversal decimal. linguagem de indexação. tesauros. classificação decimal universal. recuperação
Teoria do conceito . Ciência da Informação v. 7, n. 2, 1978 (ARTIG)
DAHLBERG, Ingetraut
Com a ajuda das linguagens naturais é possível formular enunciados a respeito de conceitos individuais e conceitos gerais. Todo enunciado sobre objetos contém um elemento do respectivo conceito, que se identifica como característica do conceito. Características idênticas evidenciam relações entre conceitos. A intensão de um conceito é a soma total de características e a extensão do conceito é a soma total de conceitos mais específicos. A categorização formal dos conceitos - objetos, fenômenos, processos, propriedades, relações - tem importância na formação de sistemas e na combinação dos mesmos. São da maior importância as definições corretas dos conceitos, pois que o contínuo desenvolvimento do conhecimento e da linguagem, conduz-nos à utilização de sempre novos termos e conceitos cujo domínio nem sempre é facil manter. (HMPB)
Palavras-chave: concept. natural language. indexing language. intension. extension. definition. linguagem natural. conceito. linguagem de indexação. linguagem natural. intensão. linguagem de indexação. extensão. definição. intensão. extensão. definição
O processo classificatório como fundamento das linguagens de indexação . Revista de Biblioteconomia de Brasília v. 6, n. 1, jan./jun. 1978 (ARTIG)
CAMPOS, Astério Tavares
A falência dos sistemas tradicionais de classificação bibliográfica fez com que a Biblioteconomia moderna não apenas os alijasse das técnicas de recuperação da informação, mas procurasse substituí-los por processos meramente alfabéticos. Nisto houve um erro de perspectiva. Não basta, porém, a mera volta aos tesauros ou às classificações. É urgente o reconhecimento de que ambos (classificações e tesauros) constituem linguagens de indexação e que a indexação é fundamentalmente um processo classificatório. É mister, portanto, a partir das intuições de Ranganathan, e procurando fundamentá-las com maior rigor científico, encontrar uma teoria satisfatória do processo classificatório, tendo como pontos básicos as recentes conquistas da Lingüística e da Lógica.
Palavras-chave: processo classificatório. linguagem de indexação. classificação bibliográfica
Bibliografia Sul-Riograndense de Ciências Biomédicas: elaboração de uma linguagem padronizada . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 5, n. 1, mar. 1976 (ARTIG)
ROSA, Malvina Vianna
Descreve linguagem padronizada, tipo thesaurus escolhida como meio de indexação. Apresenta problemas enfrentados por planejadores de thesaurus. Salienta a estrutura classificatória básica, bem como a ordem de citação preferida. Expõe as etapas seguidas na construção do presente sistema de indexação.
Palavras-chave: ciências biomédicas. linguagem padronizada. tesauros. sistemas de indexação
Linguagens de indexação: uma experiência de análise e avaliação . Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG v. 5, n. 1, mar. 1976 (ARTIG)
CARVALHO, Maria Martha de; BOTELHO, Tânia Mara Guedes; PARANHOS, Wanda Maria Maia da Rocha
Descrição de uma experiência que compara e avalia cinco diferentes linguagens de indexação, adotando-se as medidas de sensibilidade e especificidade para se avaliar a eficácia de cada uma.
Palavras-chave: linguagem de indexação. avaliação. eficácia
Uma linguagem de busca para sistemas de recuperação de informação . Ciência da Informação v. 3, n. 1, 1974 (ARTIG)
TEIXEIRA, Iberê L. R.
Os atuais sistemas de recuperação de informação ressentem-se, em geral, de um método simples de consulta, que seja direta e facilmente utilizado pelo usuário. O método de recuperação aqui apresentado baseia-se numa linguagem de busca, através da qual o usuário codifica sua pesquisa, manipulando palavras-chave e/ou descritores que indexam o material a ser recuperado. Desta forma, simplifica-se o enunciado dos termos de interesse, bem como permite-se ao usuário associá-los entre si por meio de operações lógicas, do tipo OU, E e MAS NÃO. Embora orientado primordialmente para a recuperação de referências bibliográficas, o sistema criado pode ser aplicado a qualquer conjunto de dados que admita a indexação por palavra-chave ou descritor. Além disso, permite que a indexação seja feita sobre várias e diferentes características dos dados a recuperar; por exemplo, para as referências bibliográficas é possível a recuperação por nome do autor e por palavras do título, além de descritores.
Palavras-chave: Query language. information retrieval systems. indexation. sistemas de recuperação da informação. linguagem de busca. indexação
Disponível em: http://www.brapci.ufpr.br/index.php?dd60=1&dd61=linguagem%20de%20indexa%E7%E3o&acao=busca
TEXTOS RELACIONADOS À ESTRUTURA DE LINGUAGENS DE INDEXAÇÃO:
ACRESCIDOS AOS TEXTOS ANTERIORES PUBLICADOS AQUI.
Conteúdos Biblioteconomia
Estrutura das linguagens de indexação:
Conceitos e termos:
O conceito vocabulário foi definido como a relação de palavras utilizadas numa língua.Quando considerado do ponto de vista da linguagem natural compreende-se o seu significado sem maiores dificuldades, mas surgem dúvidas quando se aplica o termo a linguagens artificiais.
Quais seriam os vocabulários dos arquivos de classificação considerados como linguagens artificiais.
Os vocabulários desses esquemas são:
- os índices alfabéticos do esquema;
- os simbolos númericos, alfa ou alfanuméricos que representam os assuntos.
O vocabulário da linguagem documentária é a relação de termos e símbolos empregados para a identificação temática nos sistemas de informação. Rótulo semântico é outra expressão usada para termos.
Linguagem documentária é o conjunto de regras, símbolos e termos previamente estabelecidos estabelecidos para identificação de assuntos constantes dos documentos.
A sintaxe como definida:
Sintaxe absoluta é uma expressão utilizada por Neelameghan, para designar o padrão de estruturação, pelo cérebro humano, das idéias que constituem o assunto, este conceituado como "corpo sistematizado de idéias"', e também entendido e denominado "conhecimento". Segundo o autor, a estrutura profunda percebida pelo intelecto de qualquer ser humano normal, parece similar em diferentes assuntos. Esta similaridade, cuja probabilidade de mudança nos próximos anos é considerada muita baixa, parece ocorrer desde o provável surgimento do homem há cerca de 500.000 anos.
A sintaxe absoluta trata, portanto, da estruturação e ordenação das idéias que formam os assuntos compostos expressos por cabeçalhos compostos.
A sintaxe lingüística é de uma expressão utilizada por Neelameghan para denominar "a sintaxe dos nomes de assuntos". É baseada na sintaxe da linguagem natural e pode variar de urna língua para outra.
A sintaxe lingüística ocorre no plano verbal, no plano da expressão das idéias. É a combinação ou a ordenação das palavras que formam o nome do assunto, no caso, o cabeçalho de assunto.
Para o cabeçalho composto que designa assunto simples, ou melhor, que representa apenas um conceito/referente/termo é preciso que se determine um critério para orientar a sua sintaxe já que a ordem-de-citação a ele não se aplica. Neste caso, a sintaxe da linguagem corrente deve ser a preferida pois não contraria a maneira como o usuário se expressa e busca a informação. Tal diretriz acaba resgatando, de certa forma, o "princípio do uso", de Cutter.
Os casos apresentados de análise da sintaxe lingüística de cabeçalhos compostos da LCASB, restringem-se a exemplos de nomes de Coisa/Produto, ou de Parte de Coisa/Parte de produto. Entretanto, os mesmos princípios ou pressupostos se aplicam à análise de cabeçalhos representando outras categorias como, por exemplo: Ação (Processo/ Operação/Atividade), Material, Agente/Instrumento, Propriedades, Lugar, Tempo, Forma temática e/ou documentária.complemento de texto disponível em: http://www.conexaorio.com/biti/lecy/lecy.htm#4.2
A sintaxe é a própria estrutura gramatical da língua: abrange o conjunto de regras referentes à combinação de elementos que possuem significados diferentes daqueles das palavras simples encontradas no vocabulário básico ou geral.
A sintaxe nas linguagens documentárias, proporciona a extensão da capacidade descritiva do vocabulário.
Torne-se por exemplo, os substantivos: LEGISLAÇÃO, PALNEJAMENTO E TREINAMENTO e os adjetivos: BANCÁRIA, GLOBAL E PROFISSIONAL. Por meio de síntaxe é possível transmitir três unidades de informação:
- Legislação Bancária;
- Planejamento Global;
- Treinamento Profissional.
Que não se encontram no vocabulário básico.
Nas linguagens de indexação é fundamental que o vocabulário e a sintaxe sejam regidos por normas previamente fixadas a fim de que seja preservada a uniformidade de indexação, pois a vantagem dessas linguagens provém de sua utilização correta e da obediência à sintaxe estabelecida.
Notação:
Por notação entende-se a reunião de símbolos que dispostos numa determinada ordem traduzem uma informação.
Na linguagem natural, a notação é a interpretação de um conceito através dos símbolos alfabéticos consubstanciados na palavra que o designa.
A notação de um esquema de classificação no seu conjunto forma dos vocabulários do esquema.O índice alfabético seria outro vocabulário do esquema.
Nos sistemas de classificação define-se notação como reunião de símbolos - númericos , alfabéticos ou alfanuméricos - que dispostos numa determinada ordem traduzem os assuntos, as divisões e as subdivisões de assuntos do esquema classificatório. Na classificação Decimal Universal o símbolo númerico 338.924(81) significa a mesma coisa que o símbolo alfabético: Industrialização no Brasil.
Linguagens de indexação:
um dos aspectos básicos das linguagens estruturadas de indexação é o registro das relações entre os termos do vocabulário. Se o sistema inclui os termos: FLORESTAS e REFLORESTAMENTO é conveniente indicar as relações entre os dois, pois o pesquisador que procura informação sobre REFLORESTAMENTO, pode ser alertado para consultar também as informações sob o termo FLORESTA onde encontrará talvez informações pertinentes ao assunto que está buscando.
Entre os vários tipos de linguagens estruturadas de indexação mais conhecidas na área da informática são:
- esquemas de classificação;
- lista de cabeçalhos de assunto;
- tesauros.
Informatologia é o conjunto de conhecimentos especializados relativos às técnicas de transferências de informação cientifica e tecnològica à Biblioteconomia,à Documentação, etc., bem como os campos mais recentes de análise linguística, da informática, etc.Outra definição da Enciclopédia Mirador: "Estudo interdisciplinar de origem, comunicação e consumo dos produtos culturais... a palavra informação se refere aos elementos símbolicos empregados para comunicar o conhecimento científico e técnico, independentemente da sua natureza(númerica, textual, figurativa, etc.) dos suportes materiais das normas de apresentação".
A CDU, a lista de Cabeçalhos de Assuntos(editada pelo IBICT, em 1977), o Thesaurus para Indexaçaõ da Literatura Agrícola Brasileira(EMBRATER/ SNIR) exemplificam as três espécies mais utilizadas de linguagens estruturadas, definidas como aquelas providas de um vocabulário controlado e de uma sintaxe( sistema de indexação das relações entre os termos do vocabulário).
Os vocabulários de entrada registram, outrossim, os jargões especializados.
Jargão é a linguagem técnica de um grupo específico ou como registra o Novo Dicionário de Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda, é a gíria profissional.
Conceitos e termos:
O conceito vocabulário foi definido como a relação de palavras utilizadas numa língua.Quando considerado do ponto de vista da linguagem natural compreende-se o seu significado sem maiores dificuldades, mas surgem dúvidas quando se aplica o termo a linguagens artificiais.
