Análise Temática:
Identificação de conceitos:
O conteúdo temático de um documento compõe-se de vários conceitos e idéias. Como por exemplo, um livro sobre Antropologia Social, contém informações sobre conceitos como estrutura social, casamento, rituais, etc., embora nem sempre estejam explicitados nos títulos do todo ou das partes do documento.
O bibliotecário ou indexador ao elaborar a análise temática de um documento, seleciona conceitos que serão usados na descrição temática do documento com a finalidade de identificar e recuperar este documento, mediante um pedido de informação do usuário.Nesta fase de identificação de conceitos, o indexador usa termos do seu vocabulário pessoal ou utilizados pelo autor para referir-se a estes conceitos.Só uma etapa posterior é que estes termos serão traduzidos em linguagem particular usada para indexação. Linguagem aqui pode ser um sistema de classificação, uma lista de cabeçalhos de assunto, ou um tesauro.
Quando um conceito é identificado na análise temática, este fará parte da descrição daquele documento, apresentada sob forma de uma declaração de assunto. Desta forma, se uma solicitação for feita sobre aquele conceito, o documento será recuperado.
Se o documento contém pouca informação sobre um determinado conceito e é, o conceito não é o principal assunto da obra, ou é tratado superficialmente, sua recuperação não vale a pena. Portanto, este conceito não deve ser incorporado à declaração de assunto do documento. Este tipo de decisão vai depender da política de indexação utilizada pela biblioteca.
Quão maior for o nº de documentos selecionados para indexação, mais exaustiva será está indexação. Chama-se indexação em profundidade, quando um alto grau de exaustividade é usado na indexação de documentos. Na indexação em profundidade tem-se o objetivo de extrair todos os conceitos principais da obra para fins de indexação. Estabelecer os conceitos mais importantes de uma obra dependerá do indexador e da política de indexação adotada. A Indexação em profundidade permite o conhecimento de conceitos antigos, não só no tema principal do documento, mas também nos temas periféricos de importância variada.
Em contraste À indexação em profundidade, o processo de sumariar é uma política de indexação, onde somente o tema dominante é reconhecido para o propósito de indexação. No processo de sumariar um documento é usada uma breve descrição para exprimir seu conteúdo. Seguindo-se política, num livro sobre Antropologia Social. Conceitos individuais como parentesco, casamento, religião, etc., e aqueles considerados subtemas não são expressos explicitamente na declaração de assunto.
Digamos que em um documento para ser indexador com o título “História da Inglaterra no Século 19". Este documento terá muitos conceitos individuais tais como política externa britânica, reforma do parlamento, etc. Se a declaração de assunto for: HISTÓRIA /GRÃ-BRETANHA/SÉCULO 19, estaremos usando o processo de sumariar. Se os outros conceitos tivessem sido citados na declaração do assunto, teríamos um exemplo de indexação em profundidade.
Devemos considerar o grau de especificidade empregado ao reconhecer um conceito. Para melhor compreensão entenderemos primeiro os tipos de relação existentes entre os conceitos, principalmente a relação entre as coisas . Ex.: CASA representa uma espécie do gênero HABITAÇÃO, e BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA e BIBLIOTECA PÚBLICA representam espécies do gênero BIBLIOTECA.
A relação ente espécie e seu gênero é uma relação de subordinação. Diz-se que uma espécie esta em nível genérico mais baixo que seu gênero. Especificidade na indexação refere-se, pois ao nível genérico do conceito. Então, se usamos na indexação, o nome da espécie, estamos empregando um nível maior de especificidade, quer dizer, sendo mais específicos do que se usássemos o nome do gênero.
Em se tratando de leitura de textos científicos, recuperei os textos abaixo:(norteadores de significados e, com a finalidade de complementar os conteúdos de biblioteconomia)by misabellC
Análise Temática
É o momento em que vamos nos perguntar se realmente compreendemos a mensagem do autor no texto. Aqui devemos recuperar:
o tema do texto
o problema que o autor se coloca
a idéia central e as secundárias do texto
Normalmente isto é feito junto com o esquema do texto. Nele, você irá indicar cada um dos itens acima, reconstruindo o raciocínio do autor do texto; recuperando seu processo lógico.
