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terça-feira, 4 de maio de 2010

Técnicas e idéias para promover o uso da informação


Fatores que inibem o uso da informação:
Esses são os fatores surgiram devido a conceitos como: de biblioteca não utilizável ser familiar aos usuários, ou o ambiente ser inadequado.Os bibliotecários estão bastante acostumados(ou viciados) nas suas práticas, que esquecem que elas são incomuns e singulares, para outras pessoas.
McCoy¹, defende a idéia da necessidade de serviços de referência voltados aos usuários. Ele também comenta, que os bibliotecários, ao mesmo tempo que fornecem informação, deixam de prover informação sobre seu serviço. Algumas vezes sem o saber, outras vozes intecionalmente, por exemplo: nossa terminologia e disposiçãodos nossos recursos são grandes barreiras ao uso.
Algumas coisas são consideradas "não natural" para uma biblioteca, "edifícios de biblioteca não são lugares naturais, pois ler é um ato solitário e requer, para muitas pessoas, um local isolado.Mas, bibliotecas são lugares repletos, muitas vezes, havendo locais destinados à leitura que são totalmente desprovidos de iluminação adequada.Constante e imaginosamente os bibliotecários resolvem os seus problemas na biblioteca, às expensas dos usuários.
Outra prática citada "não natural" é a de classificação, sistemas de classificação são arbitrários e os melhores são, na realidade,apenas razoáveis, dentro da arbitrariedade.Também considerada prática "não natural" é a dos cabeçalhos de assunto, com suas variações de palavras para subdividir as fichas numerosas sobre um assunto. Outra, a dos autores corporativos que cria entradas que jamais serão utilizadas; ainda outra, as regras de alfabetação.
Os catálogos, parecem se essencialmente inventários de curadores, não os instrumentos para usuários localizarem o que desejam. O tamanho e a complexidade dos catálogos, as regras para a escolha dos cabeçalhos e para as intercalações não são compreendidas pelos usuários.
A abordagem por assunto é o que a maioria dos usuários adota na busca por informação, mas os bibliotecários demoram muito a introduzir os catálogos de assunto.
Resumo, os catálogos, índices e esquemas de classificação, foram planejados para auxiliar os usuários, mas foram elaborados pelos bibliotecários e transformaram-se assim em instrumentos de uso apenas - para e pelos - biblotecários, parecendo ter pouca relevância para os usuários.
Quanto a disposição interna da biblioteca, no Século XX, com livre acesso, os bibliotecários tentaram diminuir as dificuldades dos usuários.
Com relação à localização e acesso da biblioteca, ela poderá estar bem localizada, ams poderá ter seu acesso dificultado por problemas tais como:escadarias, falta de estacionamento, horário deficiente, restrições a certos tipos de usuários e de consultas de certos tipos de materiais, etc.
Concluíndo, do ponto de vista do usuário, as bibliotecas são percebidas como misteriosas, insensíveis - por não corresponderem às maneiras de busca dos usuários -são enfadonhas burocracias e obstáculos a todo processo de informação.
Além dos problemas acima, Veaner² cita as seguintes barreiras que o usuário tem que enfrentar, utilizando-se do seu tempo e energia, para obter o que deseja/necessita da biblioteca:
--->ir à biblioteca;
--->fazer a busca manual ou não, nos devidos meios;
---> apanhar e devolver materiais;
---> preencher, à mão, papeleta de retirada;
---> ler, digerir, reunur, classificar, separar, copiar ou processar o material para retirada;
--->perder longo tempo para saber sobre material não encontrado na estante;
--->esperar, por tempo relativamente longo, pela comutação ou empréstimo interbibliotecário.
Depois de tudo isso, vencidas todas as barreiras, através, da assistÊncia de um bibliotecário, o usuário termina com um punhado de nº de chamada nas mãos e agora terá que se haver com um aoutra prática bibliotecária "não natural", designada como organização da biblioteca, o que pode levá-lo a lugares diferentes para obter o que deseja. Como: para uma ramal de circulação, na lista de encadernação, no processamento técnico, ou seja,o usuário tem que procuar pelos livros, que não estão onde o catálogo indica.

¹Personnel administration for libraries : a bibliographic essay / prepared by Ralph E. McCoy, f assisted by the Subcommittee on Bibliography on Personnel Administration of the A.L.A. Board on Personnel Administration ; accepted by the Board, February 1953

²Veaner (1990:449) afirma que “burocracias complexas surgem precisamente porque a autonomia individual e a missão geral da organização estão em conflito perpétuo. Agindo sem coordenação,profissionais independentes não podem produzir resultados de forma eficiente, a tempo ou de forma econômica.”
Os diretores, precisam, portanto, independente dos setores que gerenciam, coordenar o
funcionamento das rotinas do dia-a-dia, incluindo o trabalho do pessoal, definindo os horários dos serviços, monitorando os gastos, alocando recursos para projetos e desenvolvimentos de serviços,produtos e programas específicos. Precisam monitorar comportamentos e atitudes do pessoal. Em adição, supervisão geralmente inclui a coordenação de coleta de dados, a elaboração de manuais de procedimentos, o esclarecimento de descrição do trabalho e a apresentação de
relatórios sobre as operações da unidade.
Outras funções administrativas mencionadas pelos autores acima citados são: treinamento e coordenação, comunicação, avaliação de desempenho, administração de conflito e stress, liderança e planejamento estratégico, sendo esta última, a ênfase dada por Corrall³ (1994a) além de atendimento ao cliente e gerenciamento de qualidade total.
O futuro depende de nós. Veaner, (1985) a mais de dez anos atrás, já nos conclamava para liderar estas mudanças, e não permitir que fossemos arrastados por elas. Devemos aceitar o desafio e assumir uma postura administrativa condizente com o contexto informacional de nossa época.

CORRALL, Sheila. Fieldman: human resource management. Library Association Record, v. 96, n. 8,pp. 418-432, 1994a.
VEANER. A.B. 1985-1985: The next decade in academic Librarianship, part 1. College & Research Libraries, v. 46, pp. 220-232, 1985.
VEANER, A. B. Academic librarianship in a transformational age: program, politics, and personnel.Boston: G.K. Hall, 1990.

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