Quais seriam os vocabulários dos arquivos de classificação considerados como linguagens artificiais.
Os vocabulários desses esquemas são:
- os índices alfabéticos do esquema;
- os simbolos númericos, alfa ou alfanuméricos que representam os assuntos.
O vocabulário da linguagem documentária é a relação de termos e símbolos empregados para a identificação temática nos sistemas de informação. Rótulo semântico é outra expressão usada para termos.
Linguagem documentária é o conjunto de regras, símbolos e termos previamente estabelecidos estabelecidos para identificação de assuntos constantes dos documentos.
A sintaxe como definida:
Sintaxe absoluta é uma expressão utilizada por Neelameghan, para designar o padrão de estruturação, pelo cérebro humano, das idéias que constituem o assunto, este conceituado como "corpo sistematizado de idéias"', e também entendido e denominado "conhecimento". Segundo o autor, a estrutura profunda percebida pelo intelecto de qualquer ser humano normal, parece similar em diferentes assuntos. Esta similaridade, cuja probabilidade de mudança nos próximos anos é considerada muita baixa, parece ocorrer desde o provável surgimento do homem há cerca de 500.000 anos.
A sintaxe absoluta trata, portanto, da estruturação e ordenação das idéias que formam os assuntos compostos expressos por cabeçalhos compostos.
A sintaxe lingüística é de uma expressão utilizada por Neelameghan para denominar "a sintaxe dos nomes de assuntos". É baseada na sintaxe da linguagem natural e pode variar de urna língua para outra.
A sintaxe lingüística ocorre no plano verbal, no plano da expressão das idéias. É a combinação ou a ordenação das palavras que formam o nome do assunto, no caso, o cabeçalho de assunto.
Para o cabeçalho composto que designa assunto simples, ou melhor, que representa apenas um conceito/referente/termo é preciso que se determine um critério para orientar a sua sintaxe já que a ordem-de-citação a ele não se aplica. Neste caso, a sintaxe da linguagem corrente deve ser a preferida pois não contraria a maneira como o usuário se expressa e busca a informação. Tal diretriz acaba resgatando, de certa forma, o "princípio do uso", de Cutter.
Os casos apresentados de análise da sintaxe lingüística de cabeçalhos compostos da LCASB, restringem-se a exemplos de nomes de Coisa/Produto, ou de Parte de Coisa/Parte de produto. Entretanto, os mesmos princípios ou pressupostos se aplicam à análise de cabeçalhos representando outras categorias como, por exemplo: Ação (Processo/ Operação/Atividade), Material, Agente/Instrumento, Propriedades, Lugar, Tempo, Forma temática e/ou documentária.complemento de texto disponível em: http://www.conexaorio.com/biti/lecy/lecy.htm#4.2
A sintaxe é a própria estrutura gramatical da língua: abrange o conjunto de regras referentes à combinação de elementos que possuem significados diferentes daqueles das palavras simples encontradas no vocabulário básico ou geral.
A sintaxe nas linguagens documentárias, proporciona a extensão da capacidade descritiva do vocabulário.
Torne-se por exemplo, os substantivos: LEGISLAÇÃO, PALNEJAMENTO E TREINAMENTO e os adjetivos: BANCÁRIA, GLOBAL E PROFISSIONAL. Por meio de síntaxe é possível transmitir três unidades de informação:
- Legislação Bancária;
- Planejamento Global;
- Treinamento Profissional.
Que não se encontram no vocabulário básico.
Nas linguagens de indexação é fundamental que o vocabulário e a sintaxe sejam regidos por normas previamente fixadas a fim de que seja preservada a uniformidade de indexação, pois a vantagem dessas linguagens provém de sua utilização correta e da obediência à sintaxe estabelecida.
Notação:
Por notação entende-se a reunião de símbolos que dispostos numa determinada ordem traduzem uma informação.
Na linguagem natural, a notação é a interpretação de um conceito através dos símbolos alfabéticos consubstanciados na palavra que o designa.
A notação de um esquema de classificação no seu conjunto forma dos vocabulários do esquema.O índice alfabético seria outro vocabulário do esquema.
Nos sistemas de classificação define-se notação como reunião de símbolos - númericos , alfabéticos ou alfanuméricos - que dispostos numa determinada ordem traduzem os assuntos, as divisões e as subdivisões de assuntos do esquema classificatório. Na classificação Decimal Universal o símbolo númerico 338.924(81) significa a mesma coisa que o símbolo alfabético: Industrialização no Brasil.
Linguagens de indexação:
um dos aspectos básicos das linguagens estruturadas de indexação é o registro das relações entre os termos do vocabulário. Se o sistema inclui os termos: FLORESTAS e REFLORESTAMENTO é conveniente indicar as relações entre os dois, pois o pesquisador que procura informação sobre REFLORESTAMENTO, pode ser alertado para consultar também as informações sob o termo FLORESTA onde encontrará talvez informações pertinentes ao assunto que está buscando.
Entre os vários tipos de linguagens estruturadas de indexação mais conhecidas na área da informática são:
- esquemas de classificação;
- lista de cabeçalhos de assunto;
- tesauros.
Informatologia é o conjunto de conhecimentos especializados relativos às técnicas de transferências de informação cientifica e tecnològica à Biblioteconomia,à Documentação, etc., bem como os campos mais recentes de análise linguística, da informática, etc.Outra definição da Enciclopédia Mirador: "Estudo interdisciplinar de origem, comunicação e consumo dos produtos culturais... a palavra informação se refere aos elementos símbolicos empregados para comunicar o conhecimento científico e técnico, independentemente da sua natureza(númerica, textual, figurativa, etc.) dos suportes materiais das normas de apresentação".
A CDU, a lista de Cabeçalhos de Assuntos(editada pelo IBICT, em 1977), o Thesaurus para Indexaçaõ da Literatura Agrícola Brasileira(EMBRATER/ SNIR) exemplificam as três espécies mais utilizadas de linguagens estruturadas, definidas como aquelas providas de um vocabulário controlado e de uma sintaxe( sistema de indexação das relações entre os termos do vocabulário).
Os vocabulários de entrada registram, outrossim, os jargões especializados.
Jargão é a linguagem técnica de um grupo específico ou como registra o Novo Dicionário de Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda, é a gíria profissional.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Conteúdos Biblioteconomia
Os sistemas pré e pós-coordenados:
Os sistemas de indexação pertecem a um dos esquemas mencionados abaixo:
Indexação pré-coordenada na qual os termos são combinados com a finalidade de identificar itens especifícos, principalmente em se tratando de assuntos complexos. Neste caso, as expressões compostas que refletem assuntos compostos são previamente combinados sendo assim inseridas nos vocabulários controlados. Por exemplo, Instituição Educacional.
Indexação pós-coordenada na qual os termos são combinados ou correlacionados no momento da psquisa para recuperação da informação.Por exemplo nesta espécie de indexação os dois termos do item anterior - Instituição Educacional - seriam registrados separadamente, como Instituição e Educação sendo a combinação efetuada no instante da pesquisa.
O primeiro tipo ou sistema - indexação pré-coordenada - resulta em vocabulários controlados demasiadamente extensos, apresentando um grande número de termos indexados, pois os assuntos compostos já entram no vocabulário sob a forma combinada.
O segundo tipo ou sistema - indexação pós-coordenada serve-se de vocabulários controlados bem mais restritos, pois a combinação se realiza no momento da pesquisa.
Tome-se por exemplo o termo conservação que pode ser combinado com vários outros para formar conceitos diversos:
Alimentos:conservação
Carne: conservação
Frutas: conservação
Legumes: conservação
Natureza: conservação
Na indexação pré-coordenada o vocabulário inclui necessariamente todas estas entradas compostas.Na indexação pós-coordenada os documentos são registradas sob ambos os termos, e é sob alimentos e sob conservação, sob carne e sob conservação, sob frutas e sob conservação, etc.No tesauro, o descritor conservação aparece uma vez.
Neste caso, o termo conservação pode considerado como um modificador.
Na pré-coordenação os vocabulários sempre serão bem mais extensos do que na pós-coordenação.
Visto pode ser verificado comparando-se as listsa de cabeçalhos de assuntos(pré-coordenados) com os tesauros(pós-coordenados).
Na elaboração de vocabulários controlados são levados em consideração pontos diversos, no caso de sistemas pós-coordenados relativos à entrada de um termo isolado ou à entrada de termos previamente ordenados sob a firma final.Em alguns sistemas, o isolado denomina-se modificado ou faceta.
Isolado é o termo representativo de assuntos que não podem ser considerados como assuntos básicos, sendo aplicados a várias disciplinas.O termo desenvolvimento exemplifica este conceito.
Em geral, os termos relativos a prpriedades e processos são tratados como "isolados" ou "modificadores", ou a "facetas" para combinações posteriores permitindo em vocabulário de recuperação bem mais rico.Igualmente são tratados como "isolados" ou "modificadores! ou "facetas" os termos empregados em combinações diversas - dentro de assuntos específicos - como os produtos agrícolas, industriais e químicos, os recursos naturais, etc.(
O Thesaurus Informatique do CNRS, por exemplo organizando hierarquicamente os conceitos por meio de "noções da mesma natureza (categorias ou facetas). Esta organização por facets foi preferida porque permite a criação de árvores hierárquicas separadas. Foram utilizadas oito facetas:
Ciência e tecnologia Fenômenos
Condições operatórias Materiais
Equipamento Processo
Fatores comuns Propriedade
Essas categorias ou facetas ou modificadores aparecem entre parentesis não foram incluídas na lista alafabética não podem ser utilizadas como descritores independentes.
Convém observar que há conceitos simples representados por palavras compostas:
Cana-de-açúcar
Cruz vermelha
Fruta-pão
Mas também há conceitos compostos representados por termos simples: Menina(representa um conceito composto por duas idéias: criança + sexo feminino)
Termo é a palavra(ou expressão) utilizada para a inclusão temática de um item no sistema de informação e para recuperação posterior do mesmo assunto.
O termo não obstante indicar um assunto simples(conceito simples) pode ser composto por mais de uma palavra: cana-de-açúcar é um termo composto que indica um conceito simples, enquanto que menina é um termo simples(ou único) que indica um conceito composto ou complexo.
Tipos de índices:
De acordo com os parâmetros diversos os índices podem se incluir uma das espécies mencionadas a seguir:
Índices conforme seu arranjo:
- alfabético
- cronológico
- hierárquico
- númerico
- concordâncias
Índices conforme e o tipo de entrada:
- autor (onomástico)
- cabeçalho de assunto
- citações
- descritores
- palavra-chave
- título (Biblionímico)
Índices de acordo com a forma de apresentação:
- fichas
- impressos
- computadorizados
- fitas magnéticas
- discos magnéticos
Índices conforme a estrutura:
- acesso único
- conjuntivo
- subordinado
- coordenado
convencional
invertido
- palavra-chave no contexto(KWIC/PACT)
Índices de acordo com a forma de consulta:
Sequencial
Seletivo
Índice é um mecanismo ou instrumento auxiliar empregado na busca, localização e recuperação de informações.
Parâmetro é o elemento cuja modificação de valor altera o resultado(solução)de um problema sem lhe alterar porém, a natureza.
Pode-se-ia realcionar uma grande variedade de índices utilizados em sistemas de informação:
- acasalamento bibliográfico
- concordâncias
- índice alfabético
- índice coordenado
- índice de citações
- índices de livros
- índices em cadeia
- índices permutado
- índices relativos
- índices sistemático, etc.