Análise Textual
É o que você vai fazer assim que puser as mãos no texto. E aqui é preciso um cuidado especial. Hoje é muito comum os professores “abrirem pastas” na fotocopiadora, onde vão colocando textos que os alunos chamam de “apostilas”. Se você não quiser ser apenas um “aluno”, mas sim um “estudante”, você deve parar imediatamente de chamar os textos de “apostila”.
O que você diria se alguém sempre chamasse o artilheiro do seu time de futebol de “reserva”? Isto te incomodaria, não é? Afinal, aquele jogador é um “atacante”, e não um reserva. São nomes diferentes para tipos de jogadores diferentes. Assim também acontece com os textos. Há textos de diferentes tipos: artigos, livros, capítulos de livro, resenhas, monografias, dissertações, etc.
Se você quiser entender o que vai ler, primeiro deve conhecer bem o texto e chamá-lo pelo seu nome. É assim que a gente ganha familiaridade com alguém , não é? Pois é assim que você vai começar a se familiarizar com o seu texto. É preciso saber se ele é um artigo de uma revista, um capítulo de um livro, ou o que mais.
Mas como fazer isso, se o texto for apenas uma fotocópia na pasta do professor? Este é realmente um problema. Por isso, na medida do possível, dispense a pasta do professor e vá atrás do texto na biblioteca. Lá, com uma boa pesquisa bibliográfica você logo chega ao livro onde está o capítulo a ser lido, ou a revista onde está o artigo. Ter acesso ao livro todo é ótimo para você saber mais sobre o texto que vai ler. Quem é o autor? Leia na orelha do livro. Onde está este capítulo (no começo, no meio ou no fim do livro)? O que veio antes dele? O que vem depois. Esta é uma “leitura” de reconhecimento que você vai fazer e que vai te ajudar muito a entender melhor o que vai ler no texto.
Mas se você não puder ir à biblioteca ou não encontrar o livro e tiver que ficar com a cópia na pasta do professor? Então cobre do seu professor que ele escreva na fotocópia a referência bibliográfica completa do texto em questão. Nela você descobre se o texto é artigo ou livro, qual o nome do livro ou revista de onde ele saiu, em que ano foi publicado e quem é o autor. Com isso, seu trabalho de leitura fica muito mais fácil.
Uma vez com o texto na mão, veja qual o seu tamanho e quantos tópicos ele tem. Isso é importante para você dimensionar o tempo que vai levar lendo o texto. Não adianta começar a ler um texto de 50 páginas se você só terá dez minutos.
Agora sim você está pronto para começar sua leitura. Esta leitura deve ser feita com concentração, em lugar tranqüilo. Durante a leitura, você deve:
marcar o texto: faça anotações nas margens. Invente símbolos para marcar o que você julga ser importante, que parágrafos deverão ser relidos depois, o que você não entendeu, onde você acha que estão as idéias principais. Isso pode ser feito sublinhando linhas ou parágrafos, fazendo marcas nas margens ou anotando suas observações nos cantos do papel. Se você estiver lendo um livro da biblioteca, NUNCA faça as marcas no livro, mas sim em uma folha em branco, anotando o número da página e o parágrafo a que a nota se refere.
levantar vocabulário: anote as palavras que você não entendeu e busque seu significado no dicionário
Ao terminar esta leitura você deve buscar informações complementares sobre os fatos citados no texto, sobre as doutrinas e linhas de pensamento apresentados e mesmo sobre o próprio autor. Por fim, faça um esquema do texto.
Assim, podemos esquematizar esta primeira etapa da leitura assim: A análise textual é a leitura que busca:
dar uma visão de conjunto do texto
nos permitir buscar esclarecimentos sobre o autor, fatos, doutrinas e autores citados no texto, bem como vocabulário
fazer um esquema do texto
Disponível em: http://www.ucb.br/prg/comsocial/cceh/normas_leitura_textual.htm
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