
TERAPIA DO ELOGIO
Arthur Nogueira (Psicólogo)
Renomados terapeutas que trabalham com famílias divulgaram uma recente pesquisa que demonstra que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios: não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades e só evidenciam as críticas.
As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam ‘valorizando os defeitos’ dos outros, por isso, os relacionamentos de hoje tendem a não ser duradouros.
A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais, filhos e amigos, se elogiando...
Só vemos pessoas valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto.
Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias.
A falta de diálogo nos lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.
Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados.
Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos, alunos, amigos.
Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo quer se sentir querido, a boa dona de casa valorizada, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro.
É impossível um homem viver sozinho e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.
Pessoas que só sabem criticar tornam-se amargas, por vezes antipáticas, e muitas vezes solitárias.
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