Uma lista como esta não traz informação substancial quanto aos tipos de índices, mas com a finalidade de facilitar a identificação de tipos diversos.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Conteúdos Biblioteconomia
APOGEU E DECLÍNIO DAS CLASSIFICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
Edson Nery da Fonseca *
Sou muito grato aos organizadores da Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, tanto pelo honroso convite para proferir esta palestra como pela igualmente honrosa prerrogativa de escolher o meu assunto. E congratulo-me com a Comissão Organizadora por haver aceito o desafio de um título tão heterodoxo.
Poderia, na verdade, parecer impertinência ou provocação, propor-se alguém a falar de apogeu e declínio das classificações bibliográficas num colóqui comemorativo do centenário de uma delas. Mas, há cem anos de distância, a Classificação Decimal de Dewey não precisa da nossa complacência e como que recusa comemoraçòes puramente louvaminheiras.
Não é este, aliás, o objetivo da Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, a julgar pelo seu temário, que revela um esforço honesto de procura da verdade, de aperfeiçoamento dos processos técnicos em bibliotecas brasileiras, da melhor maneira de transmitir aos futuros bibliotecários deste país o conhecimento dos sistemas de classificação, das técnicas de indexação temática.
É curioso como as classificações filosóficas e as classificações bibliográficas, tendo embora objetivos diametralmente opostos, estão intimamente ligadas. Essa ligação demonstra que, na velha questão dos universais, tanto o realismo como o nominalismo pecavam pelo exagero, devendo-se procurar a verdade no realismo moderado, que vê as idéias não apenas como realidades nem apenas como nomes, mas distinguindo-se o modo por que as coisas existem em si mesmos e o modo por que existem as inteligências. Assim, quando exclusivamente filosóficos, os sistemas de classificação pecam pelo realismo; e quando exclusivamente pragmáticos, pelo nominalismo.
Se é verdade que uma classificação bibliográfica deve ser predominantemente prática, não pode ela violentar a lógica a pontos tão extremos como o apontado por Douglas Foskett no sistema de Melvil Dewey: o de até a 17a. edição classificar a arte e a técnica de contar histórias (storytelling) como espécie do gênero "Jardim-da-infância e Creches"(Kindergarten and nursery achools) (1, p. 373-374)
Desde a mais remota antiguidade, os autores de sistemas de claissificação bibliográfica têm procurado inspiração e modelo nas classificações filosóficas não como simples necessidades especulativas, mas a partir da classificação de textos. É o que afirma o autor usso Bonifácio M. Krédov, no seu livro sobre a classificação das ciências, publicado recentemente em espanhol. (2)
Para esse professor de história das ciências e da filosofia, ele mesmo químico e filósofo, as classificações filosóficas "eram muito necessárias porque a Cinha antiga possuía uma escrita extremamente desenvolvida e havia acumulado grandes tesouros literários, que requeriam certa sistematização."(2, v. 1, p. 49). De onde talvez possamos concluir que os chineses foram os primeiros nominalistas, no sentido fiolosófico da palavra, isto é, aqueles para os quais as idéias são simples nomes - "universalis post rem"- ou esquemas abstraídos, sem existência própria, pois somente as coisas existem: no caso, os textos a classificar. Sendo válida a conclusão, deve-se logo esclarecer que os chineses teriam sido nominalistas como Mr Jourdain fazia prosa, isto é, sem saber.
O mesmo autor russo fala de um bibliotecário da biblioteca imperialda China que, já num dos primeiros séculos depois de Cristo, estabeleceu uma classificação bibliográfica coincidente, no fundamental, com a que foi proposta, vários séculos depois, por Francis Bacon: História, Filosofia e Poesia. O esquema de Bacon é, como todos sabem, História (como expressão da memória), Poesia (como expressão da fantasia) e Filosofia (como expressão da razão). E como todos igualmente sabem, Melvil Dewey teria adotado, seguindo William Torrey Harris, uma terceira opção: Filosofia, Poesia e História.
Ao dos chineses, os gregos foram mais realistasnominalistas, pois acreditando que as idéias existem efetivamente e as coisas derivam delas, por meio da participação - "universalis ante rem"- elaboraram classificações puramente especulativas. Entretanto, a classificação introduzida por Calímaco na célebre Biblioteca de Alexandria era puramente utilitária. (3, p. 95) Houve, assim, entre os gregos uma espécie de divórcio entre filósofos e bibliotecários; ou entre Filosofia e Biblioteconomia.
Esse divórcio foi referendado por Stanley Jevons, um dos poucos autores que, abordando o problema da classificação das ciências, referiu-se expressamente ao caso prático da organização de coleções, ao qual dedicou mais de quatro páginas de sua obra The principles of science; a treatise on logic and scientific method. A conhecida afirmação de Jevons, para quem a classificação de livros por assunto seria "um absurdo lógico", tem sido sempre citada en passant, sem uma análise do seu contexto e, sobretudo, de suas motivações. Parece oportuno tentar aqui essa análise.
Nascido em Liverpool, Inglaterra, no ano de 1835, Stanley Jevons morreu com apenas 47 anos, num afogamento acidental. Mas foram poucos anos de muitas e diversificadas atividades, tanto quanto de muito sofrimento e muita luta para conquistar "um lugar ao sol". Ele foi, metaforicamente, homem de váriios instrumentos. Antes de escrever o tratado sobre l[ógica e método científico - obra tão notável quanto o Sistema de Lógica de John Stuart Mill, de quem Jevons, aliás, não gostava - já havia publicado, em 1871, The theory of political economy, livro de importância relevante na história do pensamento econômico. Tinha, além disso, conhecimentos práticos de Física, Metalurgia e Meteorologia que fazem pensar, por comparação, na grande figura de político e cientista brasileiro que foi José Bonifácio de Andrada e Silva.
O capítulo XXX de Principles os science, inteiramente dedicado à Classificação e assim intitulado, compõe-se de uma introdução e vinte subdivisões, uma das quais (a décima quinta) é dedicada ao que Jevons denomina "classificações-índices" index classifications).(4, p. 714-718)
Ele começa por estabelecer a vastidão significativa da palavra classificação, que pode incluir todos os arranjos de objetos e nomes que fazemos para poupar trabalho na sua descoberta (p. 714). "Até os ïndices alfabéticos são classificações", afirma Jevons a seguir. E depois de indicar as várias maneiras pelas quais os livros podem ser classificados, vem o trecho em que aparece a tão citada frase e que me permito traduzir:
A classificação por assuntos poderia ser um método extraordinariamente útil se fosse viável, mas a experiência mostra ser ela um absurdo lógico (a logical absurdity). Classificar as ciências é um trabalho tão difícil quanto complicadas são as relaçòes entre elas. Mas no caso de livros a complicação é exageradamente maior, porque o mesmo livro pode tratar de diferentes ciências, ou pode discutir um problema que envolve muitos campos do conhecimento." (p. 715)
Tais considerações me animaram a, no resumo desta palavra, considerar Stanley Jevons como precursos do moderno conceito de interdisciplinaridade e, por via deste, de toda a teoria geral dos sistemas. Ele foi, aliás, também pioneiro em outros campos, como o da lógica simbólica e o das máquinas de clacluar, segundo informa o professor Ernest Nagel, na sugestiva introdução que escreveu para a edição americana de Principles of science. (4, p. xlv)
Como bom argumentador, Stanley Jevons indica, em seguida, alguns exemplos de interdisciplinaridade, sem usar, é claro, esta palavra, que é bastante recente.
Um bom trabalho sobre máquina a vapor ficará antiquado, na medida em que deixe de investigar os primeiros esforços para sua descoberta: puramente científico, quando se considera os princípios de termodinâmica nela implícitos; técnico, quando se atenta para os meios mecânicos de aplicação de tais princípios: econômico, quando se julga os resultados industriais da invenção; biográfico, quando se destaca as vidas dos inventores. A história da Abadia de Westminster pode pertencer, igualmente, à história da arquitetura, à histórica da Igreja ou à história da Inglaterra. Se abandonamos a tentativa, procurando estabelecer um arranjo de acordo com a classificação natural das ciências, formando amplos grupos práticos, ficaremos continuamente perplexos diante da ocorrência de casos intermediários, diferindo as opiniões tão ad infinitum quantos sejam os detalhes. (p. 715)
Todos sabemos que as dificuldades dos casos práticos indicados por Stanley Jevons foram perfeitamente resolvidas pelos sistemas de classificação multidimensionais ou "facetados": sistemas que ele não chegou a conhecer, por haver tão prematuramente morrido em 1882.
The Principles of science foi publicado em 1874. Desde o ano anterior Melvil Dewey procurava, nos Estados Unidos, etabelecer um sistema que, anonimamente divulgado em 1876, muito contribuiu para o apogeu das classificações bibliográficas. A consagração do sistema de Melvil Dewey pela primeira Conferência Bibliográfica Internacional, em 1895, foi bastante significativa. Pouco importa que, no ano seguinte, a Royal Society de Londres tenha tentado torpedear os trabalhos dirigidos, na Bélgica, por Henri La Fontaine e Paul Otlet. Rechaçada por este, em sucessivos e impressionante série de artigos publicados no Boletim do Instituto Internacional de Bibliografia, a classificação que os ingleses tentaram impor não se internacionalizou, ficando restrita a uma só publicação: O International Catalogue of Scientific Literature. (5)
"Não há ciência sem classificação dos fatos que ela estuda; e as classificações progridem com as ciências que as elaboram": este é o processo de feedback enunciado por Eric de Grolier no verbete (pequeno, mas cheio de idéias) que escreveu para a obra coletiva organizada por Abraham Moles e Claude Zeltmann, intitulada La Communication (6, p. 96
As novas ciências, entretanto, exigem classificações também novas. Recusando "qualquer hirarquia nas ciências do homem, como as hierarquias parciais que podem discernir-se nas ciências da natureza", o sábio Jean Piaget propõe uma "classificação circular e não linear das ciências".(7, p. 13 e 15)
A ordenação circular das ciências, proposta por Piaget, opõe-se naturalmente à ordenação linear dos sistemas bibliográficos denominados por A. C,. Foskett de "pré-coordenados": Dewey, CDU, Library of Congress, etc. (8, p. 197-202) A classificação circular foi inspirada pelas cada vez maiores inter-relações entre as ciências da natureza e as ciências do homem. Não se trata - note-se bem - de simples redução destas àquelas: redução baseada num positivismo ultrapassado. Trata-se realmente de uma relação como que "de igual para igual", como esclarece Piaget. Pois as novas técnicas lógico-matemáticas das ciências humanas, embora baseadas no modelo das ciências da natureza, forneceram a estas soluções imprevistas. "Colocando a questão noutros termos"- esclarece Piaget - "se existe uma tendência que procura 'ntarualizar' as ciências do homem, há também a tendência recíproca para 'humanizar' certos processos naturais". (7, p. 109)
Entretanto, a claissificação de Piaget é puramente especulativa e, portanto, sem aplicação na ordenação de livros nas estantes, , de fichas em catálogos de referências em bibliografias. Para corrigir o nominalismo de sistemas exclusivamente pragmáticos, a classificação circular peca por um realismo exagerado, > no sentido filosófico da expressão. A solução parece estar nos sitemas que A. C. Foskett chama de pós-coordenados (8, p. 305-367), como que inspirados por um realismo moderado. Tais sistemas assinalam o declínio das classificações bibliográficas.
Quero fazer, antes de concluir, uma declaração muito importante a respeito do título e do resumo desta palestra. Eles foram enviados à Comissão Organizadora da Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica imediatamente depois do recebimento do convite com que fui distinguido. Esse convite me obrigou a fazer uma revisão da literatura sobre classificação, assunto em que estava desatualizado, porque a direção de uma Faculdade, a presidência de várias congregações de carreira e a participação em diversos colegiados me obrigou, por um lado, a concentrar-me bibliograficamente em outras ciências da informação e, por outro, a dispersar-me prazerosamente em outras áreas do conhecimento.
Não tenho receio - desculpai a nota pessoal - de corrigir-me quando percebo que me enganei. A leitura de uma dezena de livros e de uma vintena de artigos e contribui'xões a obras coletivas me obriga a declarar que as classificações bibliográficas não estão em declínio. Esta foi uma hipótese que a simples revisão da literatura pertinente mostrou ser falsa.
As classificações bibliográficas estão cada vez mais na ordem do dia. Michel Serres, que pe professor de história das ciências, escreveu recentemente o seguinte: "Seria talvez necessário começar por fazer uma história crítica das classificações. A própria história, no entanto, pertence a uma classe". (9, p. 161)
Até as classificações de base hierárquica tiveram suas notações adaptadas para recuperação eletrônica da informação, em campos específicos, como, por exemplo, o das ciências geológicas. (10)
Mas, se não há declinbio, existe coisa pior, que é a impostura. Considero com tal as tentativas de atualização ou de renovação feitas pelos editores de alguns sistemas, sem modificação dos arcabouços originais. Tais tentativas se assemelham à operações plásticas qeu transformam em falsos brotinhos pessoas de idade avançada.
Conta-se de um ministro do Supremo Tribunal Federal, cujos cabelos eram ostensivamente pintados de preto, que, ao descer um dia, já tr^pego, a escadaria do antigo edifício daquela corte no Rio de Janeiro, levou um terrível tombo, registrado por certo circunstante com esta observação cruel: "infelizmente, não é possível pintar as pernas".
O mesmo pode ser dito das velhas classificações, reeditadas sabe Deus à custa de que interesses comerciais: não é possível, infelizmente, modificar-lhes as contradições essenciais, comoi, no caso da Classificação decimal de Melvil Dewey e da Classificação Decimal Universal, a manutenção de Psicologia como subdivisão de Filosofia - erro histórico - e a separação - erro epistemológico - entre História, Lingüística e Ciências Sociais.
Peço, consequentemente, que esta palestra se reintitule como Esplendores e Misérias das Classificações Bibliográficas. Foi este, aliás, o '\título que primeiro me ocorrei e substituí ao dar-me conta de que esta parafraseando o título de um romance de Balzac: Esplendores e Miserias das Cortesãs.
Pensando bem, existem duas analogias entre o referido romance e as classificações bibliográficas. Balzac foi um verdadeiro classificador, no sentido sociológico da palavra: e chegou a ser cognominado "O Lineu da burguesia", por haver classificado seus romances de acrodo com um sistema de estática social (11)
Existe, ainda, outra analogia, que proponho para concluir, pedindo perdão pelo anticlimax: procurando conquistar novos compradores com precárias renovações, as velhas classificações biblioráficas se comportam como cortesãs avelhantadas em busca de joves clientes.
Referências bibliográficas
1. FOSKETT, Douglas. "The contribution of classification to a theory of lilbrarianship". In: Rawski, Conrad, ed. Toward a theory of librarianship; papers in honour of Jesse E. Shera. Metuchen, N.J., Scarecrow Press, 1973, p. 169-186.
2. KREDOV, B. M. Classification de les sciences. Trad. del ruso por Jorge Bayona. Moscu, Editorial Progress, 1974. 2 v.
3. SAYERS, W. C. Berwick An introduction to library classification. 5. ed. rev. London, Grafton, 1938, 351 p.
4. STANLEY, Jevons The Principles of science; a treatise on logic and scientific method. New York, Dover Publications, 1958. liii, 786 p.
5. OTLET, Paul "Examen du projet de la Société Royale de Londres concernant le Catalogue International des Sciences".Bulletin de l'Institut International de Bibliographie (Bruxelles) Quatrième année, p. 5-48, 1899. Ao artigo de Otlet, seguem-se, no mesmo Bulletin os de Charles ichet (p. 53-57) e H. H. Field (p. 59-73). Ver ainda: Carus, Victor, "On the international Catalogue of Scientific Literature of the Royal Society", Science 9 (233): 825-835, June, 1899.
6. GROLIER, Eric de. "Classification". In: Communication et les mass media. Paris, Gérard, 1973, p. 112-113.
7. PIAGET, Jean. A situação das ciências do homem no sistema das ciências. Trad. de Isabel Cardigos dos Reis. Amadora, Bertrand, s.d. 147 p.
8. FOSKETT, A. C. A abordagem temática da informação. Trad. de Agenor Briquet de Lemos. São Paulo, Polígocono; Brasília, Ed. da Universidade de Brasília, 1973. 437 p.
9. SERRES, Michel."As ciências". In: Le Goff, Jacques & Nora, Pierre. História: novas abordagens. Trad. de Henrique Mesquita. Rio de Janeiro, F. Alves, 1978, p. 160-179.
10. RIGBY, Malcolm. "Experiments in mechanized control of meteorological and geoastropycial literature and the UDC schedules in these fileds." Revue internationale de la documentation 231 (3): 103-106, 1964. Ver ainda: Freeman, Robert R. Research project for the evolution of the UDC as the indexing language for a mechanised reference retrieval system... New York American Institute of Physics, 1965-66. 2 v. (Report n. AIP/DRP UDC-1-2)
11. CARPEAUX, Otto Maria. História da literatura ocidental. Rio de Janeiro, O Cruzeiro, 1959-66. v. V, p. 2122.
* Palestra proferida durante a Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, Rio de Janeiro, 12-17 set. 1976.
Disponível em: http://www.conexaorio.com/biti/nery/index.htm
Edson Nery da Fonseca *
Sou muito grato aos organizadores da Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, tanto pelo honroso convite para proferir esta palestra como pela igualmente honrosa prerrogativa de escolher o meu assunto. E congratulo-me com a Comissão Organizadora por haver aceito o desafio de um título tão heterodoxo.
Poderia, na verdade, parecer impertinência ou provocação, propor-se alguém a falar de apogeu e declínio das classificações bibliográficas num colóqui comemorativo do centenário de uma delas. Mas, há cem anos de distância, a Classificação Decimal de Dewey não precisa da nossa complacência e como que recusa comemoraçòes puramente louvaminheiras.
Não é este, aliás, o objetivo da Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, a julgar pelo seu temário, que revela um esforço honesto de procura da verdade, de aperfeiçoamento dos processos técnicos em bibliotecas brasileiras, da melhor maneira de transmitir aos futuros bibliotecários deste país o conhecimento dos sistemas de classificação, das técnicas de indexação temática.
É curioso como as classificações filosóficas e as classificações bibliográficas, tendo embora objetivos diametralmente opostos, estão intimamente ligadas. Essa ligação demonstra que, na velha questão dos universais, tanto o realismo como o nominalismo pecavam pelo exagero, devendo-se procurar a verdade no realismo moderado, que vê as idéias não apenas como realidades nem apenas como nomes, mas distinguindo-se o modo por que as coisas existem em si mesmos e o modo por que existem as inteligências. Assim, quando exclusivamente filosóficos, os sistemas de classificação pecam pelo realismo; e quando exclusivamente pragmáticos, pelo nominalismo.
Se é verdade que uma classificação bibliográfica deve ser predominantemente prática, não pode ela violentar a lógica a pontos tão extremos como o apontado por Douglas Foskett no sistema de Melvil Dewey: o de até a 17a. edição classificar a arte e a técnica de contar histórias (storytelling) como espécie do gênero "Jardim-da-infância e Creches"(Kindergarten and nursery achools) (1, p. 373-374)
Desde a mais remota antiguidade, os autores de sistemas de claissificação bibliográfica têm procurado inspiração e modelo nas classificações filosóficas não como simples necessidades especulativas, mas a partir da classificação de textos. É o que afirma o autor usso Bonifácio M. Krédov, no seu livro sobre a classificação das ciências, publicado recentemente em espanhol. (2)
Para esse professor de história das ciências e da filosofia, ele mesmo químico e filósofo, as classificações filosóficas "eram muito necessárias porque a Cinha antiga possuía uma escrita extremamente desenvolvida e havia acumulado grandes tesouros literários, que requeriam certa sistematização."(2, v. 1, p. 49). De onde talvez possamos concluir que os chineses foram os primeiros nominalistas, no sentido fiolosófico da palavra, isto é, aqueles para os quais as idéias são simples nomes - "universalis post rem"- ou esquemas abstraídos, sem existência própria, pois somente as coisas existem: no caso, os textos a classificar. Sendo válida a conclusão, deve-se logo esclarecer que os chineses teriam sido nominalistas como Mr Jourdain fazia prosa, isto é, sem saber.
O mesmo autor russo fala de um bibliotecário da biblioteca imperialda China que, já num dos primeiros séculos depois de Cristo, estabeleceu uma classificação bibliográfica coincidente, no fundamental, com a que foi proposta, vários séculos depois, por Francis Bacon: História, Filosofia e Poesia. O esquema de Bacon é, como todos sabem, História (como expressão da memória), Poesia (como expressão da fantasia) e Filosofia (como expressão da razão). E como todos igualmente sabem, Melvil Dewey teria adotado, seguindo William Torrey Harris, uma terceira opção: Filosofia, Poesia e História.
Ao dos chineses, os gregos foram mais realistasnominalistas, pois acreditando que as idéias existem efetivamente e as coisas derivam delas, por meio da participação - "universalis ante rem"- elaboraram classificações puramente especulativas. Entretanto, a classificação introduzida por Calímaco na célebre Biblioteca de Alexandria era puramente utilitária. (3, p. 95) Houve, assim, entre os gregos uma espécie de divórcio entre filósofos e bibliotecários; ou entre Filosofia e Biblioteconomia.
Esse divórcio foi referendado por Stanley Jevons, um dos poucos autores que, abordando o problema da classificação das ciências, referiu-se expressamente ao caso prático da organização de coleções, ao qual dedicou mais de quatro páginas de sua obra The principles of science; a treatise on logic and scientific method. A conhecida afirmação de Jevons, para quem a classificação de livros por assunto seria "um absurdo lógico", tem sido sempre citada en passant, sem uma análise do seu contexto e, sobretudo, de suas motivações. Parece oportuno tentar aqui essa análise.
Nascido em Liverpool, Inglaterra, no ano de 1835, Stanley Jevons morreu com apenas 47 anos, num afogamento acidental. Mas foram poucos anos de muitas e diversificadas atividades, tanto quanto de muito sofrimento e muita luta para conquistar "um lugar ao sol". Ele foi, metaforicamente, homem de váriios instrumentos. Antes de escrever o tratado sobre l[ógica e método científico - obra tão notável quanto o Sistema de Lógica de John Stuart Mill, de quem Jevons, aliás, não gostava - já havia publicado, em 1871, The theory of political economy, livro de importância relevante na história do pensamento econômico. Tinha, além disso, conhecimentos práticos de Física, Metalurgia e Meteorologia que fazem pensar, por comparação, na grande figura de político e cientista brasileiro que foi José Bonifácio de Andrada e Silva.
O capítulo XXX de Principles os science, inteiramente dedicado à Classificação e assim intitulado, compõe-se de uma introdução e vinte subdivisões, uma das quais (a décima quinta) é dedicada ao que Jevons denomina "classificações-índices" index classifications).(4, p. 714-718)
Ele começa por estabelecer a vastidão significativa da palavra classificação, que pode incluir todos os arranjos de objetos e nomes que fazemos para poupar trabalho na sua descoberta (p. 714). "Até os ïndices alfabéticos são classificações", afirma Jevons a seguir. E depois de indicar as várias maneiras pelas quais os livros podem ser classificados, vem o trecho em que aparece a tão citada frase e que me permito traduzir:
A classificação por assuntos poderia ser um método extraordinariamente útil se fosse viável, mas a experiência mostra ser ela um absurdo lógico (a logical absurdity). Classificar as ciências é um trabalho tão difícil quanto complicadas são as relaçòes entre elas. Mas no caso de livros a complicação é exageradamente maior, porque o mesmo livro pode tratar de diferentes ciências, ou pode discutir um problema que envolve muitos campos do conhecimento." (p. 715)
Tais considerações me animaram a, no resumo desta palavra, considerar Stanley Jevons como precursos do moderno conceito de interdisciplinaridade e, por via deste, de toda a teoria geral dos sistemas. Ele foi, aliás, também pioneiro em outros campos, como o da lógica simbólica e o das máquinas de clacluar, segundo informa o professor Ernest Nagel, na sugestiva introdução que escreveu para a edição americana de Principles of science. (4, p. xlv)
Como bom argumentador, Stanley Jevons indica, em seguida, alguns exemplos de interdisciplinaridade, sem usar, é claro, esta palavra, que é bastante recente.
Um bom trabalho sobre máquina a vapor ficará antiquado, na medida em que deixe de investigar os primeiros esforços para sua descoberta: puramente científico, quando se considera os princípios de termodinâmica nela implícitos; técnico, quando se atenta para os meios mecânicos de aplicação de tais princípios: econômico, quando se julga os resultados industriais da invenção; biográfico, quando se destaca as vidas dos inventores. A história da Abadia de Westminster pode pertencer, igualmente, à história da arquitetura, à histórica da Igreja ou à história da Inglaterra. Se abandonamos a tentativa, procurando estabelecer um arranjo de acordo com a classificação natural das ciências, formando amplos grupos práticos, ficaremos continuamente perplexos diante da ocorrência de casos intermediários, diferindo as opiniões tão ad infinitum quantos sejam os detalhes. (p. 715)
Todos sabemos que as dificuldades dos casos práticos indicados por Stanley Jevons foram perfeitamente resolvidas pelos sistemas de classificação multidimensionais ou "facetados": sistemas que ele não chegou a conhecer, por haver tão prematuramente morrido em 1882.
The Principles of science foi publicado em 1874. Desde o ano anterior Melvil Dewey procurava, nos Estados Unidos, etabelecer um sistema que, anonimamente divulgado em 1876, muito contribuiu para o apogeu das classificações bibliográficas. A consagração do sistema de Melvil Dewey pela primeira Conferência Bibliográfica Internacional, em 1895, foi bastante significativa. Pouco importa que, no ano seguinte, a Royal Society de Londres tenha tentado torpedear os trabalhos dirigidos, na Bélgica, por Henri La Fontaine e Paul Otlet. Rechaçada por este, em sucessivos e impressionante série de artigos publicados no Boletim do Instituto Internacional de Bibliografia, a classificação que os ingleses tentaram impor não se internacionalizou, ficando restrita a uma só publicação: O International Catalogue of Scientific Literature. (5)
"Não há ciência sem classificação dos fatos que ela estuda; e as classificações progridem com as ciências que as elaboram": este é o processo de feedback enunciado por Eric de Grolier no verbete (pequeno, mas cheio de idéias) que escreveu para a obra coletiva organizada por Abraham Moles e Claude Zeltmann, intitulada La Communication (6, p. 96
As novas ciências, entretanto, exigem classificações também novas. Recusando "qualquer hirarquia nas ciências do homem, como as hierarquias parciais que podem discernir-se nas ciências da natureza", o sábio Jean Piaget propõe uma "classificação circular e não linear das ciências".(7, p. 13 e 15)
A ordenação circular das ciências, proposta por Piaget, opõe-se naturalmente à ordenação linear dos sistemas bibliográficos denominados por A. C,. Foskett de "pré-coordenados": Dewey, CDU, Library of Congress, etc. (8, p. 197-202) A classificação circular foi inspirada pelas cada vez maiores inter-relações entre as ciências da natureza e as ciências do homem. Não se trata - note-se bem - de simples redução destas àquelas: redução baseada num positivismo ultrapassado. Trata-se realmente de uma relação como que "de igual para igual", como esclarece Piaget. Pois as novas técnicas lógico-matemáticas das ciências humanas, embora baseadas no modelo das ciências da natureza, forneceram a estas soluções imprevistas. "Colocando a questão noutros termos"- esclarece Piaget - "se existe uma tendência que procura 'ntarualizar' as ciências do homem, há também a tendência recíproca para 'humanizar' certos processos naturais". (7, p. 109)
Entretanto, a claissificação de Piaget é puramente especulativa e, portanto, sem aplicação na ordenação de livros nas estantes, , de fichas em catálogos de referências em bibliografias. Para corrigir o nominalismo de sistemas exclusivamente pragmáticos, a classificação circular peca por um realismo exagerado, > no sentido filosófico da expressão. A solução parece estar nos sitemas que A. C. Foskett chama de pós-coordenados (8, p. 305-367), como que inspirados por um realismo moderado. Tais sistemas assinalam o declínio das classificações bibliográficas.
Quero fazer, antes de concluir, uma declaração muito importante a respeito do título e do resumo desta palestra. Eles foram enviados à Comissão Organizadora da Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica imediatamente depois do recebimento do convite com que fui distinguido. Esse convite me obrigou a fazer uma revisão da literatura sobre classificação, assunto em que estava desatualizado, porque a direção de uma Faculdade, a presidência de várias congregações de carreira e a participação em diversos colegiados me obrigou, por um lado, a concentrar-me bibliograficamente em outras ciências da informação e, por outro, a dispersar-me prazerosamente em outras áreas do conhecimento.
Não tenho receio - desculpai a nota pessoal - de corrigir-me quando percebo que me enganei. A leitura de uma dezena de livros e de uma vintena de artigos e contribui'xões a obras coletivas me obriga a declarar que as classificações bibliográficas não estão em declínio. Esta foi uma hipótese que a simples revisão da literatura pertinente mostrou ser falsa.
As classificações bibliográficas estão cada vez mais na ordem do dia. Michel Serres, que pe professor de história das ciências, escreveu recentemente o seguinte: "Seria talvez necessário começar por fazer uma história crítica das classificações. A própria história, no entanto, pertence a uma classe". (9, p. 161)
Até as classificações de base hierárquica tiveram suas notações adaptadas para recuperação eletrônica da informação, em campos específicos, como, por exemplo, o das ciências geológicas. (10)
Mas, se não há declinbio, existe coisa pior, que é a impostura. Considero com tal as tentativas de atualização ou de renovação feitas pelos editores de alguns sistemas, sem modificação dos arcabouços originais. Tais tentativas se assemelham à operações plásticas qeu transformam em falsos brotinhos pessoas de idade avançada.
Conta-se de um ministro do Supremo Tribunal Federal, cujos cabelos eram ostensivamente pintados de preto, que, ao descer um dia, já tr^pego, a escadaria do antigo edifício daquela corte no Rio de Janeiro, levou um terrível tombo, registrado por certo circunstante com esta observação cruel: "infelizmente, não é possível pintar as pernas".
O mesmo pode ser dito das velhas classificações, reeditadas sabe Deus à custa de que interesses comerciais: não é possível, infelizmente, modificar-lhes as contradições essenciais, comoi, no caso da Classificação decimal de Melvil Dewey e da Classificação Decimal Universal, a manutenção de Psicologia como subdivisão de Filosofia - erro histórico - e a separação - erro epistemológico - entre História, Lingüística e Ciências Sociais.
Peço, consequentemente, que esta palestra se reintitule como Esplendores e Misérias das Classificações Bibliográficas. Foi este, aliás, o '\título que primeiro me ocorrei e substituí ao dar-me conta de que esta parafraseando o título de um romance de Balzac: Esplendores e Miserias das Cortesãs.
Pensando bem, existem duas analogias entre o referido romance e as classificações bibliográficas. Balzac foi um verdadeiro classificador, no sentido sociológico da palavra: e chegou a ser cognominado "O Lineu da burguesia", por haver classificado seus romances de acrodo com um sistema de estática social (11)
Existe, ainda, outra analogia, que proponho para concluir, pedindo perdão pelo anticlimax: procurando conquistar novos compradores com precárias renovações, as velhas classificações biblioráficas se comportam como cortesãs avelhantadas em busca de joves clientes.
Referências bibliográficas
1. FOSKETT, Douglas. "The contribution of classification to a theory of lilbrarianship". In: Rawski, Conrad, ed. Toward a theory of librarianship; papers in honour of Jesse E. Shera. Metuchen, N.J., Scarecrow Press, 1973, p. 169-186.
2. KREDOV, B. M. Classification de les sciences. Trad. del ruso por Jorge Bayona. Moscu, Editorial Progress, 1974. 2 v.
3. SAYERS, W. C. Berwick An introduction to library classification. 5. ed. rev. London, Grafton, 1938, 351 p.
4. STANLEY, Jevons The Principles of science; a treatise on logic and scientific method. New York, Dover Publications, 1958. liii, 786 p.
5. OTLET, Paul "Examen du projet de la Société Royale de Londres concernant le Catalogue International des Sciences".Bulletin de l'Institut International de Bibliographie (Bruxelles) Quatrième année, p. 5-48, 1899. Ao artigo de Otlet, seguem-se, no mesmo Bulletin os de Charles ichet (p. 53-57) e H. H. Field (p. 59-73). Ver ainda: Carus, Victor, "On the international Catalogue of Scientific Literature of the Royal Society", Science 9 (233): 825-835, June, 1899.
6. GROLIER, Eric de. "Classification". In: Communication et les mass media. Paris, Gérard, 1973, p. 112-113.
7. PIAGET, Jean. A situação das ciências do homem no sistema das ciências. Trad. de Isabel Cardigos dos Reis. Amadora, Bertrand, s.d. 147 p.
8. FOSKETT, A. C. A abordagem temática da informação. Trad. de Agenor Briquet de Lemos. São Paulo, Polígocono; Brasília, Ed. da Universidade de Brasília, 1973. 437 p.
9. SERRES, Michel."As ciências". In: Le Goff, Jacques & Nora, Pierre. História: novas abordagens. Trad. de Henrique Mesquita. Rio de Janeiro, F. Alves, 1978, p. 160-179.
10. RIGBY, Malcolm. "Experiments in mechanized control of meteorological and geoastropycial literature and the UDC schedules in these fileds." Revue internationale de la documentation 231 (3): 103-106, 1964. Ver ainda: Freeman, Robert R. Research project for the evolution of the UDC as the indexing language for a mechanised reference retrieval system... New York American Institute of Physics, 1965-66. 2 v. (Report n. AIP/DRP UDC-1-2)
11. CARPEAUX, Otto Maria. História da literatura ocidental. Rio de Janeiro, O Cruzeiro, 1959-66. v. V, p. 2122.
* Palestra proferida durante a Conferência Brasileira de Classificação Bibliográfica, Rio de Janeiro, 12-17 set. 1976.
Disponível em: http://www.conexaorio.com/biti/nery/index.htm
Conteúdos Biblioteconomia
Significante
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Significante é conceito linguístico, ou ainda, semiológico para uma forma qualquer a representar o significado de um objeto — entendido não só no sentido material, mas no amplo sentido de tudo aquilo que está dialeticamente adiante ou sob a observação de um sujeito.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Significante
significação
Origem: Wikcionário, o dicionário livre.
Substantivo
sig.ni.fi.ca.ção (feminino)
Ao que remete uma estrutura lingüística coerente.
Sinônimos
Significado
Denotação
Acepção
Tradução
Inglês: signification
Obtido em "http://pt.wiktionary.org/wiki/significa%C3%A7%C3%A3o"
significado
Enviado por Dicionário inFormal (SP) em 04-02-2009.
Acepção.
Sentido, interpretação, compreensão.
http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=significado&id=1379
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Significante é conceito linguístico, ou ainda, semiológico para uma forma qualquer a representar o significado de um objeto — entendido não só no sentido material, mas no amplo sentido de tudo aquilo que está dialeticamente adiante ou sob a observação de um sujeito.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Significante
significação
Origem: Wikcionário, o dicionário livre.
Substantivo
sig.ni.fi.ca.ção (feminino)
Ao que remete uma estrutura lingüística coerente.
Sinônimos
Significado
Denotação
Acepção
Tradução
Inglês: signification
Obtido em "http://pt.wiktionary.org/wiki/significa%C3%A7%C3%A3o"
significado
Enviado por Dicionário inFormal (SP) em 04-02-2009.
Acepção.
Sentido, interpretação, compreensão.
http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=significado&id=1379
Conteúdos Biblioteconomia
Indexação e Tesauros:
Conceitos gerais sobre indexação temática:
Definições e finalidades:
O índice é o roteiro ordenado - alfabético ou sistemático dos itens da coleção.
Ao ato, ao processo, ou ao resultado da elaboração de entradas para um índice é dado o nome de indexação.
Coleção é o conjunto de documentos indexados.
Item é a unidade autônoma de uma coleção, ou das entradas referentes aos documentos existentes que podem ser:
Livro trecho ou capítulo de livro
Periódico artigo de periódico
Relatório trecho de relatório
Multimeios, etc. etc.
A composição do índice se baseia nas entradas que são unidades de informação:
Cada entrada apresenta:
a) identificação do conceito por meio de símbolos alfabéticos(cabeçalhos de assunto, descritor, palavra-chave), númericos( classificações puras), alfa ou alfanuméricas;
b)localização do item relacionado com o conceito indexado, ou com os autores indicados(referência bibliográfica. Esta localização remete so setor do documento onde se encontra o conceito.
As entradas que compõem o índice, conhecidsa também como Rótulos Semânticos, são informações impressas ou escritas(alfabéticas ou codificadas), transmitidas a um sistema de informação para processamento.São, ainda as técnicas, mecanismos e meios utilizados para a comunicação com o equipamento de processamento de dados e para os próprios dados compreendidos, ou envolvidos nessa comunicação.
Indexação é a representação do conteúdo dos documentos, por meio de símbolos especiais, quer retiradas do texto original(palavras-chave ou símbolos especiais quer retiradas do texto original(paalvras-chave ou frases-chave extraídas do documento)quer escolhidos numa linguagem de informação ou de indexação.
Conceito é o entendimento concreto ou intríseco de uma unidade de informação, independente de uma expressãolinguística é portanto a representação mental de um conhecimento. Ou conceito é o conjunto de características resultantes das afirmações verdadeiras sobre determinados objetos. As características podem ser essenciais ou acidentais.
Objeto define-se: é tudo aquilo que física ou moralmente se apresenta e se oferece aos nossos sentidos ou à nossa alma. Objeto é um elemento do mundo exterior fabricado pelo homem e que este deve assumir ou manipular.
Denomina-se categorias, as classes que resultam da divisão do universo de conhecimentos de acordo com as características intrísecas ou fundamentais de cada conceito. No entanto em 1962, Eric de Grolier¹ informava que não havia uma definição firmemente estabelecida no campo de classificação para o termo "categoria". Esta afirmativa continua válida até hoje pois são várias as definições encontradas para o referido termo.
Categoria é a faceta geral que se aplica a vários campos do conhecimento ou a vários assuntos.
Faceta é o conjunto de divisões (sub-facetas) proveniente da subdivisão de um assunto a partir de um determinado aspecto ou ponto de vista.
Natureza dos índices é determinada pelo conteúdo do material que está sendo indexado pelos objetivos do sistema e pela formação acadêmica de seus usuários.
Linguagem Natural e Linguagem Articial:
Os sistemas de indexação podem utilizar dois tipos de linguagem natural e artificial.Antes de explicar estas linguagens defina-se o sistema de indexação como o grupo de pessoas, trabalhos, métodos e equipamentos reunidos para a atividade de análise - lato-sensu² da informação.
A linguagem natural é formada pela reunião de sinais utilizados utilizados e reconhecidos facilmente pelo homem. A fala, os gestos, os olhares, a palavra escrita, por exemplo,são tipos de sinais empregados pelo homem para expressar suas idéias.Sinal é o símbolo convencional que se destina a transmitir uma informação.
O dicionário de linguística de Zélio dos Santos Jota³,registra a seguinte definição: "Sinal: objeto através do qual o sujeito toma conhecimento de outro objeto. A fumaça, por exemplo é sinal de fogo." Registra também, "Signo: qualquer unidade linguística provida de significação, o radical, o prefixo,o sufixo. Em sentido mais lato Signo é todo o elemento que sugere outro elemento.Preferimos sinal para este sentido".
O pequeno vocabulário da linguística moderna de Francisco da Silva Borba indicaa definição: "Sinal - fato imediatamente perceptível que nos dá a conhecer alguma coisa por meio de outra; é uma impressão sensorial porque relaciona duas sensações". Quanto a Signo registra : entidade semiológica que substitui o objeto a conhecer, representando-o aos indivíduos e apresentando-se-lhes em lugar do objeto... o Signo sempre estabelece uma relação entre dois objetos relatados. Assim, combina um elemento perceptível ou sensível a um elemento inteligível para constituir a relação. Ao primeiro elemento se chama, desde Saussure, significante ao segundo significado, ao resultado significação."
Linguagem artificial elaborada de acordo com as regras previamente estabelecidas procura-se adaptar a necessidades específicas.Esta linguagem é o espelho do chamado vocabulário controlado, que relaciona termos utilizados em sistemas de indexação, com vistas à uniformidade de armazenagem de informações, bem como à facilidade de recuperação.As listas de cabeçalhos de assunto e os tesauros são espécies de vocabulários controlados.
Vocabulário é a relação dos termos de uma língua apresentados habitualmente em ordem alfabética e acompanhados geralmente de definições.É um dos componentes básicos da linguaguem artificial.
Outro componente básico da linguagem é a sintaxe é a ordem das palavras ou mensagens, ou e, parte da mensagem como as orações, parágrafos e sentenças.
Mensagem é a comunicação,o arranjo sequencial de dados , tudo por finalidade transmitir uma informação de um ponto a outro sem modificação ou alteração de seu conteúdo.
A sintaxe também pode ser definida como o estudo das palavras que formam as orações, das orações que formam os períodos e parágrafos que formam o discurso.Em resumo, sintaxe é a estrutura gramatical da língua.
A linguagem de indexação é uma linguagem artificial utilizada para o registro ou indicação dos assuntos contidos nos documentos, dotada de um vocabulário controlado e regida por uma sintaxe própria.
¹Erich Fromm (nascido em 23 de marco de 1900 em Frankfurt am Main , Hesse , Alemanha - 18 de março de 1980 em Muralto, Canton Ticino , Suíça ) foi um proeminente psicólogo social , psicanalista , filósofo e humanista alemão .
Miembro del Instituto de Investigaciones Sociales de la Universidad de Frankfurt , participó activamente en la primera fase de las investigaciones interdisciplinarias de la Escuela de Frankfurt , hasta que a fines de los años 40 rompió con ellos debido a su heterodoxa interpretación de la teoría freudiana (intentó sintetizar en una sola disciplina el Psicoanálisis y los postulados del Marxismo ). Membro do Instituto de Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt , participou ativamente da primeira fase da pesquisa interdisciplinar da Escola de Frankfurt , até o final de 40 , ele rompeu com eles por causa de suas interpretações não ortodoxas da teoria freudiana (tentativa resumidos em uma única disciplina Psicanálise e os postulados do marxismo ). Fue uno de los principales renovadores de la teoría y práctica psicoanalítica a mediados del siglo XX . Ele foi um dos principais inovadores na teoria psicanalítica e prática em meados do século XX .
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=es&u=http://es.wikipedia.org/wiki/Erich_Fromm&ei=d836S5bhL4-DuAe5roG-Dg&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CCEQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dbiografia%2BEric%2Bde%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG
²Lato sensu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lato sensu é uma expressão em latim que significa literalmente em sentido amplo.
Educação superior
Designação genérica que se dá aos cursos de pós-graduação que não são avaliados pelo MEC e pela CAPES. Sua duração mínima é de 432 horas-aula (que equivalem a 360 horas cheias) como regra geral, sendo concebidos para serem cursados por pessoas que desempenhem outras atividades simultaneamente. Embora não forneçam um título de mestre ou de doutor, os cursos lato sensu oferecidos por escolas de renome são valorizados no mercado de trabalho. Assim, pessoas com atuação nas mais diversas áreas optam por um curso lato sensu, não só pela facilidade de cursá-lo, enquanto prosseguem em sua atividade profissional, mas também porque, em geral, tais cursos tendem a ser mais focados na aplicabilidade prática dos conceitos, melhorando assim sua atuação.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lato_sensu
³O Dicionário de Lingüística, de Zélio dos Santos Jota, é também, já na sua primeira edição, de 1976, uma obra póstuma. Com base no prefácio do autor, datado de 1970, vê-se que é e dicionário uma obra de "longos anos". Assim, como o dicionário de Mattoso Câmara Jr., também sem condições de atualidade que permitissem refletir a gigantesca produção (principalmente em inglês) suscitada pelo gerativismo, em primeiro lugar, mas também por outras teorias e correntes. O dicionário de Zélio dos Santos Jota tem um objeto mais amplo e, conseqüentemente, um número de verbetes muito maior que o encontrado no dicionário de Mattoso Câmara Jr. Ainda assim, são raríssimas as presenças de verbetes em línguas estrangeiras modernas, conservando a ortografia original. Das que marcam o tecnoleto dos lingüistas aparecem quatro em inglês, três em francês, duas em alemão e uma em dinamarquês e em espanhol. Perde-se, porém, a conta do número de helenismos e latinismos. Grego e Latim aparecem, nos diferentes graus de adaptação ao vernáculo, tanto nos termos de uso clássico, como nos neologismos.
http://www.riterm.net/actes/2simposio/santos.htm
Saussure - Ferdinand de Saussure (Genebra, 26 de novembro de 1857 - Morges, 22 de fevereiro de 1913) foi um linguista e filósofo suíço cujas elaborações teóricas propiciaram o desenvolvimento da linguística enquanto ciência e desencadearam o surgimento do estruturalismo. Além disso, o pensamento de Saussure estimulou muitos dos questionamentos que comparecem na linguística do século XX.
Filho de um eminente naturalista, foi logo introduzido aos estudos linguísticos por um filólogo e amigo da família, Adolphe Pictet. Saussure estudou Física e Química, mas continuou fazendo cursos de gramática grega e latina. Por fim, convenceu-se que sua carreira estava nos estudos da linguagem e ingressou na Sociedade Linguística de Paris. Estudou línguas europeias em Leipzig e aos vinte e um anos publicou uma dissertação sobre o primitivo sistema das vogais nas línguas indo-europeias, a qual foi muito bem aceita. Defendeu sua tese sobre o uso do caso genitivo em sânscrito, em Berlim, e depois retornou à Paris, onde passou a ensinar Sânscrito, Gótico e Alto Alemão e depois Filologia Indo-Europeia. Retornou a Genebra, onde lecionou sânscrito e linguística histórica em geral. Em 1906 foi encarregado de ensinar Linguística Geral, e com isso realizou conferências que apresentaram conceitos que mudaram completamente o modo de encarar a linguística.
Entendia a linguística como um ramo da ciência mais geral dos signos, que ele propôs fosse chamada de Semiologia. Graças aos seus estudos e ao trabalho de Leonard Bloomfield, a linguística adquire autonomia e seu objeto e método próprio passam a ser delineados. Seus conceitos serviram de base para o desenvolvimento do estruturalismo no século XX.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_de_Saussure
domingo, 23 de maio de 2010
Noite na biblioteca
Planejamento e Avaliação
Interações Fundamentos
Edição 225 | Setembro 2009 | Título original: Noite na biblioteca
Passando a noite em uma biblioteca de Portugal
Dormir na morada dos livros: uma aventura vivida por uma turma de portugueses
Taynar Costa (novaescola@atleitor.com.br), de Seixal, Portugal
CONTOS PARA SONHAR
A bibliotecária Susana conta histórias para o grupo que passou a noite entre as estantes. Foto: Luciana Cristovam No fim da tarde de um sábado de maio, os funcionários da Biblioteca Municipal de Seixal, a 30 quilômetros de Lisboa, organizavam as estantes de livros. Embora esse fosse o procedimento-padrão antes de encerrar o expediente, naquele dia a arrumação tinha outro motivo: receber um grupo de 20 meninos e meninas, entre 8 e 11 anos, que iriam passar a noite ao lado dos livros. Oito e meia da noite era a hora marcada para começar a exploração de um ambiente repleto de saberes, com muita leitura e contação de histórias, e que só terminaria na manhã seguinte.
Ao chegar, para que todos se conhecessem, nada de apresentações formais. Os pequenos preencheram os crachás uns dos outros. Enquanto Diogo, o mais velho do grupo, fazia o de Beatriz, ela revelou uma de suas leituras preferidas: a poesia portuguesa de José Jorge Letria. Sabe por quê? "Porque ele me faz sentir bem", explicou, do alto de seus 8 anos.
Mais sobre bibliotecas
Reportagens
Biblioteca não é depósito de livros
Como organizar uma biblioteca
Com todos já devidamente identificados, começou uma correria pelo ambiente. Como se estivessem em uma caça ao tesouro, as crianças seguiam pistas e procuravam por respostas para as questões escritas em fichas que tinham em mãos. Tratava-se de um desafio -- ou melhor, um peddy-paper, como se diz em Portugal -- para descobrir como é organizada e funciona uma biblioteca.
Regras decifradas e normas esclarecidas, hora de vestir o pijama, arrumar os sacos de dormir e ouvir histórias para embalar o sono e, quem sabe, alimentar os sonhos. Caprichando na entonação, a bibliotecária Susana Filipe leu O Incrível Rapaz Que Comia Livros, obra escrita pelo australiano Oliver Jeffers. Quando a leitura terminou, Tomáz, 11 anos, lá no fundo da sala, gritou: "Mais uma, mais uma! Pode contar mais 1,5 bilhão de histórias!" Pedido atendido: com as luzes apagadas, Susana leu A Grande Questão, do alemão Wolf Erlbruch. Um a um, os pequenos adormeceram.
No dia seguinte, assim que acordaram, as meninas correram a se enfeitar com presilhas e tiaras. Os meninos lotaram as mãos com gel para domar os cabelos rebeldes. Tudo muito rápido porque ninguém queria desperdiçar um só minuto da programação de domingo. Depois do desjejum, mais uma história - dessa vez, de autoria da brasileira Ana Maria Machado: O Pavão do Abre-e-Fecha. O enredo alimentou o desejo da turma de se perder entre as estantes da biblioteca à procura de novos títulos. "É importante que as crianças também possam escolher livremente para que a leitura seja significativa", disse a bibliotecária Carla Gomes. Ao seu lado, a funcionária Maria Elizabete Ferreira, que também passou a noite em claro velando o sono da garotada, confessou que para ela a recompensa do projeto está guardada para o futuro. "Esperamos que, depois de crescidos, todos esses estudantes se lembrem dessa noite e saibam que uma biblioteca é um espaço de aprendizagem."
Pelos corredores do prédio, enquanto os pequenos arrumavam as mochilas para voltar para casa, era possível ouvir suas vozes, ecoando "Vitória, vitória, acabou-se a história!", uma frase típica portuguesa que marca o fim dos contos infantis neste lado do oceano.
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/interacoes/noite-biblioteca-496917.shtml
Uma iniciativa espetacular e rara. Atualmente o envolvimento com as tecnologias, por vezes abafa o prazer de contar histórias, mas a certeza de que estas são registradas na mente de uma maneira única, faz com que os sonhadores não desistam de amar os livros. by misabellC
Interações Fundamentos
Edição 225 | Setembro 2009 | Título original: Noite na biblioteca
Passando a noite em uma biblioteca de Portugal
Dormir na morada dos livros: uma aventura vivida por uma turma de portugueses
Taynar Costa (novaescola@atleitor.com.br), de Seixal, Portugal
CONTOS PARA SONHAR
A bibliotecária Susana conta histórias para o grupo que passou a noite entre as estantes. Foto: Luciana Cristovam No fim da tarde de um sábado de maio, os funcionários da Biblioteca Municipal de Seixal, a 30 quilômetros de Lisboa, organizavam as estantes de livros. Embora esse fosse o procedimento-padrão antes de encerrar o expediente, naquele dia a arrumação tinha outro motivo: receber um grupo de 20 meninos e meninas, entre 8 e 11 anos, que iriam passar a noite ao lado dos livros. Oito e meia da noite era a hora marcada para começar a exploração de um ambiente repleto de saberes, com muita leitura e contação de histórias, e que só terminaria na manhã seguinte.
Ao chegar, para que todos se conhecessem, nada de apresentações formais. Os pequenos preencheram os crachás uns dos outros. Enquanto Diogo, o mais velho do grupo, fazia o de Beatriz, ela revelou uma de suas leituras preferidas: a poesia portuguesa de José Jorge Letria. Sabe por quê? "Porque ele me faz sentir bem", explicou, do alto de seus 8 anos.
Mais sobre bibliotecas
Reportagens
Biblioteca não é depósito de livros
Como organizar uma biblioteca
Com todos já devidamente identificados, começou uma correria pelo ambiente. Como se estivessem em uma caça ao tesouro, as crianças seguiam pistas e procuravam por respostas para as questões escritas em fichas que tinham em mãos. Tratava-se de um desafio -- ou melhor, um peddy-paper, como se diz em Portugal -- para descobrir como é organizada e funciona uma biblioteca.
Regras decifradas e normas esclarecidas, hora de vestir o pijama, arrumar os sacos de dormir e ouvir histórias para embalar o sono e, quem sabe, alimentar os sonhos. Caprichando na entonação, a bibliotecária Susana Filipe leu O Incrível Rapaz Que Comia Livros, obra escrita pelo australiano Oliver Jeffers. Quando a leitura terminou, Tomáz, 11 anos, lá no fundo da sala, gritou: "Mais uma, mais uma! Pode contar mais 1,5 bilhão de histórias!" Pedido atendido: com as luzes apagadas, Susana leu A Grande Questão, do alemão Wolf Erlbruch. Um a um, os pequenos adormeceram.
No dia seguinte, assim que acordaram, as meninas correram a se enfeitar com presilhas e tiaras. Os meninos lotaram as mãos com gel para domar os cabelos rebeldes. Tudo muito rápido porque ninguém queria desperdiçar um só minuto da programação de domingo. Depois do desjejum, mais uma história - dessa vez, de autoria da brasileira Ana Maria Machado: O Pavão do Abre-e-Fecha. O enredo alimentou o desejo da turma de se perder entre as estantes da biblioteca à procura de novos títulos. "É importante que as crianças também possam escolher livremente para que a leitura seja significativa", disse a bibliotecária Carla Gomes. Ao seu lado, a funcionária Maria Elizabete Ferreira, que também passou a noite em claro velando o sono da garotada, confessou que para ela a recompensa do projeto está guardada para o futuro. "Esperamos que, depois de crescidos, todos esses estudantes se lembrem dessa noite e saibam que uma biblioteca é um espaço de aprendizagem."
Pelos corredores do prédio, enquanto os pequenos arrumavam as mochilas para voltar para casa, era possível ouvir suas vozes, ecoando "Vitória, vitória, acabou-se a história!", uma frase típica portuguesa que marca o fim dos contos infantis neste lado do oceano.
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/interacoes/noite-biblioteca-496917.shtml
Uma iniciativa espetacular e rara. Atualmente o envolvimento com as tecnologias, por vezes abafa o prazer de contar histórias, mas a certeza de que estas são registradas na mente de uma maneira única, faz com que os sonhadores não desistam de amar os livros. by misabellC
Conteúdos biblioteconomia
Avaliação de bibliotecas:
Em uma biblioteca qualquer mudança possível e desejável pode ser reutilizada em decorrência de uma avaliação.Nas atividades de avaliação e planejamento é considerado instrumento indispensável o diagnóstico.A avaliação é uma ferramenta, que auxilia o bibliotecário a desenvolver estratégias, que alcancem eficácia e eficiência organizacionais relacionadas, respectivamente a resultados e processos.
Na avaliação de periódicos para assinaturas, renovação ou cancelamento, um dos critérios a se observar é o seu fator de impacto, que consiste no número de citações recebidas pelo periódico relacionado ao número de artigos publicados por esse periódico.Em uma unidade de informação, as análises das formas de gestão e do seu grau de integração entre os vários setores e projetos formalizam a avaliação do poder decisório.
No sistema de avaliação de bibliotecas podemos encontrar as políticas de: gerenciamento, seleção , processos etc. Para exemplificar uma política de seleção de periódicos, disponibilizo um texto de excelente qualidade, no qual são definidas com clareza as necessidades da biblioteca do poder judiciário. Em função da demanda e defasagem dos conteúdos,e da necessidade preemente de espaço físico e grau de usabilidade do acervo.
Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções
Ato Normativo Nº 1/2008
Aprova a Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções do acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS SCHIMDT MURTA RIBEIRO, no exercício de suas atribuições legais, e,
CONSIDERANDO que o acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro é especializado na área jurídica e em áreas do conhecimento que guardam estreita relação com a Ciência do Direito;
CONSIDERANDO que compete ao Departamento de Gestão de Acervos Bibliográficos da Diretoria Geral de Gestão do Conhecimento (DGCON/DEGAB) gerenciar o acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO que o crescimento do acervo bibliográfico deve ocorrer de forma racional, equilibrada e qualitativa, com vistas a atender adequadamente as demandas dos usuários, oferecendo acesso a coleções completas e atualizadas;
CONSIDERANDO que é necessário selecionar as obras a serem incorporadas ao acervo bibliográfico, bem como avaliar o acervo passível de descarte, especialmente o existente em duplicata, objetivando a otimização do espaço físico destinado ao seu armazenamento.
RESOLVE :
Art. 1º - Estabelecer a Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que consiste em selecionar, avaliar, incorporar e descartar as obras do acervo bibliográfico, com a finalidade de mantê-lo em quantidade e qualidade suficientes, com coleções completas e atualizadas, para o atendimento das demandas e expectativas dos usuários, em sintonia com os direcionadores estratégicos institucionais.
Art. 2º - São objetivos da Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções:
a) possibilitar o crescimento racional e equilibrado do acervo de forma qualitativa e quantitativa;
b) identificar os materiais de informação adequados à formação da coleção;
c) determinar critérios para duplicação de títulos;
d) estabelecer prioridades de aquisição;
e) estabelecer diretrizes para a avaliação das coleções;
f) traçar diretrizes para o descarte e reposição do material documental;
g) atender às sugestões, deixando o solicitante informado da aquisição ou não da obra sugerida;
h) conhecer as necessidades informacionais dos usuários por meio da análise de uso das coleções e sua atualidade;
i) garantir a continuidade e a adequação necessárias à formação da coleção.
Art. 3º - O acervo é formado por livros, folhetos, revistas, diários oficiais e multimeios pertinentes à Ciência do Direito e em áreas do conhecimento que com ela guardem estreita relação.
Art. 4º - A seleção do acervo consiste na escolha das publicações que farão parte da coleção e será realizada a partir das seguintes fontes:
a) sugestões de magistrados e usuários em geral;
b) visitas às livrarias;
c) catálogos e listagens de editores e livreiros;
d) bases de dados de instituições jurídicas;
e) sites de editoras e livrarias;
f) newsletters;
g) bibliografias especializadas;
h) boletins informativos;
i) resenhas bibliográficas;
j) resenhas e suplementos literários de jornais e revistas;
k) boletins bibliográficos de bibliotecas jurídicas.
Parágrafo único - São critérios de seleção:
a) adequação do material aos objetivos institucionais;
b) autoridade dos responsáveis intelectuais pela produção da obra (autor, coordenador, organizador, colaborador e tradutor) e dos responsáveis pela sua editoração;
c) demanda;
d) atualidade e qualidade do conteúdo das obras;
e) escassez de material sobre o assunto na coleção da Biblioteca;
f) condições físicas do material;
g) quantidade de exemplares;
h) periódicos cujos títulos objetivam reserva técnica;
i) duplicatas de periódicos cujos títulos objetivam doação a outras Instituições.
Art. 5º - A aquisição de livros e periódicos que integrarão o acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro será realizada observando-se as seguintes modalidades:
I - assinatura de periódicos: títulos selecionados de interesse para compor o acervo, observando a manutenção dos títulos existentes e a inclusão de novos títulos;
II - captação: solicitação de publicações de interesse para a Biblioteca às Instituições públicas, privadas, entidades científicas e culturais, e pessoas físicas;
III - compra;
IV - doação;
V - permuta: intercâmbio efetuado através da Revista de Direito com outras Instituições que editam publicações na área do Direito;
VI - convênio s tand-vitrine: convênio realizado entre o Tribunal de Justiça e Editoras, através da biblioteca, objetivando exposição de obras nas vitrines localizadas nos corredores do Tribunal de Justiça e posterior doação à biblioteca das 50 (cinqüenta) obras/ano expostas.
Art. 6º - O acervo deverá ser avaliado periodicamente, por meio de inventário, com a finalidade de identificar e separar as obras que estiverem de acordo com os critérios para o descarte, após rigorosa análise de seu conteúdo, relevância e valor histórico.
Art. 7º - Considera-se descarte a retirada, em definitivo, de obras que não justifiquem sua permanência no acervo.
§ 1º - São critérios de descarte, observado o disposto na legislação vigente:
I - inadequação: obras cujos conteúdos não são pertinentes a área do Direito;
II - desatualização: obras cujos conteúdos revelem-se ultrapassados;
III - duplicatas: quantidade excessiva de exemplares de um mesmo número ou título em relação à demanda;
IV - condições físicas: obras inutilizadas, infectadas, deterioradas ou danificadas;
§ 2º -As duplicatas dos diários oficiais serão descartadas após retorno e verificação dos exemplares encadernados e autorização da Direção da Divisão de Tratamento e Conservação.
Art. 8º - A Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções será supervisionada pela Comissão da Biblioteca, pela Direção do Departamento de Gestão de Acervos Bibliográficos (DEGAB), pela Direção da Divisão de Gerenciamento de Acervos (DIGAC), pela Direção da Divisão de Tratamento e Conservação (DITRA) e pela Direção da Divisão de Disseminação da Informação Bibliográfica (DIDIB).
Art. 9º - O presente Ato Normativo entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 5 de março de 2008.
Desembargador JOSÉ CARLOS SCHIMDT MURTA RIBEIRO
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Texto conforme publicação do DORJ-III, S-I, em 13/03/2008 p. 01.
Em uma biblioteca qualquer mudança possível e desejável pode ser reutilizada em decorrência de uma avaliação.Nas atividades de avaliação e planejamento é considerado instrumento indispensável o diagnóstico.A avaliação é uma ferramenta, que auxilia o bibliotecário a desenvolver estratégias, que alcancem eficácia e eficiência organizacionais relacionadas, respectivamente a resultados e processos.
Na avaliação de periódicos para assinaturas, renovação ou cancelamento, um dos critérios a se observar é o seu fator de impacto, que consiste no número de citações recebidas pelo periódico relacionado ao número de artigos publicados por esse periódico.Em uma unidade de informação, as análises das formas de gestão e do seu grau de integração entre os vários setores e projetos formalizam a avaliação do poder decisório.
No sistema de avaliação de bibliotecas podemos encontrar as políticas de: gerenciamento, seleção , processos etc. Para exemplificar uma política de seleção de periódicos, disponibilizo um texto de excelente qualidade, no qual são definidas com clareza as necessidades da biblioteca do poder judiciário. Em função da demanda e defasagem dos conteúdos,e da necessidade preemente de espaço físico e grau de usabilidade do acervo.
Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções
Ato Normativo Nº 1/2008
Aprova a Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções do acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, DESEMBARGADOR JOSÉ CARLOS SCHIMDT MURTA RIBEIRO, no exercício de suas atribuições legais, e,
CONSIDERANDO que o acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro é especializado na área jurídica e em áreas do conhecimento que guardam estreita relação com a Ciência do Direito;
CONSIDERANDO que compete ao Departamento de Gestão de Acervos Bibliográficos da Diretoria Geral de Gestão do Conhecimento (DGCON/DEGAB) gerenciar o acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO que o crescimento do acervo bibliográfico deve ocorrer de forma racional, equilibrada e qualitativa, com vistas a atender adequadamente as demandas dos usuários, oferecendo acesso a coleções completas e atualizadas;
CONSIDERANDO que é necessário selecionar as obras a serem incorporadas ao acervo bibliográfico, bem como avaliar o acervo passível de descarte, especialmente o existente em duplicata, objetivando a otimização do espaço físico destinado ao seu armazenamento.
RESOLVE :
Art. 1º - Estabelecer a Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que consiste em selecionar, avaliar, incorporar e descartar as obras do acervo bibliográfico, com a finalidade de mantê-lo em quantidade e qualidade suficientes, com coleções completas e atualizadas, para o atendimento das demandas e expectativas dos usuários, em sintonia com os direcionadores estratégicos institucionais.
Art. 2º - São objetivos da Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções:
a) possibilitar o crescimento racional e equilibrado do acervo de forma qualitativa e quantitativa;
b) identificar os materiais de informação adequados à formação da coleção;
c) determinar critérios para duplicação de títulos;
d) estabelecer prioridades de aquisição;
e) estabelecer diretrizes para a avaliação das coleções;
f) traçar diretrizes para o descarte e reposição do material documental;
g) atender às sugestões, deixando o solicitante informado da aquisição ou não da obra sugerida;
h) conhecer as necessidades informacionais dos usuários por meio da análise de uso das coleções e sua atualidade;
i) garantir a continuidade e a adequação necessárias à formação da coleção.
Art. 3º - O acervo é formado por livros, folhetos, revistas, diários oficiais e multimeios pertinentes à Ciência do Direito e em áreas do conhecimento que com ela guardem estreita relação.
Art. 4º - A seleção do acervo consiste na escolha das publicações que farão parte da coleção e será realizada a partir das seguintes fontes:
a) sugestões de magistrados e usuários em geral;
b) visitas às livrarias;
c) catálogos e listagens de editores e livreiros;
d) bases de dados de instituições jurídicas;
e) sites de editoras e livrarias;
f) newsletters;
g) bibliografias especializadas;
h) boletins informativos;
i) resenhas bibliográficas;
j) resenhas e suplementos literários de jornais e revistas;
k) boletins bibliográficos de bibliotecas jurídicas.
Parágrafo único - São critérios de seleção:
a) adequação do material aos objetivos institucionais;
b) autoridade dos responsáveis intelectuais pela produção da obra (autor, coordenador, organizador, colaborador e tradutor) e dos responsáveis pela sua editoração;
c) demanda;
d) atualidade e qualidade do conteúdo das obras;
e) escassez de material sobre o assunto na coleção da Biblioteca;
f) condições físicas do material;
g) quantidade de exemplares;
h) periódicos cujos títulos objetivam reserva técnica;
i) duplicatas de periódicos cujos títulos objetivam doação a outras Instituições.
Art. 5º - A aquisição de livros e periódicos que integrarão o acervo da Biblioteca do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro será realizada observando-se as seguintes modalidades:
I - assinatura de periódicos: títulos selecionados de interesse para compor o acervo, observando a manutenção dos títulos existentes e a inclusão de novos títulos;
II - captação: solicitação de publicações de interesse para a Biblioteca às Instituições públicas, privadas, entidades científicas e culturais, e pessoas físicas;
III - compra;
IV - doação;
V - permuta: intercâmbio efetuado através da Revista de Direito com outras Instituições que editam publicações na área do Direito;
VI - convênio s tand-vitrine: convênio realizado entre o Tribunal de Justiça e Editoras, através da biblioteca, objetivando exposição de obras nas vitrines localizadas nos corredores do Tribunal de Justiça e posterior doação à biblioteca das 50 (cinqüenta) obras/ano expostas.
Art. 6º - O acervo deverá ser avaliado periodicamente, por meio de inventário, com a finalidade de identificar e separar as obras que estiverem de acordo com os critérios para o descarte, após rigorosa análise de seu conteúdo, relevância e valor histórico.
Art. 7º - Considera-se descarte a retirada, em definitivo, de obras que não justifiquem sua permanência no acervo.
§ 1º - São critérios de descarte, observado o disposto na legislação vigente:
I - inadequação: obras cujos conteúdos não são pertinentes a área do Direito;
II - desatualização: obras cujos conteúdos revelem-se ultrapassados;
III - duplicatas: quantidade excessiva de exemplares de um mesmo número ou título em relação à demanda;
IV - condições físicas: obras inutilizadas, infectadas, deterioradas ou danificadas;
§ 2º -As duplicatas dos diários oficiais serão descartadas após retorno e verificação dos exemplares encadernados e autorização da Direção da Divisão de Tratamento e Conservação.
Art. 8º - A Política de Desenvolvimento e Avaliação de Coleções será supervisionada pela Comissão da Biblioteca, pela Direção do Departamento de Gestão de Acervos Bibliográficos (DEGAB), pela Direção da Divisão de Gerenciamento de Acervos (DIGAC), pela Direção da Divisão de Tratamento e Conservação (DITRA) e pela Direção da Divisão de Disseminação da Informação Bibliográfica (DIDIB).
Art. 9º - O presente Ato Normativo entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 5 de março de 2008.
Desembargador JOSÉ CARLOS SCHIMDT MURTA RIBEIRO
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Texto conforme publicação do DORJ-III, S-I, em 13/03/2008 p. 01.
Assinar:
Postagens (Atom)
misabellC search
Pesquisa personalizada